65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física
EXPERIMENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DE VÍDEO-AULAS: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE HIDROSTÁTICA
Luciane de Sousa Nascimento - Licencianda em Física Ambiental – UFOPA
Thais Dill Freitas - Licencianda em Física Ambiental – UFOPA
Ádria Susane da Silva Bezerra - Licenciada em Física Ambiental – UFOPA
Luciena dos Santos Ferreira - Licencianda em Física Ambiental – UFOPA
Ricardo Mendes de Freitas - Licenciado em Física Ambiental – UFOPA
Cláudia da Silva Castro - Profª. MSc. Docente da Licenciatura em Física Ambiental - UFOPA
INTRODUÇÃO:
O ensino de física no nível médio com foco em aspectos teóricos, centrado em método único e imutável, ainda empregado na maioria das escolas públicas, não tem resultado em uma aprendizagem significativa. Esse cenário contribui para que a Física, seja de difícil compreensão o que ocasiona desprezo dos estudantes. Por outro, lado o ensino que favoreça a participação efetiva do aprendiz e o incentivo do professor nas atividades proporciona aos alunos um caráter motivador e investigativo da ciência e da disciplina em que se estuda. Conforme Mello e Barboza (2007), a experimentação trabalhada a partir de situações-problemas leva o aprendiz à compreensão dos conteúdos abordados em sala de aula e pode contribuir para que a aprendizagem seja efetiva. Assim, no intuito de melhorias e de estratégias metodológicas com a finalidade de se ensinar Física de modo significativo e consistente, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, PIBID, com o subprojeto de Física Ambiental, da Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA possui como metas desenvolver atividades de ensino a partir de estratégias metodológicas diferenciadas. Dada essa proposta de ensino realizamos uma sequencia de aulas com experimentação e produção de vídeos-aulas tornando-a o ensino dinâmico e com a presença ativa dos estudantes na atividade.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Neste trabalho abordamos o relato dessa atividade e apontamos os resultados mais significativos desta experiência de ensino.
MÉTODOS:
A atividade foi desenvolvida por quatro bolsistas PIBID, juntamente com o professor supervisor e foi aplicada em uma turma do 2º ano do ensino médio, do turno vespertino de uma das escolas de atuação do PIBID Fisica Ambiental – UFOPA em Santarém-PA. A turma era composta por 36 alunos e foi organizada em grupos de seis estudantes. A atividade foi desenvolvida em sete encontros, aulas com 40 minutos de duração no II semestre do ano letivo de 2012. Para melhor organização da proposta separou-se a atividade nas seguintes etapas: (a) apresentação da proposta; (b) divisão dos alunos em grupos; (c) sorteio dos experimentos; (d) reunião com orientador do grupo; (e) pesquisa e montagem dos experimentos pelos alunos; (f) produção dos roteiros dos experimentos; (g) gravação de vídeo-aulas; (h) socialização da atividade e depoimento dos alunos. Após o encerramento da atividade foi realizada reunião de avaliação da atividade pelos bolsistas e estes apresentaram socializaram a atividade desenvolvida com grupos de bolsistas atuantes em outras escolas atendidas pelo projeto. Os depoimentos dos estudantes foram transcritos e analisados para identificação dos aspectos relevantes da atividade desenvolvida.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
As respectivas etapas: (a); (b) e (c) para fins de organização possuem um caráter exploratório da metodologia levadas aos estudantes, já com os conteúdos adotados. Nesse período de orientação, a intenção é o acompanhamento passo a passo com os estudantes. No item (d) se discutiu os reparos futuros para a coleta e construção de materiais a cada grupo de alunos responsáveis ao tipo de experimento, sendo eles: guindaste hidráulico, submarino, pimenta e água, sem oxigênio, vela e água, pressão atmosférica e manômetro. Posterior a separação de experimentos aos demais grupos, os estudantes elaboravam um projeto no qual se constou de dados teóricos para a elaboração. Depois de construído utilizou-se, por eles, recursos áudio visuais para serem gravados em vídeo com aulas apresentadas pelos próprios alunos. Por último, em (h), buscamos identificar o conhecimento construído no decorrer da atividade evidenciando a presença contínua do conceito explorado nos experimentos, com princípios físicos de hidrostática. Depoimentos de estudantes indicam que apesar de a experimentação ser uma metodologia bastante comentada no meio acadêmico, notam-se no ambiente escolar, rupturas da não inserção de práticas como essas desenvolvidas no ambiente escolar.
CONCLUSÕES:
Percebemos que a atividade contribuiu com o estudo dinâmico dos conteúdos de física, por aliar harmoniosamente teorias com práticas. Apesar das dificuldades encontradas ao longo da atividade, de elaborar experimentos e produzir vídeos. Há a satisfação dos participantes com as aprendizagens tanto pelos estudantes quanto à dos bolsistas. Tendo em vista que a atividade proporcionou oportunidades de se trabalhar com a produção de vídeo-aulas, das quais ainda não haviam sido desenvolvidas pela equipe de bolsistas. De fato, os depoimentos ressaltam pontos positivos com o estudo aplicado. Nesse processo a metodologia pautada com a prática torna-se uma boa proposta para o ensino de hidrostática, além disso, pode vir a ser utilizada em futuras atividades nas escolas da região.
Palavras-chave: Ensino de Física, Hidrostática, Produção de Vídeo-aulas..