65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 2. Engenharia Agrícola - 3. Engenharia Agrícola
ISOTERMA DE ADSORÇÃO DE SEMENTES DE URUCUM (Bixa orellana)
Isneider Luiz Silva - Instituto Federal Goiano - Câmpus Ceres
Hellismar Wakson da Silva - Instituto Federal Goiano - Câmpus Ceres
Renato Souza Rodovalho - Instituto Federal Goiano - Câmpus Ceres
INTRODUÇÃO:
A planta do urucum é um arbusto de rápido crescimento, que alcança de 4 a 6 metros de altura (PINEDA, 2003). Os frutos cápsulas de duas partes, que tem cor que vão do verde ao vermelho intenso, que contém de 30 a 45 sementes. O cultivo perene tem boas perspectivas em programas agrícolas, principalmente destinados a pequenos e médios produtores (MAZZANI, 2000). GONELI (2008) e PORTELLA (2001) afirmam que o processo mais utilizado para assegurar a qualidade e estabilidade de um produto é a secagem dos mesmos, uma vez que a redução do teor de água reduz a atividade biológica e as mudanças físicas e químicas que ocorrem durante o processo. As isotermas de sorção são as curvas de equilíbrio, compostas pelas umidades de equilíbrio do material correspondentes e à atividade de água para determinada temperatura. O conhecimento da curva de adsorção e dessorção são indispensáveis para determinar o teor de água final necessário nos processos de secagem e armazenamento de sementes (ALONSO, 2001).
OBJETIVO DO TRABALHO:
Determinar as isotermas de adsorção para as sementes de urucum na temperatura de 40 °C e atividade de água na faixa 25 a 97%, pelo método estático.
MÉTODOS:
O trabalho foi realizado no Laboratório de Fisiologia no Instituto Federal Goiano - Câmpus Ceres, em Ceres-GO. As sementes de Urucum foram obtidas na própria Instituição. Para determinação das isotermas de adsorção foram utilizadas soluções salinas, sendo estas depositadas em recipientes de vidro herméticos. Em cada recipiente de adsorção foram colocadas aproximadamente 1 g de sementes. Os recipientes herméticos contendo as amostras, em triplicata, foram acondicionados em uma estufa ajustada para fornecer a temperatura de 40 °C. Os recipientes de sorção foram pesados periodicamente em intervalos de 24 h em uma balança de precisão de 0,001 g, até atingir peso constante. Após terem os pesos constantes, as amostras foram submetidas a determinação de seus teores de água. Em seguida, foram selecionados o melhor modelo que se ajustou aos dados do experimento. Foram considerados pela significância dos coeficientes de regressão pelo teste t, ao nível de 1% de probabilidade: a magnitude do coeficiente de determinação ajustado (R2), o erro médio estimado (SE) e o erro relativo (P) inferior a 10% (FIORENTIN et al., 2010; OLIVEIRA et al., 2005; ALCÂNTARA et al., 2009, RESENDE et al. 2006).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Após feitas as análises de umidade de equilíbrio e dos modelos matemáticos para a temperatura de 40 °C, foi encontrado que o modelo de Peleg apresentou o melhor resultado estatístico com R2 = 98,70%, SE = 0,1650 e P = 1,276%. Assim como Gratão (2009), que recomendou o modelo de Peleg para todas as suas temperaturas trabalhadas em sementes de Quinoa com R2 = 99,91%; SE = 0,0014 e P = 0,70% e distribuição de resíduos aleatória. Já Ribeiro et al. (2005) recomendaram o modelo de Halsey Modificado para representar as isotermas de sementes de Urucum para a temperatura de 50 °C usando o parâmetro R2 = 98,30%.
CONCLUSÕES:
O modelo matemático de Peleg mostrou-se mais adequado para a determinação da isoterma de adsorção de sementes de Urucum na temperatura de 40 °C.
Palavras-chave: Bixa orellana, Isotermas, Adsorção.