65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática
MATERIAIS CONCRETOS E A CONTEXTUALIZAÇÃO NO APRENDIZADO DE GEOMETRIA ESPACIAL
Maria Eulina Araújo Cordeiro - Curso de Matemática - CESTB/UEA
Adriano Luiz Garcia - Curso de Matemática - CESTB/UEA
Daniel Augusto Barroso da Silva - Curso de Matemática - CESTB/UEA
Manuel Ricardo dos Santos Rabelo - Depto de Matemática - IFAM Campus Tabatinga
Karem Keyth de Oliveira Marinho - Curso de Matemática - CESTB/UEA
Enildo Batista Lopes - Curso de Matemática - CESTB/UEA
INTRODUÇÃO:
Em diferentes níveis de ensino, percebe-se que os alunos apresentam dificuldades de aprendizagem nos conteúdos de Matemática. Um dos problemas que se observa diz respeito ao estudo da Geometria, pois se constata que os alunos possuem pouco conhecimento dos conceitos básicos da mesma. Trata-se também de propiciar aos alunos a importância do estudo da Geometria Espacial na Educação Matemática. Tendo em vista que, atualmente a Geometria, vem sendo trabalhada de uma forma superficial e sem ligação com os objetos vistos e tocados no dia a dia dos alunos. Entende-se que a Geometria não deve ser considerada apenas como o estudo de retas, retângulos e esferas, mas sim de forma aprofundada e ao mesmo tempo indo ao encontro da realidade concreta dos alunos.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Permitir aos educandos, o contato com uma prática metodológica baseada em situações-problema extraídas do cotidiano, levando-o a perceber que o estudo da geometria espacial é importante pela sua relação com as outras ciências e com a sua própria vida diária.
MÉTODOS:
A presente intervenção foi realizada na turma “D” do 9º ano do Ensino Fundamental do turno noturno da Escola Estadual Conceição Xavier de Alencar, com 15 alunos.
Iniciamos a intervenção com a aplicação de um questionário com cinco questões relacionadas com a geometria espacial no cotidiano, logo após houve uma aula expositiva dialogada, tendo em vista que os alunos não estavam familiarizados com os alunos e em seguida, exemplificamos os sólidos geométricos encontrados no cotidiano dos alunos, relacionando-os com seus respectivos nomes.
Os alunos foram orientados a confeccionar os sólidos geométricos, partindo do desenho da planificação de cada sólido trabalhado, montando os objetos e a identificando suas características como: as faces, as arestas, os vértices, a encontrar a área da base, área lateral, área total e o volume e as comparando com as originais, para isso foram utilizados materiais didáticos como: cartolina, tesoura, régua, compasso, transferidor e cola, de maneira que os alunos começaram a se familiarizar com os sólidos geométricos.
Ao final do trabalho, fora aplicado outro questionário relacionado com as aulas práticas e teóricas realizadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O primeiro questionário evidenciou que os alunos acreditam que as aulas práticas, ajudam no aprendizado do aluno e concordaram que a construção dos sólidos feitos contribuiria para o entendimento da matéria.
Quanto a melhor maneira de aprender, os alunos opinaram por aulas práticas orientadas pelo professor. Na quarta questão, os mesmos exemplificaram objetos que lembram os sólidos geométricos, como: dado, lata de óleo, bola etc. E finalmente, concordaram que a intervenção os ajudaria na compreensão dos conteúdos.
No início das atividades, os alunos citaram que não gostavam de matemática, mas acharam interessantes as aulas despertando sua curiosidade e o interesse pelo assunto.
O resultado do segundo questionário demonstrou que os alunos consideraram “ótimo” as atividades desenvolvidas na intervenção. E ainda avaliaram que as aulas teórico-práticas ajudaram no seu aprendizado.
Dentre os aspectos mais relevantes, os alunos consideraram as aulas práticas. Na quarta questão, os educandos exemplificaram cilindros, cone e paralelepípedo, onde citaram: caixa de sapato, lata de óleo ou de leite entre outros. Por fim, buscamos a opinião dos alunos sobre os estagiários e os educandos afirmaram que os estagiários conseguiram passar o conhecimento de forma eficiente.
CONCLUSÕES:
Pode-se perceber então, que o ensino da geometria voltado apenas para a visualização de formas e fórmulas não contribui significativamente para desenvolver o raciocínio do aluno. Faz-se preciso a busca constante de novas possibilidades para o trabalho da geometria em sala de aula. Métodos que realmente aproximem o educando da proposta abordada e que estimulem a compreensão daquilo que está sendo proposto. Um educador comprometido com seu trabalho estimula as diversas habilidades e competências de suas turmas utilizando-se do cotidiano, do conhecimento internalizado de cada aluno e a partir daí obtém resultados de aprendizado verdadeiros e certeza de que seu dever foi cumprido.
Com o desenvolvimento desta intervenção, tentou-se resgatar o interesse do aluno no estudo da Geometria Espacial e para isto procurou-se ir além dos métodos tradicionais, buscando nas aulas práticas com materiais manipuláveis (materiais concretos), uma participação mais efetiva da parte dos alunos.
Finalmente, ressaltamos a importância de metodologias alternativas que complementem as aulas de matemáticas, tornando-as mais atrativas. Cabe aos educadores acreditarem nas suas capacidades motivando os alunos a fazer algo novo.
Palavras-chave: Sólidos geométricos, Aulas práticas, Intervenção pedagógica.