65ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia |
CARACTERIZAÇÃO DO SOLO PARA A REATIVAÇÃO DOS VIVEIROS ESCAVADOS DO IFPA CAMPUS CASTANHAL |
Jackson Oliveira Andrade - Graduando do curso tecnologia em Aqüicultura do IFPA- Campus Castanhal Reinaldo da Silva Braz - Graduando do curso tecnologia em Aqüicultura do IFPA- Campus Castanhal Denise Vieira de Oliveira - Graduando do curso tecnologia em Aqüicultura do IFPA- Campus Castanhal Amanda Silva da Paixão - Graduando do curso tecnologia em Aqüicultura do IFPA- Campus Castanhal Laila Amanda do Carmo Moreira - Graduando do curso tecnologia em Aqüicultura do IFPA- Campus Castanhal Dr. Cícero Paulo Ferreira - Professor do IFPA- Campus Castanhal |
INTRODUÇÃO: |
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Campus Castanhal, localiza-se às margens da BR-316, Km 63 no Município de Castanhal. Oferta cursos de nível médio e técnicos profissionalizantes da área agropecuária, graduação e pós-graduação, entre eles o curso de Tecnologia em Aquicultura, que na infraestrutura dispõe de três viveiros escavados para prática de piscicultura, que foram construídos em 1988 com o objetivo de fornecer alimento ao refeitório e posteriormente passaram a serem utilizados em atividades práticas, pelos discentes do Instituto. Foram criadas diversas espécies desde a sua construção, tais como: filhote (Brachyplathystoma Filamentosum), Tambaqui ( Colossoma Macropomum), Carpa (Cyprinus Carpio), Curimatã (Prochilodus Spp) e Tilápia (Oreochromis Niloticus), entre outras. No entanto os viveiros começaram a apresentar problemas de perda de água por infiltração, para tentar resolver esse problema foi realizada a “lonagem” introdução de lona no fundo dos viveiros, os quais ficaram inutilizados durante 6 anos, em 2012 apenas um dos tanques com área total de 3.200 m2 foi reativado. |
OBJETIVO DO TRABALHO: |
O objetivo dessa pesquisa foi identificar as características físicas do solo dos viveiros escavados do Instituto Federal do Pará Campus Castanhal e verificar a capacidade de reativá-los, com o propósito de fornecer alimento saudável para o refeitório da Instituição, servindo também como referência em práticas para as turmas dos cursos de Técnico em Agropecuária e Tecnologia em Aquicultura. |
MÉTODOS: |
Todas as amostras de solo foram coletadas em cilindros de volume igual a 98, 125 cm3 na camada superficial que varia de 0 a 10 cm. Para os resultados foram utilizadas as seguintes fórmulas: Densidade do Solo Os cálculos foram feitos por meio da razão entre o volume do solo, em dm,3 e a massa do solo seco, em Kg dm-3. Porosidade Total (%) Os cálculos foram feitos através da fórmula: 1 – (razão entre a densidade de partícula, em Kd dm-3 e a densidade do solo, em Kg dm-3. Microporosidade Os cálculos foram feitos através do peso da amostra seca a 105°C dividido pro si próprio e depois subtraindo do resultado o peso da massa úmida. Macroporosidade Os cálculos foram feitos através da Porosidade total, subtraída da Microporosidade (%). Volume de Partículas O volume de partículas foi determinado pelo, volume total do solo subtraído do volume total de poros. |
RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
Das 50 g/l de amostra de solo analisadas com o teste granulométrico 47,6 g/l foi identificado como areia, correspondentes a 95,2% e apenas 2,4 g/l de argila e silte, correspondendo a 4,8%. Com base no triângulo de classificação dos solos, podemos afirmar que o solo do viveiro é do tipo franco arenoso. Para os dados físicos do solo foram obtidos os seguintes resultados: Densidade do solo: 1,50 g/cm3; porosidade total, 43,8%; microporosidade, 18%; macroporosidade, 25,8%; volume de partícula, 26,1%. Com base nos resultados obtidos a partir das amostras de solo dos viveiros, percebe-se que os viveiros não estão dentro dos padrões adequados para a prática de piscicultura com base nos resultados de porosidade total 43,8% e para desenvolver esta atividade o ideal é que esse parâmetro esteja abaixo dos 30%, um fator agravante é que apenas 18% correspondem aos microporos, que são os espaços intra partículas responsáveis pela retenção da água e 25,8% correspondentes aos macroporos, espaços entre partículas que facilitam a passagem da água. Outro fator que dificulta a reativação do viveiro é a densidade do solo 1,48g/cm3, sendo que o ideal para a prática aquícola é acima de 1,8g/cm3. |
CONCLUSÕES: |
Os parâmetros físicos do solo são os principais a serem analisados para verificação da infiltração de água no solo, com os resultados obtidos ocorrerão nos viveiros altas taxas de infiltração. Uma das soluções possíveis é a lonagem, que é a instalação de uma lona recobrindo o fundo do viveiro impedindo a infiltração, uma desvantagem é que a lona tem uma vida útil curta e serão necessárias várias trocas o que encarece a produção. Outra alternativa é a compilação de argila no fundo do viveiro, uma vantagem é que essa argila compilada permanece por muito tempo, mas essa prática exige mais tempo, mão de obra e capital. |
Palavras-chave: tipologia de solo, piscicultura, infiltração. |