65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 5. História - 1. História da Cultura
Carpe Diem Cultural: Adaptações da mídia a uma nova classe.
Luccas Geovani Alves da Silva - Aluno do Ensino Médio Integrado ao Ensino Técnico do Instituto Federal Goiano.
Ana Cecília Moreira Elias - Orientadora/Instituto Federal Goiano – Câmpus Urutaí.
INTRODUÇÃO:
Atualmente vivenciamos período de consideráveis transformações na sociedade brasileira, principalmente no plano econômico, acompanhando desta forma, o denominado “poder de compra da classe C”. Neste sentido, ao pensarmos a mídia não apenas como arte, mas também como indústria, observamos variações em suas programações, demonstrando nova preocupação em exibir programas voltados á classe social acima mencionada.
Porém, estás modificações ressaltam-se em meio as contradições, de acordo com a crítica lançada pela revista Carta Capital, especificamente no editorial escrito por Mino Carta (2013), o Brasil apresenta avanço econômico desassociado de melhorias na educação e de produção cultural com qualidade, para o editor a mídia, especificamente a Rede Globo, mesmo com uma produção que atenda a demanda de pessoas entre as variadas classe econômica continua exibir programas que reforçam a concepção do poder da minoria pertencentes da elite em detrimento á parcela maior da sociedade, ou seja, o “povo”.
Sem perder esse viés de manutenção de determinado “modelo de sociedade”, o qual a elite continua com seu poderio, em particular a emissora Globo, demonstra aumentar a exibição de programas voltados de acordo com demandas da classe C, dentre os quais, iremos analisar o atual “Esquenta”.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Observar através de programas televisivos como o “Esquenta”, características e comportamentos de como a mídia vêm se moldando para atender os anseios culturais da nova e influente “Classe C”.
MÉTODOS:
Nossa pesquisa seguiu as seguintes descrições metodológicas, primeiramente identificamos e estudamos os diferentes graus de influência que a mídia pode apresentar em uma determinada sociedade. A Partir de então, traçamos através de leituras e análises os principais elementos que caracterizam o perfil da nova classe C.
Buscamos observar o comportamento da mídia diante á essas novas demandas sociais, como ela tenta se adequar em vistas dessas demandas, e, como, possivelmente a mídia continua ou não a influenciar as opiniões publicas, tendo em vista a construção e manutenção de determinado modelo político de sociedade.
Por fim, buscamos observar e analisar episódios exibidos, especificamente no programa “Esquenta” da Rede Globo de Televisão, a fim de entrecruzamos de maneira crítica determinadas indagações acima mencionadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O programa de televisão, intitulado “Esquenta”, exibido pela emissora de televisão, Rede Globo, apresentado por Regina Casé, que e considerada um ícone de popularidade, de acordo com o que está inserido no imaginário popular, “é a cara do Brasil”, a matriarca, adaptando assim em forma satírica, a sociedade brasileira patriarcal.
As temáticas trabalhadas ao longo das programações exibidas são sempre polêmicas, demonstrando desta forma, que a chamada nova classe C, preocupa-se com as demandas e problemáticas sociais, com o desenvolvimento da cultura e da ciência, pois, além dos temas abordados, o próprio cenário é constituído de forma que represente estas inquietações.
O programa representa, que as problemáticas sociais estão inseridas em dinâmicas políticas, apesar de defender quase que explicitamente, qual a melhor opção política. Defende e reforma também, o imaginário de que o Brasil é o país de misturas de cores, ritmos, formas, culturas, um país de pessoas pacíficas, mas, que ainda sofre com o preconceito, de uma parcela mínima da sociedade, as quais o programa banaliza. O sentimento nacionalista é reforçado também, através do samba, o futebol... Mas que, podemos cobrar por mais melhorias de nossos governantes, afirmando desta forma, o lema “alegria não é o mesmo que tolice”.
CONCLUSÕES:
O programa “Esquenta”, representa para os telespectadores, que as problemáticas sociais estão inseridas em dinâmicas políticas, apesar de defender quase que explicitamente, qual a melhor opção política de acordo com as demandas da sociedade. Defende e reforma também, o imaginário de que o Brasil é o país de misturas de cores, ritmos, formas, culturas, um país de pessoas pacíficas, mas, que ainda sofre com o preconceito, vindo de uma parcela mínima da sociedade, as quais o programa banaliza.
Portanto, a mídia como indústria se adapta as novas demandas sociais, no Brasil, com a ascensão econômica da Classe C, e contínua sendo influenciadora de opiniões, o que ocorre, são adaptações e novas formas encontradas pelos “produtores culturais brasileiros” de persuadirem a sociedade. Surgem novos programas, as diversas classes sociais se sentem representadas pela televisão, esta, apresenta-se mais colorida...
Desta forma, concluímos que é inegável a ascensão econômica e social desenvolvida pelo Brasil nos últimos dez anos, diante desta questão a mídia tenta-se adequar a demandas de novas classes emergentes, vide, a classe C, no entanto, nosso país continua carente de qualidade educacional, com exibição de programas, mesmo “diferenciados”.
Palavras-chave: Televisão, Cultura, Classe C.