65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
Crescimento em plantas jovens de Fava-Atanã (Parkia gigantocarpa Ducke) submetidas à seca e reidratação
Francisco de Assis Araújo Santos - Estudante do curso de agronomia, UFRA-Capitão Poço
Ângelo Cleiton Costa Pereira - Estudante do curso de Pós graduação em Botânica, UFRA
Waldemar Viana Andrade Júnior - Estudante do curso de Pós graduação em Botânica, UFRA
Joze Melisa Nunes de Freitas - Estudante do curso de Pós graduação em Ciências Agrárias, UFRA
Cândido Ferreira de Oliveira Neto - Profº. Dr./Co-Orientador- UFRA, Campus de Capitão Poço
Benedito Gomes dos Santos Filho - Profº. Dr./ Orientador- Instituto de ciências agrárias, UFRA
INTRODUÇÃO:
A fava-atanã (Parkia gigantocarpa Ducke) surge como espécie de extrema importância ecológica, na composição florística e econômica da Amazônia, podendo integrar-se com outras culturas perenes (como espécies lenhosas frutíferas e não frutífera) e anuais via consórcio, agregando renda aos produtores sem, estimular, no entanto, o desmatamento, reduzindo desta forma, os impactos causados por este processo, como: erosão e empobrecimento do solo e aumento do efeito estufa. Visto que a seca é uma fator ambiental que limita o crescimento de plântulas em diversos ecossistemas; na Região Amazônica não é diferente, sobretudo em áreas desmatadas das Regiões Sul e Sudeste do Estado do Pará, cujas condições climáticas favorecem um período seco definido de até cinco meses. Dessa forma, estudos que avaliem e estimem a capacidade de espécies de plantas nativas tolerantes à seca são necessários, a fim de desenvolver SAFs e projetos de reflorestamentos que possibilitem um desenvolvimento sustentável e permanente nessas regiões degradadas; e o entendimento das respostas fisiológicas e bioquímicas relacionado à tolerância à seca é de fundamental importância para o estabelecimento de tais programas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O trabalho teve como objetivo mensurar o crescimento em plantas jovens de fava-atanã (Parkia gigantocarpa Ducke) em um período de seca e sua reidratação.
MÉTODOS:
O trabalho foi realizado em casa de vegetação pertencente ao Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) em Belém-Pará (01º28’03”S, 48º29’18”W). As plantas de fava-atanã (P. gigantocar), sendo acondicionadas em vasos plásticos com capacidade para 14 litros. As medidas realizadas a 0º, 4º, 8º, 12º, 16º e 20º (este último dia corresponde a reidratação) dias logo após o período de aclimatação. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC) em fatorial do tipo 2 x 6 (condições hídricas x tempo), consistindo de dois tratamentos (Irrigado e Déficit hídrico) com 5 (cinco) repetições, totalizando 60 unidades experimentais. Foi aplicada a análise de variância e a significância das médias, usando-se o teste de Tukey ao nível de 5% e regressão para cada tratamento. Dentre as variáveis de crescimento relacionadas à morfologia da parte aérea e sistema radicular, foi avaliado o seguinte: a altura relativa das plantas (AP), obtida através de uma trena presa a uma régua de madeira; o diâmetro do caule (DC), obtido com auxilio de um paquímetro mecânico (m3545605128, Vonder Co.,Curitiba, Brasil), medindo a seção caulinar na porção basal; o ganho percentual de folhas, foram determinados pela contagem diária do número de folhas e folíolos existentes na planta durante o período experimental (16 dias).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados mostraram uma diferença significativa entre os tratamentos para as variáveis estudas. A interação tratamento vs tempo, só ocorreram para variáveis número de folha e folíolo, diâmetro do caule (DC), para as demais variáveis a interação não foi significativa (P < 0,05). Durante o período analisado (dia 0 ao 16º dia) as plantas controle apresentaram um ligeiro incremento no número de folha (14,2%), no número de folíolos (9,7%), no diâmetro do caule (5%), na altura (4,1%). Já para as plantas sob seca um pequeno incremento foi observado para altura (1,1%). Para esse mesmo grupo também foi observado um decréscimo para demais variáveis: número de folha (7,1%), número de folíolo (16,2%) e DC (2,9%). Não foi observado direnças significativas para estas variáveis após a reidratação das plantas estressadas por 4 dias. As plantas estressadas, a baixa disponibilidade hídrica afetou o desenvolvimento de folhas e folíolos, sendo observada uma pequena abscisão das folhas mais velhas, apesar de não ter sido significativo, tal comportamento pode ser interpretado como uma linha de defesa à perda d’água, visto que está ocorre principalmente pela transpiração foliar.
CONCLUSÕES:
A limitação de água promoveu redução no número de folhas e no diâmetro caule, além de desacelerar o crescimento em altura e no acúmulo de biomassa em plantas de jovens de Fava-atanã.
Palavras-chave: Fava-atanã, Crescimento, Suspensão hídrica..