65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
ATIVIDADE DAS ENZIMAS ÁLCOOL DESIDROGENASE E LACTATO DESIDROGENASE EM IPÊ-AMARELO SOB ALAGAMENTO
Emilly dos Santos Pereira - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada, Universidade Federal Rural da Amaz
Thaís Soares Pereira - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada, Universidade Federal Rural da Amaz
Daniele Viana da Costa - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada, Universidade Federal Rural da Amaz
Maria do Socorro Bezerra de Araújo - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada, Universidade Federal Rural da Amaz
Talitha Soares Pereira - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada, Universidade Federal Rural da Amaz
Allan Klynger da Silva Lobato - Prof. M.sc./ Orientador- Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada, Universid
INTRODUÇÃO:
O ipê-amarelo é uma espécie muito utilizada na recuperação de áreas desmatadas, principalmente em áreas degradadas pela exploração petrolífera na Amazônia e uma das árvores mais bonitas em paisagismo urbano pela sua bela e exuberante floração. Entretanto, vários problemas têm ocorrido na sua utilização, principalmente morte de espécimes no período chuvoso, devido a compactação dos solos ocasionando a inundação dos mesmos. A enzima álcool desidrogenase está presente em muitos organismos que metabolizam o álcool, incluindo o homem. Atuando diretamente na fermentação alcoólica, um processo biológico no qual açúcares como a glicose, frutose e sacarose são convertidos em energia celular com produção de etanol e dióxido de carbono como resíduos metabólicos. A enzima lactato desidrogenase atua na fermentação láctica um processo metabólico no qual carboidratos e compostos relacionados são parcialmente oxidados, resultando em liberação de energia e compostos orgânicos, principalmente ácido láctico.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho foi de avaliar a atividade das enzimas álcool desidrogenase e lactato desidrogenase em plantas de ipê-amarelo sob alagamento.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia (01º27’S e 48º26’W), usando como material vegetal plantas jovens de Ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia (Vahl) Nicholson) com 7 meses de idade, no qual foram colocadas em vasos com capacidade de 30 L contendo o substrato citado anteriormente, sendo as plantas aclimatadas nas condições descritas pelo período de 20 dias. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 2 condições hídricas (controle e alagamento), tendo 15 replicatas e totalizando 30 unidades experimentais, com cada unidade tendo 1 planta por vaso. Após o período de aclimatação, iniciaram-se os tratamentos, com o tratamento controle mantido sob irrigação durante todo o período experimental, enquanto que o tratamento alagamento foi submetido por 9 dias, sendo avaliadas as plantas no 9° dia após a aplicação dos tratamentos. Foram mensuradas as atividades da álcool desidrogenase e lactato desidrogenase com as metodologias de Bertani et al. (1980) e Hoffman & Hanson (1986), respectivamente. Os resultados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5%. Além disso, foi calculado o desvio-padrão das médias.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A atividade da álcool desidrogenase variou entre os tratamentos, sendo nas folhas observados os valores de 0,31 e 0,60 moles de NADH H+ Kg-1 de proteína min-1 nos tratamentos controle que consiste em manter as condições hídricas de acordo com as necessidade da planta e alagamento. Estes resultados indicam um aumento de 93,5% no alagamento, quando comparando com o controle. Nas raízes foram obtidos valores de 0,8 e 1,1 moles de NADH H+ Kg-1 de proteína min-1 nas plantas controle e alagamento. Tais resultados devem-se ao fato de que a enzima atua na fermentação alcoólica produzindo etanol e Co2 na ausência de oxigênio. Na atividade da lactato desidrogenase ocorreu variação significativa entre os tratamentos, tanto nas raízes e folhas. Em relação às folhas foram observados valores de 0,60 e 1,1 moles de NADH H+ Kg-1 de proteína min-1 no controle e alagamento, apresentando acréscimo de 83,3 % nas plantas sob alagamento, quando comparadas ao controle. E nas raízes foi observado os valores de 0,5 e 1,2 moles de NADH H+ Kg-1 de proteína min-1 obtidos nos tratamentos controle e alagamento. Estes se devem ao fato de que a enzima utiliza o NADH para reduzir piruvato a lactato.
CONCLUSÕES:
O alagamento por nove dias ocasionou o aumento da atividade das enzimas álcool e lactato desidrogenase nas folhas e nas raízes
Palavras-chave: Alagamento, Lactato Desidrogenase, Tabebuia serratifolia.