65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
ESTUDO SOBRE A INFLUÊNCIA DA ETNIA NEGRA SOBRE OS VALORES DE PRESSÃO ARTERIAL EM JOVENS DE SÃO LUÍS, MARANHÃO
Fernanda Ferreira de Oliveira - Depto. de Quimica e Biologia- UEMA
Ingrid Tayane Vieira da Silva do Nascimento - Depto. de Quimica e Biologia- UEMA
Suelen Rosana Sampaio de Oliveira - Depto. de Quimica e Biologia- UEMA
Laine Kelly Amorim Gomes - Depto. de Quimica e Biologia- UEMA
Isabel vitória figueiredo - Faculdade de farmácia; Centro de estudos farmaceuticos; Universidade de Coimbr
Sandra Fernanda Louzeiro de Castro Nunes - Prof. Dra. - UEMA
INTRODUÇÃO:
Dentre os inúmeros problemas de saúde pública que vem atingindo a sociedade brasileira, a Hipertensão Arterial (HA), que é caracterizada pelo aumento dos níveis pressóricos, é uma das principais causas de doença cardiovascular e está diretamente relacionada, entre outros fatores, com a história familiar de hipertensão, tabagismo, excesso de álcool, abuso de sódio e etnia. A raça negra apresenta maior tendência para o surgimento de hipertensão arterial, devido principalmente, a fatores genéticos, pré-disposição ao acumulo de tecido adiposo e distúrbios metabólicos relacionados a fármaco.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Neste estudo, objetivou-se fazer uma análise da pressão arterial de jovens de São Luis- MA, fazendo relação entre etnia negra e predisposição à hipertensão arterial.
MÉTODOS:
Convidou-se os jovens a se direcionar para laboratório de Bioquímica onde assinaram um termo de Consentimento Livre e Esclarecido e respondiam um questionário contendo dados de identificação (sexo, cor, idade) e fatores de risco (hereditariedade, tabagismo, sedentarismo, consumo de álcool). Neste estudo, negros e pardos foram agrupados em uma única categoria de acordo com a classificação do senso brasileiro. Para a verificação da P.A, utilizou-se o tensiômetro eletrônico OMRON, estando o voluntário em repouso por 15 minutos antes da aferição.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Dos 62 voluntários envolvidos neste estudo, 80,64% são do sexo feminino e 19,35% são do sexo masculino. Observou-se que a maioria era parda-mulata (51,61%); seguido de brancos (25,80%); negros (17,74%) e com menor número, a cor amarela (4,83%). Verificou-se também que, dos 43 voluntários de etnia parda-mulata e negra, 93,02% apresentaram pressão arterial dentro dos padrões considerados ótimos e normais e 6,98% apresentaram PA limítrofe e grau 1-hipertensão. Apesar da raça negra ser considerada um fator predisponente para o desenvolvimento da hipertensão arterial, pois está relacionada a um defeito hereditário na captação celular de sódio e cálcio, neste estudo, não foram obtidos valores relevantes que nos possibilite concluir que há influência da etnia sobre a hipertensão.
CONCLUSÕES:
A etnia negra possui caracteristica potencializadora da HA, devido a maior facilidade dos indivíduos adquirirem peso e ao fator de herança da própria etnia, que podem ser somados a questões ambientais, tais como o fumo, álcool e estresse, sedentarismo, entre outros. Dessa forma, é válido ressaltar a importância de programas preventivos sobre a hipertensão arterial para a sociedade, com o intuito de informar e prevenir a HA e suas complicações cardíacas.
Palavras-chave: Valores Pressóricos, Raça, Fatores Genéticos.