65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 2. Biologia Geral - 1. Biologia da Conservação
ESTUDOS DOS ASPECTOS SOCIOECÔNOMICOS DE UMA COMUNIDADE PESQUEIRA DO MUNICÍPIO DA RAPOSA, MA.
Anderson Bispo Martins Mineiro - Centro de Ciências da Saúde, UNICEUMA
Fabio Pereira da Conceição - Centro de Ciências da Saúde, UNICEUMA
Leonardo Victor Soares Pinheiro - Centro de Ciências da Saúde, UNICEUMA
Thayane Diniz Pereira - Centro de Ciências da Saúde, UNICEUMA
Leila Cristina Almeida de Sousa - Profa. Msc./Orientadora - Centro de Ciências da Saúde - UNICEUMA
INTRODUÇÃO:
Os conhecimentos a respeito das comunidades de pesca devem ser valorizados como fontes de informações para pesquisas relacionadas à conservação das espécies. E nesse sentido os pescadores artesanais têm fornecido muitas informações tanto práticas quanto teóricas, baseados em conhecimentos empíricos da ecologia dos ecossistemas aquáticos, conhecimentos esses que são repassados através das gerações nas comunidades pesqueiras.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Obter informações sobre os aspectos socioeconômicos e retratar a importância da atividade da pesca artesanal em uma comunidade pesqueira situada no município da Raposa, MA. E tais conhecimentos servirão de base para a formulação de novas medidas de manejo e conservação das espécies e formulação de propostas que garantam melhorias nas condições de trabalho dos profissionais da pesca artesanal.
MÉTODOS:
Este trabalho foi formulado a partir da aplicação de 100 questionários, onde 77% dos entrevistados são do sexo masculino e 23% do sexo feminino, com uma média de idade de 42,17 anos que residem na comunidade chamada Mangue Seco, que se situa no município da Raposa, MA durante os três primeiros meses do ano de 2013.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foi relatado que 75% dos entrevistados praticavam a pesca, sendo que destes apenas 42% pescavam profissionalmente, também se pode observar que atividade pesqueira profissional é realizada predominantemente por homens (38%), enquanto atividade feminina que mais se destaca é a de domesticas com 10%. E no quesito escolaridade foi identificado um baixo percentual, pois a grande maioria (47%), não terminou o ensino fundamental, e 78% dos entrevistados possuíam mais de seis membros em seu grupo familiar e 63% dos pescadores profissionais são os únicos a exercer a atividade da pesca em suas famílias, porém 52% não têm a pesca como sua única fonte de renda que para 83% dos entrevistados é de até dois salários mínimos.
CONCLUSÕES:
E a partir do que já foi exposto pode-se concluir que apesar da comunidade do Mangue seco ser conhecida como uma comunidade tradicional de pescadores, essa concepção não condiz fielmente com a realidade estudada, embora seja evidente a necessidade da elaboração de mais estudos não só da comunidade alvo este trabalho, mas sim das diversas comunidades que compõem o litoral maranhense que é rico e muito produtivo nos mais diversos setores econômicos, mas pouco produtivo cientificamente no que diz respeito à produção de conhecimento sobre outros aspectos etnoecológicos que envolvem o cotidiano dos pescadores e das pessoas que vivem e dependem da atividade exercida nas comunidades pesqueiras.
Palavras-chave: Economia, Pesca Artesanal, Maranhão.