65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia
ESTUDO DA CAPACIDADE QUELANTE DE DIFERENTES EXTRATOS DA Vanillosmopsis arborea Baker.
Gerlânia de Oliveira Leite - Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, UFSM, Santa Maria – RS.
Albys Ferrer Dubois - Centro Nacional de Electromagnetismo Aplicado, UO, Santiago de Cuba.
Adriana Rolim Campos - Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Unifor, Fortaleza-CE.
Roselei Fachinetto - Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, UFSM, Santa Maria – RS.
João Batista Teixeira Rocha - Programa de Pós-Graduação em Bioquímica Toxicológica, UFSM, Santa Maria–RS.
Caroline Wagner - Universidade Federal do Pampa, Campus Caçapava do Sul, Caçapava do Sul - RS.
INTRODUÇÃO:
A espécie Vanillosmopsis arborea Baker, uma Asteraceae de reconhecido valor econômico que possui propriedades antiinflamatórias, provenientes principalmente do sesquiterpeno alfa-bisabolol, presente em teores elevados no óleo essencial de sua madeira. CAVALCANTI; NUNES, (2002). Já foi descrito que o óleo essencial da V. arborea apresenta algumas propriedades farmacológicas, como atividade anti-inflamatória e antinociceptiva, atividade gastroprotetora, atividade larvicida, atividade antimalárica. Apesar de muitos trabalhos atribuirem estas atividades farmacológicas a capacidade antioxidantes do óleo essencial e extratos, ainda existem poucos estudos que comprovem os mecanismos pelos quais este óleo essencial exerce suas atividades farmacológicas. O efeito antioxidante foi realizado através do sequestro de radicais livres - DPPH in vitro e da inibição da produção de TBARS. O Fe2+ é um potente indutor de estresse oxidativo, principalmente por participar, via reação de Fenton, da geração do radical hidroxil (OH.), uma potente espécie reativa de oxigênio. Por outro lado, compostos capazes de quelar o Fe2+ tem mostrado potencial capacidade antioxidante.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar a capacidade antioxidante do extrato de folhas, cascas e tronco da V. arborea através da capacidade destes extratos em quelar Fe2+.
MÉTODOS:
A capacidade do extrato de folhas, cascas e tronco da V. arborea para quelar Fe (II) foi determinada usando um método modificado de Puntel et al. (2005). Resumidamente, 20 µl de um preparado fresco de 7,5 mM Fe 2SO 4 foram adicionados a uma mistura de reação contendo 168 µl de 0,1 M de Tris-HCl (pH 7,4), 218 µl de solução salina e o extrato da planta. A mistura de reação foi incubada durante 5 minutos, antes da adição de 13 µl de 0,25% 1,10-fenantrolina (p/v). A absorvância foi subsequentemente medida em 510 nm espectrofotometricamente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Nenhum dos extratos de V. arborea apresentaram a capacidade quelante de Fe (II). A utilização de quelantes de ferro é uma terapia popular para a administração de Fe2+ associado ao estresse oxidativo no cérebro. A capacidade quelante do ferro da V. arborea é esperada para potencialmente aumentar as propriedades neuroprotetoras da planta particularmente tendo em conta o fato de que a sobrecarga de ferro está envolvido na patogênese de doenças cerebrais tais como a de Alzheimer Elise e James, (2002). No entanto, este mecanismo não demonstou atividade antixidante, como mostrado com efeito inibitório presente no DPPH e na inibição da peroxidação lipidica.
CONCLUSÕES:
Como conclusão, a planta não apresentou atividade quelante, demonstrado que os mecanismos pelos quais ela exerce sua capacidade antioxidante é independente da quelação de Fe (II). Desta forma faz-se necessário mais estudos a fim de elucidar os mecanismos envolvidos na atividade antioxidante da V. arborea.
Palavras-chave: Vanillosmopsis arborea , Extrato, Antioxidante.