65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 2. Microbiologia Aplicada
QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUAS DE COCO ENVASADAS, COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ-RN.
Alyne de Oliveira Amorim - Depto. de Ciências Biológicas-UERN
Lorena Lucia do Vale Vasconcelos - Depto. de Ciências Biológicas-UERN
Francisca Kélia Duarte Dias - TNS Esp.-Depto. de Ciências Biológicas-UERN
Francisca Marta Machado Casado de Araújo - Profa. Dra./Orientadora-Depto. de Ciências Biológicas-UERN
INTRODUÇÃO:
A água de coco é uma bebida bastante apreciada, principalmente em locais de temperatura mais elevadas, com sabor doce e levemente adstringente, contendo baixos teores de carboidratos, características que atraem bastante os consumidores que buscam uma alternativa saudável. É rica nos minerais cálcio, potássio, sódio, magnésio e fósforo. O comércio de águas de coco envasadas vem aumentando muito nos últimos anos. Com o intuito de avaliar a qualidade desses produtos, análises microbiológicas foram realizadas em seis marcas de águas de coco comercializadas no município de Mossoró-RN e verificadas suas adequações as legislações federais vigentes.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar a qualidade da água de coco industrializada, quanto à presença de coliformes totais e Escherichia coli, verificando as adequações a legislação brasileira vigente.
MÉTODOS:
Foram analisadas seis amostras de diferentes marcas de águas de coco compradas em distribuidores e supermercados locais, sendo três amostras envasadas em embalagens tetra pak@ com sistema UHT e três em embalagens PET, das quais duas destas eram não pasteurizadas. Foi utilizado como controle negativo o coco in natura, além dos controles negativos, água destilada e dos controles positivos, cultura de Escherichia coli. Foi utilizado o método do substrato cromogênico Colilert®idexx, ao qual foi dissolvido em água destilada autoclavada e distribuído em tubos de ensaio tampados com papel alumínio. As amostras foram limpas externamente com álcool setenta por cento e inoculadas em concentrações de um para um, um para dez e um para cem, com uma repetição, sendo cinco tubos para cada concentração. Em seguida os tubos foram incubados em uma estufa bacteriológica a trinta e sete graus Celsius por vinte e quatro horas. A leitura foi feita com o auxílio de uma lâmpada ultravioleta e os resultados foram expressos de acordo com a tabela do número mais provável em cem mililitros de água.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A legislação vigente para águas de coco, a Instrução normativa número trinta e nove de vinte e oito de maio de dois mil e dois da Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA preconiza que deve haver um padrão de aceitabilidade de até cem números mais provável por mililitro para Escherichia coli.
Os resultados obtidos mostraram que das seis marcas mais comercializadas na cidade de Mossoró, as três marcas em embalagem tetra pak@, envasadas em sistema UHT apresentaram ausência de bactérias tanto do grupo coliforme total como da Escherichia coli. Já as três amostras em embalagens PET apresentaram contaminação tanto por coliformes totais quanto por Escherichia coli.
CONCLUSÕES:
De acordo com a Instrução normativa número trinta e nove de vinte e oito de Maio de dois mil e dois da ANVISA, as amostras envasadas em embalagens tetra pak@ que utilizaram o sistema UHT estão aptas ao consumo humano, enquanto as três amostras envasadas em embalagens PET estão impróprias.
Palavras-chave: Contaminação, microorganismos patogênicos, armazenamento de alimentos.