65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
PLANOS DE AULA COM MAPAS CONCEITUAIS: CONCEPÇÕES DE PROFESSORES DE UMA ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL
Leandra Tamiris de Oliveira Lira - Depto. de Universidade de Pernambuco- UPE
Ronaldo José da Silva - Depto. Estatística Informática, Universidade Federal Rural de Pernambuco- UFRPE
INTRODUÇÃO:
O plano de aula consiste num elemento norteador da prática docente, pois permite tomada de decisão e reflexão da ação didática. Nesse sentido, deve apresentar ordem seqüencial, objetividade, coerência e flexibilidade. Segundo Libâneo (1994) plano de aula é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou um conjunto de aulas, desse modo, deve apresentar objetivos, metodologias, técnicas, recursos didáticos, tempo e forma de avaliação, sempre vinculados a realidade da sala de aula e da escola. De acordo com Moreira (1997), os mapas conceituais possibilitam a organização e análise do conteúdo, sendo traçados para uma aula, para uma unidade, ou para todo o curso. Nesse processo, o professor direciona o olhar na abordagem de conceitos e no planejamento de atividades voltadas para a aprendizagem. Frente ao exposto, nossa pesquisa surge da necessidade em descobrir junto aos professores, as contribuições do planejamento de aulas com mapas conceituais para um ensino que vise uma abordagem sistemática e contextual dos conteúdos (conceituais, procedimentais e atitudinais).
OBJETIVO DO TRABALHO:
Analisar as concepções dos professores sobre as contribuições dos mapas conceituais para o planejamento de aulas.
MÉTODOS:
O presente trabalho de pesquisa caracteriza-se como sendo de abordagem qualitativa. Na pesquisa qualitativa, a interação entre o pesquisador e os sujeitos pesquisados é essencial. O referido trabalho foi desenvolvido em uma escola pública estadual localizada no município de Paudalho-PE.Trata-se de uma escola que atende a uma população de comunidade Rural e dispõe de turmas de ensino fundamental e médio. Os sujeitos participantes da pesquisa foram professores de diversas áreas do conhecimento, nomeados de P1, P2, P3, P4 e P5. Recorremos à observação e ao uso de entrevistas semi estruturada como instrumentos de pesquisa. Este foi escolhido por fornecer subsídios reais do universo ou amostra pesquisada. A entrevista foi constituída de cinco questões, as respostas foram gravadas e transcritas logo em seguida. Para análise de dados, recorremos à análise de conteúdo, pois esta é um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitem a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Todos os professores entrevistados afirmaram conhecer os mapas conceituais, entretanto a maioria associou os mapas conceituais a esquemas construídos a partir de um determinado assunto. P4 e P3 apontam que os mapas servem para organizar conteúdos, conceitos, tal concepção vai de encontro a Moreira (1997), o referido autor aponta que os mapas conceituais possibilitam a organização e análise do conteúdo, sendo traçados para uma aula, para uma unidade, ou para todo o curso. Com relação a utilização dos mapas conceituais na sala de aula, apenas P2 afirmou utilizar com freqüência os mapas conceituais para explicar os conteúdos. P5 confessa utilizar os mapas conceituais só quando o conteúdo é extenso. Apenas P5 afirmou realizar planejamento com mapas conceituais. Sobre as contribuições dos mapas para o planejamento de aulas, os entrevistados afirmaram que o mesmo funciona como estratégia de ensino e aprendizagem, ferramenta de estudo para os alunos, facilita a organização dos conteúdos e mostra as relações entre conceitos.
CONCLUSÕES:
Frente ao exposto, concluímos que o planejamento com mapas é algo pouco praticado pelos professores, apesar deles conhecerem os mapas ou utilizá-los, realizam esse processo sem uma fundamentação teórica. As contribuições dos mapas conceituais para os planos de aula, as quais estão pautadas no fato dos mapas apresentarem uma forma de organização dos conteúdos conceituais, o que possibilita a compreensão dos conceitos de forma sistêmica e contextualizada, fundamental para o ensino e para promover a aprendizagem significativa. Dessa forma, acreditamos que a construção de mapas conceituais e a utilização deles na elaboração de planos de aula surgem como uma ferramenta que pode auxiliar professores na efetivação de um processo educativo que possibilite a eles próprios e aos alunos a compreender e agir no mundo frente aos novos paradigmas educacionais contemporâneos, que visam um ensino mais integrado, contextual.
Palavras-chave: Ensino, Aprendizagem, Planejamento.