65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
Dialogando com a Química na sala de aula
Vanessa Gouveia de Melo Silva - Universidade Católica de Pernambuco
Liderlânio de Almeida Araújo - Universidade Católica de Pernambuco
Simone Silva Alves - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
INTRODUÇÃO:
No Brasil, infelizmente o ensino de Química continua preso ao ensino tradicional (BRASIL, 1999). São evidentes as dificuldades no processo de ensino-aprendizagem de Química. Uma das grandes barreiras no aprendizado dessa ciência é a dificuldade de correlacionar os conceitos vistos em aulas com o cotidiano. No âmbito escolar encontramos um número relativo de estudantes que passam grande parte do tempo de aula decorando fórmulas, reações e propriedades, sem conseguir relacioná-los cientificamente com a natureza. Entendemos que a ciência não é petrificada, pois ela tem sua própria dinâmica, conceitos e leis que estão em constante mudança (SAVIANI, 2000). A nós, educadores, cabe o desafio de buscar novas ferramentas para contextualizar essa disciplina obrigatória do currículo do ensino médio (OLIVEIRA, 2005). Uma forma de proporcionar um nível de qualidade superior ao ensino de Química é a experimentação, vale salientar que esse método por si só não promove a construção da aprendizagem. Entretanto, causa uma reação motivadora para a compreensão e correlação de distintos conteúdos teóricos, auxiliando na organização dos conceitos.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este trabalho tem como objetivo analisar, promover e divulgar a relevância dos experimentos de Química na construção do ensino-aprendizagem, sob o ponto de vista dos estudantes.
MÉTODOS:
Participantes - 160 estudantes do primeiro ano do Ensino Médio de quatro escolas da rede pública de ensino em Recife Pernambuco.
Desenvolvimento da atividade
Etapa I – Seleção de experimentos para trabalhar o conteúdo programático reações química: (i) velocidade de reações: hidróxido de sódio com papel de alumínio e aspirina em água e (ii) álcool na gasolina: adicionar água à gasolina para determinar o teor de álcool presente nesta.
Etapa II – Após a realização da atividade prática promoveu-se um debate a cerca do que os estudantes acharam da prática abordada. Aplicou-se um questionário com quatro perguntas para que os educandos expressassem o seu ponto de vista a cerca da influencia que a atividade desenvolvida teve sobre o processo de internalização do conhecimento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Com a analise da aplicação do questionário na primeira questão comprovou-se que os estudantes almejam um ensino dinâmico. Cerca de noventa por cento afirmaram que atividades experimentais são interessantes para o processo de aprendizagem. Aproximadamente oitenta por cento afirmaram na terceira pergunta que os professores de Química não trabalham com metodologias diferenciadas e não contextualizam o ensino desta e segundo Libâneo (1985, p.137) “O trabalho docente deve ser contextualizado”, ou seja, articular o ensino com a realidade, traz a emergência do dialogo que o educador não é aquele simplesmente transmite um tipo de saber para seus alunos, como um mero repassador de conhecimentos. O papel do educador é mais amplo, ultrapassa a simples transmissão de conhecimentos. Noventa e três por cento a firmam o ensino de Química pode suscitar inúmeras pesquisas, existindo assim uma relação entre o ensino e pesquisa. Conforme Freire (1996) “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino.” O professor tem, portanto, a função primordial de garantir essa relação.
CONCLUSÕES:
No espaço de sala de aula, para os estudantes do Ensino Médio, não é fácil compreender Química, devido às fórmulas e teorias, principalmente se as estiverem atreladas ao ensino tradicional. Porém, quando as práticas educativas são participativas e o conhecimento é contextualizado, o processo de ensino-aprendizagem é facilitado.
Palavras-chave: Aprendizagem, Experimentos, Química.