65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
UM NOVO OLHAR SOBRE O SUJEITO DEFICIENTE NA CONTEMPORANEIDADE
Adriano de Araújo lima - UFMA
Emanuele Sousa Cardoso - UFMA
Francisca dos Reis Chaves - UFMA
Maria das Graças Tavares Silva - UFMA
Maria José dos Santos - Prof. Ms./Orientadora-UFMA
Nagylla Dias Oliveira - UFMA
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho vem demonstrar resultados de uma pesquisa feita em duas escolas da rede de ensino municipal de Bacabal-MA no que diz respeito à Educação Inclusiva para crianças com necessidades educacionais especiais. Pensando nesta realidade, desenvolvemos este trabalho à luz de revisões bibliográficas que já discutiram o assunto, como também através de um estudo empírico, com a finalidade de mapear a realidade presente destas escolas. Dentro desta perspectiva pudemos analisar que a educação inclusiva para pessoas com deficiências aconteça de forma significativa é necessário que o sistema educacional adote em seu projeto político pedagógico a flexibilização do currículo, de maneira que este venha quebrar todas as barreiras presentes no cotidiano escolar. Esperamos que este trabalho venha contribuir com estas instituições escolares a respeito da importância de se repensar em novas práticas pedagógicas, um novo currículo, onde as deficiências sejam tratadas de forma inclusiva levando em conta as peculiaridades de cada pessoa.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo da nossa pesquisa é investigar a realidade de duas escolas da rede de ensino municipal de Bacabal, visando apreender em seu cotidiano de práticas pedagógicas, ações que possibilitem a concretização da educação inclusiva com relação a crianças com deficiências
MÉTODOS:
Diante da problemática da educação inclusiva para pessoas com deficiências na rede regular de ensino, procuramos traçar um percurso metodológico que nos possibilitasse compreender as significações dos sujeitos escolares sobre a questão da inclusão. Para tanto, fizemos revisão da literatura existente sobre o tema, visitas às escolas e aplicações de questionários entre professores e gestores das unidades da rede municipal de ensino. Em seguida, foi realizada a análise dos dados coletados, visando apreender as significações atribuídas à educação inclusiva pelos sujeitos, bem como cotejá-las com as nossas apreensões da realidade construídas em visitas às escolas e nas análises documentais e bibliográficas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O “fenômeno da deficiência” é tão antigo quanto a história da humanidade, por isso vem sofrendo diferentes construções de sentido. Hoje, com a implementação da política pública de educação inclusiva para pessoas com deficiências, essa história de tantas lutas e sofrimentos começa a mudar. De acordo com a nossa investigação, pudemos analisar que o ideal de educação inclusiva encontra-se em um processo bastante complexo, aquém das expectativas dos estudantes e famílias. A partir dos questionários aplicados a cerca de cinqüenta por cento dos professores das escolas pesquisadas, observamos que a maioria indica necessitar de recursos específicos para lidarem com as crianças com deficiência, assim como também foi indicada como dificuldade a falta de qualificação para tratar dos temas. Estes seriam, portanto, os problemas centrais na fala de todos pesquisados. Ainda segundo eles, estas escolas trabalham na perspectiva inclusiva mesmo que de forma parcial, e que estão dispostos a inovar para construir a “inclusão”.
CONCLUSÕES:
O grande desafio da educação inclusiva para pessoas com deficiência nas escolas públicas regulares de ensino segundo esta pesquisa é a falta de recursos pedagógicos específicos destinados a tais fins, a falta de qualificação para os docentes e demais profissionais da escola, e dificuldades de ordem arquitetônica que também intervém no trabalho cotidiano da escola. Portanto, as instituições escolares em pleno século XXI precisam repensar seriamente suas práticas de ensino com relação à pessoa com deficiência. Trabalhar de forma homogênea uma turma de alunos como se todos aprendessem na mesma proporção seria o mesmo erro de pensar que todos nós teríamos o mesmo DNA, a mesma capacidade cognitiva, os mesmos problemas, enfim, estes sujeitos com deficiência assim como todos têm suas peculiaridades que precisam ser entendias e trabalhadas propiciando a eles condições favoráveis para que venham se desenvolver juntamente com os ditos “normais”.
Palavras-chave: Educação Inclusiva, Deficiência, Currículo.