65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
SEXUALIDADE: PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO CENTRO ESCOLAR ZACARIAS DE GOES EM TERESINA-PI SOBRE OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS.
Antonio Amorim da Silva Filho - IFPI
INTRODUÇÃO:
A adolescência é o período da vida que vai dos 10 aos 19 anos de idade e sucede a infância. Inicia-se com a puberdade, caracterizada por uma série de mudanças corporais, psicológicas, fisiológicas e sociais. Por ser essa fase de transição e conflitos, na qual o comportamento sexual e os padrões reprodutivos estão altamente susceptíveis a influências da sociedade, torna-se um período mais vulnerável a contrair DST´s (Castro, Abramovay e Silva, 2004). No Brasil, cerca de 20% da população geral é constituído por adolescentes, o que representa aproximadamente 34 milhões de jovens (IBGE, 2000). Investigações epidemiológicas nacionais indicam que aproximadamente 25% das DST são diagnosticadas em jovens com menos de 25 anos, principalmente o HIV, que vem crescendo de forma significativa entre os adolescentes. Campanhas massivas são organizadas periodicamente por vários órgãos de saúde e mídia, para disseminar o conhecimento sobre métodos contraceptivos, tendo como alvo os adolescentes, mas, é um fato que a mente humana só assimila o que é de seu interesse. Muitas pesquisas procuram acentuar índices de gravidez ou de contaminação por DST, no entanto, pouco se preocupam em verificar se as informações foram assimiladas pelo publico alvo.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Objetivou-se verificar os conhecimentos dos alunos de 2º ano do ensino médio acerca de métodos contraceptivos.
MÉTODOS:
O presente trabalho foi realizado no Centro Escolar Zacarias de Góes - “Liceu Piauiense”, localizado na cidade de Teresina-PI. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário qualitativo em uma turma com 33 alunos de 2º ano do ensino médio. Primeiramente, como instrumento de coleta de dados foram convidados 33 alunos do 2º ano do ensino médio, com idade entre 15 e 17 anos, a responderem um questionário em nível qualitativo contendo oito perguntas abrangendo temas sobre sexualidade, métodos contraceptivos, DST’s e suas possíveis formas de prevenção. Tal abordagem permitiu traçar um perfil sobre o conhecimento dos alunos a cerca do tema proposto. Vale ressaltar que foi mantido o anonimato, a fim de evitar algum constrangimento. Após o questionário foi realizado uma intervenção através de palestras com o tema de vírus e doenças sexualmente transmissíveis, esclarecendo a importância da saúde e prevenção e debater duvidas recorrentes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foi indagado aos alunos se sabiam o que são métodos contraceptivos, 97% responderam sim e 3% não. Entre os métodos que eles tinham conhecimento, 94 % conheciam a camisinha ou condom, 33,3% a pílula hormonal, 33,3% o DIU, 30,3% conhecia diafragma, 30,3% tabelinha e 18,18 % contraceptivos injetáveis. Pode-se demonstrar significativo aumento do conhecimento do condom, o que poderia ser em parte justificado pelas campanhas de combate e prevenção às DST/Aids (BELO E SOUSA. 2004) . As informações sobre o assunto estão disseminadas de varias formas na sociedade, no caso de qualquer duvida sobre o tema, os alunos apontaram que, 69% recorrem à internet, 48,48% os pais ou familiares, 18,18% à escola, 12,12% às revistas e 6,06% à televisão. Segundo (BELO E SOUSA. 2004) os meios de comunicação vem ganhando espaço no acesso a informações. Mas, a escola deveria ter participação mais tangível na vida do aluno, no caso da educação sexual obrigatória por lei. Perguntado a eles se já praticaram ato sexual, 18,18% consentiram e essa mesma porcentagem respondeu que praticou de forma segura. Isso demostra que os alunos entendem os riscos e optam por uma pratica consciente.
CONCLUSÕES:
Com a execução deste trabalho, foi possível examinar os conhecimentos dos alunos do 2º ano acerca dos métodos contraceptivos, onde se constatou que a maioria conhecia o que era método contraceptivo e seus tipos, onde se destacou o conhecimento da camisinha, que se atribui a frequentes campanhas realizadas nos meio de comunicação. Bem como, verificaram-se as fontes de consulta de informações mais usadas pelo aluno, se destacando a internet, mas, mostrando uma crescente consulta aos pais ou familiares sobre o assunto, no entanto, os resultados mostram que na escola pesquisada tem pouca participação neste conhecimento, mesmo sendo obrigatório por lei, o ensino em educação sexual. Evidenciou-se grande nível de compreensão por parte dos alunos, com a prática do sexo com proteção. Neste processo muitas duvidas se seguiram e foram sanadas no desfecho do trabalho, com a execução de uma palestra sobre vírus e doenças sexualmente transmissíveis.
Palavras-chave: Camisinha, DSTs, consciência.