65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
APLICAÇÃO DE AIB EM ESTACAS CAULINARES DE MURTA (Murraya exótica)
Bruno Moreira Carvalho - Acadêmico do Curso de Agronomia do IF Goiano – Câmpus Ceres - GO
Cleiton Mateus Sousa - Prof. no Instituto Federal Goiano – Câmpus Ceres - GO
INTRODUÇÃO:
A murta é um arbusto, que pode alcançar até sete metros de altura, bastante utilizado na ornamentação, seja na formação de cercas-vivas, cultivo de plantas isoladas em jardins ou vasos, como folhagem, composição de arranjos florais e até mesmo na arte do bonsai. A planta possui ramos lenhosos, bastante ramificados, folhas compostas, com folíolos pequenos e de coloração verde-escura. Produz inflorescência com flores pequenas, coloração branca ou branca-creme, e libera aroma característico da espécie. Apesar da grande quantidade de frutos, as sementes são recalcitrantes e apresentam baixa germinação, comprometendo a produção de mudas.
A propagação vegetativa permite superar limitações encontradas na propagação sexuada e obter grande quantidade de mudas. Entretanto, algumas espécies apresentam dificuldades no enraizamento, inviabilizando a propagação vegetativa. A aplicação de auxina está associada à capacidade de induzir a diferenciação de raízes adventícias, podendo superar as limitações da propagação vegetativa em espécies que apresentam dificuldade no enraizamento. Entretanto, torna-se necessário definir concentração ideal e condições das estacas utilizadas para obter êxito na obtenção de mudas durante todo o ano e com valor no mercado.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar aplicação de Ácido Indolbultírico (AIB) na formação de raízes adventícias em estacas caulinares de murta (Murraya exótica).
MÉTODOS:
Foram realizados dois ensaios no delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições e 10 estacas em cada unidade experimental, o primeiro implantado em dezembro de 2010 e o segundo em abril de 2011. Os tratamentos foram as concentrações de AIB, sendo 0, 500, 1000, 2000 e 4000 mg L 1 para o primeiro e 0, 1000, 2000, 4000, 8000 mg L 1 para o segundo ensaio.
As estacas foram coletadas em planta matriz, na fase vegetativa, cultivadas no IF Goiano – Câmpus Ceres e preparadas de forma que cada uma apresentasse entre 10 e 15 cm de comprimento, quatro gemas e sem folhas. Após o preparo, a base das estacas foi mantida durante cinco segundos nas soluções de auxina utilizadas, em seguida, cerca de 1/3 da estaca no canteiro de propagação contendo areia como substrato, coberto com polietileno e com nebulização intermitente com intervalos de 40 minutos. Semanalmente avaliou-se a sobrevivência, brotação, perda das estacas e enraizamento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A aplicação de AIB, em diferentes concentrações, em estacas caulinares de murta, coletadas em duas épocas do ano, não induziu a formação de raízes adventícias nas condições que os ensaios foram realizados. Não houve brotação e aos 30 dias após a implantação dos ensaios, todas as estacas estavam mortas. Sendo assim, (Murraya exótica) demonstrou ser uma espécie de difícil enraizamento, tornando-se necessário, estudar outros tratamentos para obter sucesso na multiplicação desta espécie por estaquia. Sugere um novo experimento para testar o efeito da aplicação de auxina em estacas com a presença de folhas para favorecer a sobrevivência e o enraizamento das estacas.
CONCLUSÕES:
A aplicação de AIB, em diferentes concentrações, não induziu a formação de raízes adventícias em estacas caulinares de murta coletadas em duas épocas do ano.
Palavras-chave: Murraya exótica, Propagação vegetativa, Ácido Indolbultírico.