65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 3. Filosofia - 2. Filosofia
A CONSCIÊNCIA COMO ELEMENTO FUNDAMENTAL PARA A LIBERDADE, SEGUNDO LUDWIG FEUERBACH
Jéssica de Souza Lira - Licencianda em Filosofia – FAFIC
Simião Severino Pamplona - Licenciando em Filosofia – FAFIC
Antunes Ferreira da Silva - Mestre em Filosofia – UFPB / Professor de Filosofia – FAFIC
Anderson Renálio Dantas de Araújo - Licenciado em Filosofia – FAFIC / Professor de Filosofia – Estado da Paraíba
INTRODUÇÃO:
O alemão Ludwig Feuerbach (1804-1872) em sua teologia humanista ou filosofia de forte cunho antropológico, explica que o homem é composto por corpo e alma (elementos inseparáveis) que o torna num ente concreto. Deste modo, discordando dos idealistas (de Immanul Kant a Fredriech Hegel), defende que o homem não é puro pensamento. Para distinguir o homem do animal, propõe que aquele é dotado de uma consciência que o torna um ser completo, permitindo assim, que conheça a si mesmo, conhecimento que lhe oferece uma possibilidade de liberdade. Feurbach propõe que pela consciência pode-se conhecer o gênero humano, composta essencialmente por razão, vontade e sentimento. Quando o homem deixa de ser sujeito para ser também objeto de si, ele sai de um campo de alienação e passa para uma realidade de liberdade.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Analisar, sob a ótica feuerbachiana, o caminho a ser percorrido pelo homem para eliminar sua condição de alienado, oferecendo-o a possibilidade de liberdade, tendo em vista, segundo o filósofo, que o homem está localizado no centro da criação, ou seja, é o homem o próprio criador.
MÉTODOS:
A presente pesquisa foi mapeada por um estudo bibliográfico, compreendendo os textos do próprio filósofo, bem como alguns comentadores concernentes à temática, além de revistas especializadas. Assim sendo, foi manejada a análise de conteúdo, a fim de que se pudessem realizar as interpretações pertinentes ao objeto da investigação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A linha de pensamento que conduz a pesquisa é a questão antropológica segundo o filósofo alemão Ludwig Feuerbach, o que pode ser percebido foi uma centralização do homem, que torna-se responsável por tudo, no que se refere a condição humana, inclusive a ideia que se tem de deus, que para o filósofo é criado pelo homem, o homem atribui a deus características do que ele considera como perfeito e faz dessas características um objetivo a ser alcançando, é como se o homem criasse um deus em que pudesse espelhar-se para atingir a perfeição; começa então o que chamamos aqui de alienação, que é o ato de atribuir a deus todas as coisas e querer fazer de deus o culpado das desgraças e também das alegrias humanas. Feuerbach postula que é necessário que o homem se perceba como criador de deus e conseqüentemente de si mesmo, ou seja, o homem deve se tornar autoconsciente e auto-suficiente para livrar-se da alienação, pois apenas por meio desse nível de consciência é que o homem esta capacitado a tornar-se livre. Pode-se apontar como principal solução ao problema da alienação o uso da consciência de si.
CONCLUSÕES:
A importância dessa pesquisa se dá no campo da humanização de soluções de problemas, desmistificando a ideia de que cabe a Deus resolver as coisas no lugar do homem, pois é o homem que deve tomar o lugar que lhe cabe e através de sua consciência e de sua capacidade de sentir e pensar, perceber-se capaz de criar e solucionar, sozinho e sem vãs esperanças pelo divino, seus próprios conflitos. A acuidade do tema tratado é demonstrada quando se leva em consideração que tal discussão oferece fundamentação e possibilita o que seria um provável caminho para a liberdade humana.
Palavras-chave: Humanismo, Antropologia, Libertação.