65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 6. Zoologia
OCORRÊNCIA E DIVERSIDADE DE COLEOPTERA NAS GRADES DO PROGRAMA DE PESQUISA EM BIODIVERSIDADE-PPBIO EM RORAIMA
RODRIGO LOPES BORGES - Universidade Federal de Roraima
LORRANE AESHA MALTA FEITOZA - Universidade Federal de Roraima
VÂNIA GRACIELE LEZAN KOWALCZUK - Universidade Federal de Roraima
KEYTY ALMEIDA DE OLIVEIRA - Universidade Federal de Roraima
NAILTON SOUSA DE FREITAS JUNIOR - Universidade Federal de Roraima
CAIO HENRIQUE DE ASSIS SANTOS - Universidade Federal de Roraima
INTRODUÇÃO:
Coleoptera é a maior e mais diversificada ordem de insetos, com aproximadamente 357.899 espécies descritas, correspondendo a cerca de 40% do total de insetos conhecidos e 30% dos animais. Apresentam um desenvolvimento holometabólico. Seu primeiro par de asas é modificado em élitro e utilizadas principalmente para a proteção do segundo par de asas membranosas, que se dobram. Ocupam diversos níveis da cadeia alimentar e habitam muitos locais, desde poças d’água temporárias e pequenos igarapés até grandes rios e áreas de inundação. São poucas as informações sobre a taxonomia e ecologia desses insetos na Amazônia, sendo estas restritas às regiões sul e sudeste do país, ou em outros países de clima temperado.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este trabalho teve como objetivo apresentar a fauna de coleópteros aquáticos nos sítios de coleta do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) em Roraima, sendo um módulo em área de savana e duas grades em floresta.
MÉTODOS:
Foram realizadas três coletas, de abril a agosto de 2011 em três sítios de coleta do PPBio/RR: Campus Experimental da Embrapa, Estação Ecológica de Maracá e Parque Nacional do Viruá. As amostragens foram feitas utilizando redes do tipo “D” em trechos de 50 metros em igarapés, baseando-se no protocolo n°. 6 de coletas do PPBio. Ainda no local foi realizada uma pré-triagem, a fim de preservar a integridade dos insetos, em seguida, o material remanescente foi colocado em sacolas plásticas etiquetadas e fixado com etanol 96% e levado ao Laboratório de Invertebrados Aquáticos da UFRR, onde foi realizada a triagem e identificação dos insetos sob microscópio estereoscópico.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foi coletado um total de 52 espécimes da Ordem Coleoptera, distribuídos nas famílias, Noteridae, Dysticidae, Gyrinidae, Elmidae e Hidrophylidae,.O PARNA Viruá não apresentou nenhum indivíduo da ordem nas amostras triadas. Já o Campus Experimental Embrapa apresentou as famílias Dysticidae (n= 2), Noteridae (n= 12). Maracá apresentou a maior diversidade dentre os locais amostrados, apresentando as seguintes famílias: Noteridae (n= 23), Gyrinidae (n= 5), Elmidae (n= 7), Hydrophilidae (n= 3) e uma família desconhecida ( n=2 ). Em estudos anteriores realizados pela equipe do Laboratório de Invertebrados aquáticos em outro módulo de savana do PPBio/RR, no Campus do Cauamé – UFRR, foram coletados 402 indivíduos distribuídos em 10 famílias (Chrysomelidae, Curculionidae, Dysticidade, Elmidae, Gyrinidae, Haliplidae, Hydrophilidae, Noteridae, Scirtidae e Staphilinidae), porém, foi realizado um número maior de coletas e o número de amostras também foi maior do que o do presente trabalho. As amostras do Parque Nacional do Viruá também apresentaram poucos indivíduos das outras ordens de insetos, sendo abundantes e diversos apenas os organismos da ordem Decapoda (Crustacea).
CONCLUSÕES:
Os resultados encontrados foram inferiores em relação aos estudos anteriores, ressaltando a importância de um maior esforço amostral nos outros ambientes estudados. Os resultados obtidos no Parque Nacional do Viruá podem ter sido influenciados por fatores ambientais durante o período de realização de coleta, tornando o ambiente não propício para colonização de insetos aquáticos, uma vez que o resultado do estudo das outras ordens também foi similar.
Palavras-chave: invertebrados, besouros aquáticos, Amazônia.