65ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 3. Geografia Física |
ASPECTOS GEOAMBIENTAIS DA SERRA DA SANTA CATARINA: AS EVIDÊNCIAS PALEOCLIMÁTICAS. |
Marcelo Henrique de Melo Brandão - Unidade Acadêmica de Ciências Sociais – UFCG/CFP Marcos Assis Pereira de Sousa - Unidade Acadêmica de Ciências Sociais – UFCG/CFP Paulo Victor Paz de Sousa - SEDUC-RN Francisco Severo de Sá - SEDUC - Nazarezinho/PB |
INTRODUÇÃO: |
A Serra da Santa Catarina, localizada no município de São José da Lagoa Tapada - PB, em pleno alto sertão paraibano, possui características geoambientais que a diferencia de seu entorno, essa modificação da paisagem pode ser atribuída a uma dos mais importantes pensamentos relacionados aos mecanismos padrões de distribuição da composição faunística e florística na América Tropical, a teoria dos refúgios e redutos. É esta teoria que pode explicar a ocorrência de espécies de clima úmido a subúmido em pleno sertão paraibano. |
OBJETIVO DO TRABALHO: |
Com o objetivo específico de identificar alguns indicadores que propiciassem a análise da evolução paleoclimática que ocorreu durante o Pleistoceno. Dentre estes indicadores estabeleceu-se a observação dos aspectos pedológicos, geomorfológicos e florísticos da área de estudo. |
MÉTODOS: |
Para a execução do trabalho foi necessário uma etapa de gabinete onde se procedeu ao levantamento bibliográfico e cartográfico (mapas e imagens de satélite) da área de estudo, além dos trabalhos de campo onde foi possível verificar in loco, a biodiversidade e a geodiversidade da área. |
RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
Observa-se na área alguns indicadores de climas úmidos a subúmidos, dentre estes indicadores é possível destacar: os indicadores pedológicos, com a ocorrência de solos profundos das classes Argissolos, Neossolos; os indicadores geomorfológicos, os colúvios pedogeneisados, os processos de evorsão (marmitas) que ocorrem nas rochas; além dos indicadores botânicos, onde observa-se a ocorrência de espécies vegetais exclusivas de climas úmidos, tais como o Brosimum guianensis (Aublet.) Hub., ou popularmente conhecida como inharé. A existência desta e de outras espécies corroboram a ideia de que possivelmente houve ligações pretéritas entre os domínios da Floresta Atlântica e o Amazônico, tendo a área em estudo sido uma espécie de corredor ecológico. |
CONCLUSÕES: |
A Serra de Santa Catarina guarda em seus domínios características que a distinguem de seu entorno. Há uma combinação de fatores que dão a serra peculiaridades diferenciadas em relação às áreas vizinhas, como por exemplo, a intrínseca relação entre a umidade (pluviosidade), o solo e a vegetação, desta forma foi possível identificar através dos aspectos pedológicos, geomorfológicos e fito-fisionômicos a ocorrência de um clima mais úmido no passado geológico (pleistoceno), através dos indicadores citados. A importância do conhecimento desta área está em sua singularidade em relação ao entorno e na possibilidade de ser utilizada racionalmente no contexto geoturístico regional, desta forma contribuindo para a geração de renda e preservação ambiental. |
Palavras-chave: Enclaves, Refúgios, Paleoclimas. |