65ª Reunião Anual da SBPC

A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 7. Química Orgânica

CONTEXTUALIZAÇÃO DE AULA PRÁTICA DE QUIMICA ORGÂNICA COM PRODUÇÃO DE FITOTERÁPICOS

Luana de Araújo - Depto. de Ciências Domésticas - UFRPE André Viana - Depto. de Ciências Domésticas - UFRPE Taciana da Silva - Depto. de Química - UFRPE Lourinalda Oliviera - Profa. Dra/Orientadora - Depto. de Química - UFRPE

INTRODUÇÃO:

Alunos do primeiro período dos cursos de Economia Doméstica, Medicina Veterinária e dentre outros da UFRPE, nos primeiros dias de aula já relatam dificuldades na disciplina de Química Orgânica desta Universidade. Sabemos que o processo de ensino-aprendizagem está sempre sujeito a inovações e em concomitante transformação, estando estes diretamente ligados a pesquisa, ensino e extensão que devem escoar para aperfeiçoamento dos professores, técnicos e alunos.

OBJETIVO DO TRABALHO:

Contribuir de forma interdisciplinar a utilização de plantas medicinais no processo de ensino-aprendizagem nas aulas práticas da Disciplina de Química Orgânica dos cursos de graduação da UFRPE, com enfoque sobre a produção de fitoterápicos.

MÉTODOS:

Inicialmente foram realizados entrevistas nos cursos de graduação de Economia Domésticas (ED), e Medicina Veterinária (MV), baseadas em dois questionários semi-estruturados contendo o primeiro (aplicado antes das aulas praticas) com dez perguntas com alternativas e o segundo (aplicado depois das aulas praticas) contendo cinco perguntas. Os resultados foram analisados estatisticamente. No que diz respeito as aulas de produção de fitoterápicos foram realizadas as formulações de pomada, xampu, sabonetes, xaropes, tinturas com uma variedades de plantas medicinais com aplicação em humanos e em animais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Os estudantes do curso de ED apresentou faixa etária de 18-51 anos e o curso de MV com 18-41 anos. Das questões analisadas foi possível observarmos que em sua maioria os dois cursos apresentaram semelhantes respostas. No que diz respeito a definição de fitoterápicos 61,5% dos estudantes de ED e 95,65% de MV responderam sim. Sobre a toxicidade dos fitoterápicos 46,1% dos estudantes de ED e 47,82% de MV afirmam não causar mal. Quando abordamos sobre onde foi adquirido o conhecimento sobre o uso de fitoterápicos 47,8% dos estudantes de ED não souberam responder, enquanto 43,47% dos estudantes de MV disseram com os pais, amigos e/ou parentes. Em relação a que tipo de forma farmacêutica fitoterápica mais usual 53,8% dos estudantes de ED e 52,17% dos estudantes de MV afirmaram xarope. Os resultados obtidos pos-praticas 92% dos estudantes de ED e 100% dos estudantes de MV afirmaram conseguir reproduzir o conhecimento adquirido nas práticas. Já em relação a aplicação deste conhecimento 61,5% dos estudantes de ED e 91,3% de MV responderam ter importância na formação na vida pessoal e profissional.

CONCLUSÕES:

Foi possível observarmos a importância das aulas práticas de Química Orgânica contextualizada utilizando plantas medicinais como forma de introduzir novos conceitos na formação dos estudantes de graduação.

Palavras-chave: fitoterápicos, contextualização, química.