65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
UTILIZAÇÃO DE RESÍDUO DE PEIXE NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE MARACUJÁ AMARELO NO SEMIÁRIDO NORDESTINO
Elisson Alves Santana - Graduando do curso de Engenharia agronômica da UNEB.
Claudio Mistura - Prof. Dr./Orientador - Depto. de Tecnologia e Ciências Sociais – UNEB.
Rodrigo Oliveira Borges - Graduando do curso de Engenharia agronômica da UNEB.
Bruno Augusto de Souza Almeida - Graduando do curso de Engenharia agronômica da UNEB.
Timóteo Silva dos Santos Nunes - Graduando do curso de Engenharia agronômica da UNEB.
Ana Glícia dos Santos Santana - Graduando do curso de Engenharia agronômica da UNEB.
INTRODUÇÃO:
O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá amarelo (Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa Deg ), com aproximadamente 60 por cento da produção total, diversos trabalhos ressaltam a importância do maracujá para a pequena propriedade por utilizar, predominantemente mão de obra familiar, com expressivo valor social, além de proporcionar rápido retorno do investimento. A produção do fruto destaca-se na região nordeste (209 mil toneladas por ano). A condição ideal para o desenvolvimento do maracujeiro ocorre em locais com precipitação de 800 a 1750 mm, distribuídas regulamente durante o ano, sendo a precipitação do nordeste inferior a 700 mm ano, o que dificulta a produção dessa frutífera. Faz-se necessário então a utilização de mudas e alternativas para melhorar a produção do maracujá, uma delas é utilização de resíduo de peixe (Amino Peixe Raìzes ® ) para melhorar o rendimento das mudas do maracujazeiro, atuando como regulador natural do equilíbrio nutricional e metabólico das plantas ativando a fotossíntese e a exploração do seu potencial biológico e fisiológico aumentando a produtividade, a qualidade da produção e a resistência ao stress hídrico.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este trabalho tem como finalidade avaliar o desenvolvimento de mudas de maracujá amarelo com a utilização de resíduo de peixe em diferentes proporções, na região semiárida do nordeste brasileiro.
MÉTODOS:
O presente experimento foi implantado no DTCS/UNEB, em Juazeiro-BA, no período de fevereiro de 2013, em casa de vegetação coberta com sombreamento de 50 por cento. Utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco doses de resíduo de peixe conhecido comercialmente com o nome de (Amino Peixe Raízes ® ) (zero; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 mL/tubete) e cinco repetições. Cada tubete comportou cerca de 500g da mistura utilizada, sendo esta areia, argila, esterco e substrato (Plantmax ® ) na proporção de 4:1: 1:2. As sementes do maracujá foram semeadas diretamente nos tubetes e logo após as plantas emitirem os cotilédones, foi feita a aplicação do produto em suas devidas proporções por tratamento, diluindo-o em 2,50ml de água. Foram feitas avaliações da produção de diâmetro do colo (Diâm-Col), número de folhas (N-flh), comprimento da raiz (Comp-raiz), comprimento parte aérea (Comp-Pa), volume da raiz (Vl-raiz) e comprimento e largura da folha (Comp-flh) (Larg-flh) e teor de clorofila (T-Clor) pela manhã e tarde. Todas essas leituras foram realizadas no dia da colheita do experimento. Os dados foram analisados por meio de análise de variância (P<0,05) e, quando significativas, submetidas à regressão polinomial, com auxílio do programa para micro-computadores WINSTAT.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados apresentados demonstram que houve diferença significativa (P<0,05), pela analise de variância para a maioria das variáveis estudadas, se destacando com melhores valores os tratamentos com doses de 1,0 e 1,5 mL respectivamente, do resíduo de peixe. As variáveis, número de folhas (N-flh), comprimento da parte aérea (Comp-Pa) e Comprimento da folha (Comp-flh), mostraram melhores valores na dose de 1,0 mL. Já para o diâmetro do colo (Diam-col), volume da raiz (V-raiz), largura da folha (Larg-flh) e teor de clorofila manhã e tarde (T-Clor), a dose de 1,5 mL se destacou com os maiores valores. A variável comprimento de raiz (Comp-raiz), apresentou valores diferentes aos demais tratamentos tendo sua melhor resposta na testemunha, mesmo assim o produto mostrou-se bastante eficiente no desenvolvimento da cultura do maracujazeiro, já a dosagem de 2,0mL comprometeu o desenvolvimento da cultura e ocasionou a morte de quatro repetições, o que, comprova que o manejo inadequado com dosagem excessiva do produto vai influenciar negativamente na produtividade das mudas.
CONCLUSÕES:
Foi possível observar diferenças estatísticas das dosagens de 1,0 e 1,5 mL de resíduo de peixe em relação à testemunha, demonstrando a grande eficiência do produto na produção de mudas de maracujazeiros e o seu grande potencial como insumo orgânico.
Palavras-chave: potencial biológico,, regulador natural,, stress hídrico.