65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 3. Economia - 11. Economia
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E DA GESTÃO ESTRATÉGICA COMO PRINCIPAL FATOR PARA A COMPETITIVIDADE DOS NOVOS EMPREENDEDORES: O CASO DA NOVA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA
Rita de Cássia de Vasconcelos Pedrosa - Depto. de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Marckson Byan Medeiros Aguiar - Depto. de Economia, Universidade Federal de Campina Grande - UFCG
INTRODUÇÃO:
No Brasil, os números de empreendedores individuais cresceram em um ritmo alucinante, desde que a categoria foi criada em 2009, o seu crescimento foi de 49 mil em 2009, para 2,1 milhões em 2012. A ascensão da “Nova Classe Média Brasileira” surgida a partir de 2008 e que abarca atualmente mais de 53% da população foi um dos pilares para esse crescimento. Segundo os dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2011), são criados anualmente mais de 1,2 milhão de novos empreendimentos formais no Brasil. A partir dos elementos expostos, a pesquisa tem por objetivo ressaltar a importância dos novos empreendedores para a economia brasileira, uma vez que, mais de 99% dos empreendimentos abertos são Micro, Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais (EI). Mais da metade dos empregos formais brasileiro é advindo desses três segmentos supracitados. Contudo, na mesma velocidade em que estão sendo criados os novos empreendimentos, há também o fechamento dos mesmos por não conhecem suficiente o mercado em que atuam para ser competitivo. Desse modo, os resultados da pesquisa chama a atenção do poder público e dos empreendedores para um planejamento e gestão estratégica que tendo como objetivo um plano de ação voltado para o médio e longo prazo dos negócios.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo da presente pesquisa é mostrar intensificação no Brasil dos pequenos negócios advindos de empreendedores que faz parte da nova Classe Média, bem como, abordar a importância crescente do planejamento estratégico como ferramenta de gestão e competitividade de forma eficaz, para que possa permitir no longo prazo, uma maior sobrevivência dos pequenos negócios.
MÉTODOS:
O presente trabalho teve sua origem a partir de uma revisão bibliográfica sobre o referencial teórico sobre planejamento estratégico e competitividade. Para o desenvolvimento do trabalho foi realizada uma pesquisa mediante as análises de dados primários e secundários disponibilizados no Instituto Data Populares (2012), no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2011) e nos órgãos oficiais do governo. Destarte, de um modo geral, a pesquisa pode ser caracterizada como qualitativa e quantitativa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A partir das primeiras investigações realizadas, percebemos que o perfil da economia passa a sofrer mudanças expressivas no poder de compra dos consumidores, boa parte dos que passam a compor a Classe Média Brasileira (Classe C), com o aumento das suas rendas, deixa seus empregos formal ou informal, para buscar ser proprietário do seu próprio negócio, principalmente no ramo do comércio e beleza. A pesquisa revela que dos 19,7 milhões de brasileiros interessados em abrir seu próprio empreendimento este ano, 58,3%, cerca de 11,5 milhões são da classe C. A característica desse novo empreendedor tem como objetivo melhorar sua condição financeira e ter independência profissional. Verificou-se ainda, que o empreendedorismo está em seu melhor momento na história do país, o impulso econômico propiciado pelo avanço do mercado consumidor interno e pelo crescimento da economia em relação ao resto do mundo1contribuiu de forma significativa para tal desempenho. Além disso, acrescenta-se ao fato dos eventos relacionados com a copa do mundo, bem como, o apoio governamental para formalizar os pequenos empreendedores, colaborando ainda mais para esse aumento.
CONCLUSÕES:
A globalização tornou a concorrência entre as empresa cada vez mais acirrada, as grandes buscam novos aperfeiçoamentos mediante a mudança ocorrida na economia, com o objetivo de permanecer por longos períodos no mercado. No entanto, os pequenos negócios são extremamente sensíveis às mudanças econômicas, o que acaba dificultando sua competição de sobrevivência. Para que os pequenos negócios possam sobreviver, necessitam utilizar, de forma eficaz, os recursos e habilidades disponíveis para superar as ameaças e descobrir as oportunidades e potencialidades que aparecem. Contudo, para chegar a tal fato, se faz necessário um planejamento estratégico, que tenha como instrumento a promoção de uma gestão eficiente mediante uma analise mais apurada do mercado atuante. Assim, para os novos Empreendedores Individuais (EI) oriundos da nova Classe Média Brasileira precisa-se da ferramenta supracitada como seu principal fator para a tomada de decisão de um plano de negocio que adote uma postura pró-ativa de gestão, tornando-se mais competitiva e flexível diante das mudanças presentes em seu ambiente. Desse modo, o presente trabalho chama atenção para uma política pública facilitadora e que promova condições satisfatórias para os novos empreendimentos terem um maior tempo de vida no mercado.
Palavras-chave: Nova Classe Média, Empreendedorismo, Planejamento Estratégico.