65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO EM PALMAS-TO
Geane Santana Rocha Quixabeira - Secretaria Municipal de Educação de Palmas-TO
Anadir Ferreira da Silva - Secretaria Municipal de Educação de Palmas-TO
Albatenes Francisco da Silva - Secretaria Municipal de Educação de Palmas-TO
INTRODUÇÃO:
A inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino sempre foi vista, sobretudo pela sociedade e pela política pública, como algo assistencial e criativo. A Educação Especial marca o lugar da diferença, ao conviver com limitações humanas mais evidentes ou menos claras. O encaminhamento de alunos para escolas especiais ou a manutenção de classes especiais deveriam constituir exceção a ser recomendada quando a educação na classe regular mostrar-se incapaz de responder às necessidades educacionais ou sociais do educando, e desde que tal incapacidade seja demonstrada de forma inequívoca. Essas práticas quase sempre refletem apelos, expectativas e necessidades dos educadores, não correspondendo às reais necessidades dos educandos. As razões subjacentes a tais procedimentos costumam referir-se à falta de qualificação profissional e despreparo dos professores.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Levar a uma reflexão sobre diferença entre os paradigmas da integração e da inclusão aos professores cuja prática pedagógica está centrada na perspectiva histórica da Educação Inclusiva. Aborda especificamente as características das escolas abertas para todos os tipos de alunos, constituídas à luz dos princípios dessa modalidade de Educação.
MÉTODOS:
Através desta pesquisa de campo, transversal e qualitativa, procurou-se trabalhar no sentido da desmistificação da deficiência, compreendida como uma característica, um traço peculiar da condição humana, diferenciando necessidades autênticas e fictícias. Os questionários respondidos por professores de uma escola da rede municipal de ensino, no município de Palmas-TO, no ano de 2010, consistem no enfrentamento das atitudes e valores sociais, injustos e errôneos, genericamente difundidos acerca da deficiência.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O receio de mudanças é o maior entrave encontrado pelos educadores, pois a mudança em educação é, de entre as mudanças no tecido social, das mais lentas, das mais penosas e difíceis. Parece desnecessário referenciar a importância da formação contínua dos docentes e do desenvolvimento profissional para a construção da Escola Inclusiva. Segundo os professores entrevistados, a escola deve ser um espaço para as transformações, as diferenças, o erro, as contradições, a colaboração mútua para a criatividade. Desta forma, precisa-se de uma escola que não tenha medo de arriscar, mas que tenha muita coragem e ousadia de criar e questionar o que está estabelecido, em busca de rumos inovadores, necessários à inclusão.
CONCLUSÕES:
Acredita-se que a construção de uma escola Inclusiva não é uma utopia; no entanto, é necessário que os pais, os educadores, os governantes, a sociedade em geral acreditem que a Escola Inclusiva é uma realidade possível por que vale a pena lutar. O desafio colocado aos educadores é grande e parte significativa desses professores continua despreparada para desenvolver estratégias de ensino diversificadas. Implica, inevitavelmente, mudanças nas atitudes, na prática pedagógica dos docentes, na organização e gestão da sala de aula e da própria escola como instituição.
Palavras-chave: Inclusão, Escola Inclusiva, Integração Escolar.