65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática
PIBID NO ENSINO MÉDIO: ABORDAGENS E ESTRATÉGIAS
João Batista Trindade Vieira - Departamento de Matemática – IFMA, Monte Castelo
Aluizio Carvalho dos Santos Júnior - Departamento de Matemática – IFMA, Monte Castelo
Caio Renan Damascena Sampaio - Departamento de Matemática – IFMA, Monte Castelo
Pedro Ivo Barros Nascimento - Departamento de Matemática – IFMA, Monte Castelo
José Luanderson da Silva Moura - Departamento de Matemática – IFMA, Monte Castelo
Déa Nunes Fernandes - Profa. Dra./Orientadora - Depto.de Matemática - IFMA
INTRODUÇÃO:
Uma significativa questão que necessita estar no centro das preocupações da prática docente, diz respeito à busca por estratégias que possibilitem ao professor um maior entendimento do perfil de seus alunos. No entanto, reconhecemos que uma prática docente voltada para questões deste tipo não se apresenta como uma tarefa fácil, visto que isto requer do professor uma formação acadêmica nutrida de conhecimentos que levam à percepção do aluno como sujeito situado no mundo. Porém, esse modelo de formação não se aplica à maioria dos professores, em particular os de Matemática, visto que muitos são oriundos de uma formação acadêmica cujo currículo apresenta uma nítida separação entre a teoria e a prática, entre as disciplinas específicas e pedagógicas.
Este texto apresenta algumas compreensões elaboradas a partir de experiências vividas como participantes do subprojeto de Matemática do PIBID/IFMA, campus Monte Castelo, numa escola pública maranhense de ensino.
A ideia aqui é ressaltar as principais dificuldades enfrentadas por nós no trabalho com alunos do ensino médio e apresentar estratégias pensadas na abordagem das atividades na tentativa de procurar soluções para potencializar a participação dos alunos de ensino médio durante as intervenções do subprojeto.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Relatar as experiências obtidas no desenvolvimento do subprojeto de Matemática do PIBID/IFMA do campus Monte Castelo, adquiridas por meio de observações e intervenções feitas em uma escola pública maranhense com turmas do 3º ano do ensino médio.
MÉTODOS:
A fase inicial do subprojeto foi um período de adaptação à rotina da escola, isto é, estivemos em fase de construção de um diagnóstico da escola. Este diagnóstico se caracterizou com a participação nas atividades realizadas em sala de aula com o professor de Matemática da turma. De maneira geral, o intuito desta ambientação era a de desencadear um processo de interlocução com os alunos, os professores e a direção da escola, observando a estrutura da escola, as lacunas existentes no que se refere à aprendizagem da matemática, para então elaborar junto com o coordenador de área do subprojeto as intervenções a serem desenvolvidas.
As intervenções, momento dedicado exclusivamente à relação entre bolsistas e alunos, foram planejadas para servir como um estágio em que os bolsistas buscariam suprir as principais dificuldades dos alunos na matemática. Contudo, a ideia de como seria tratada a informação a ser passada aos alunos, foi de que os conteúdos teriam que ser administrados de modo diferenciado do que já é visto tradicionalmente por estes durante as aulas. Para tanto, recorremos a vídeos, buscando apresentar curiosidades e desenvolver jogos de modo a relacionar os assuntos vistos em sala de aula com estas atividades.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
No decorrer das observações fomos constatando que a falta de interesse dos alunos pelas aulas de Matemática poderia estar associado ao tradicionalismo com que essas aulas eram ministradas, não eram apresentados a eles exemplos de aplicações do que estavam estudando, e também, havia carência de conhecimentos prévios para assimilar determinados assuntos. Assim, nas atividades de intervenções - momento dedicado exclusivamente à relação entre bolsistas e alunos - buscamos planejar atividades que contribuíram para sanar dificuldades previamente detectadas durante as observações.
Embora todo o empenho em preparar as intervenções, a resposta aos encontros não atingiu o objetivo planejado. O quantitativo de alunos que aparecia nos encontros representava menos que 10% do esperado. O maior problema encontrado diz respeito ao deslocamento dos alunos até escola para as intervenções, acreditamos que este fato esteja relacionado à distância da residência dos alunos até a escola, pois com isso, o horário acertado para as intervenções não dava a eles tempo suficiente de ir até suas respectivas casas e voltar a tempo de participar do encontro. Soma-se a isto a questão financeira e o custo adicional com as passagens.
CONCLUSÕES:
Com o trabalho realizado, percebemos que a realidade no ensino médio é diferente, os interesses e as condições dos alunos são outras, precisamos encontrar uma dinâmica de funcionamento para o desenvolvimento das atividades do subprojeto nesta escola. Assim, junto com a coordenadora de área e o professor supervisor do subprojeto na escola, percebemos que era mais adequado desenvolver as atividades de intervenção do subprojeto no ano de 2013 de maneira que evitássemos que os alunos tivessem que retornar à escola no contraturno.
Decidimos então que as intervenções seriam realizadas pelos bolsistas nas turmas de 3º ano de Matemática do professor supervisor do subprojeto na escola, em um horário de aula na semana cedido por esse professor. Percebemos que desta forma, as intervenções passaram a ter um caráter mais prático e dinâmico, no entanto, sentimos a necessidade de conhecer melhor o perfil dos alunos que estamos trabalhando e com isso, tentar compreender a visão que estes alunos têm de sua escola e de seus professores, bem como tentar identificar as principais dificuldades por eles encontradas no processo ensino/aprendizagem, em particular da Matemática, suas perspectivas e anseio com a educação.
Palavras-chave: Experiências, Intervenções, Aprendizagem.