65ª Reunião Anual da SBPC

D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem

EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS PARA O ENFRENTAMENTO DO ESTRESSE: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Rosalia Daniela Medeiros da Silva - Mestranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem-UFPE Talita Helena Monteiro de Moura - Mestranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem-UFPE Thassia Thame de Moura Silva - Mestranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem-UFPE Tatiane Lins da Silva - Mestranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem-UFPE Danielli Gavião Mallmann - Mestranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem-UFPE Nelson Miguel Galindo Neto - Mestrando do Programa de Pós Graduação em Enfermagem-UFPE

INTRODUÇÃO:

O estresse objetiva adaptar o organismo a uma condição externa ou interna que, de alguma forma, esteja alterando a percepção de bem-estar vivenciada pelo sujeito. É considerado uma resposta não específica do organismo diante de uma situação ameaçadora do desequilíbrio biopsicossocial. O estresse em algum nível é sempre necessário porém pode-se tornar prejudicial ao organismo quando ultrapassa a capacidade de adaptação do sujeito. Assim, para alcançar o bom desempenho de suas atividades, o indivíduo precisa estar mobilizado para responder às demandas internas e externas que surgem em seu cotidiano, num nível de estresse compatível com suas possibilidades. Por trazer grande impacto na qualidade de vida das pessoas consiste num tema pertinente para ser abordado com educação em saúde na perspectiva de promoção à saúde, principalmente no grupo de mulheres, pois estas devido aos inúmeros papéis sociais (mãe, cônjugue, profissional, dentre outros.) que desempenham estão muito suscetíveis a fatores estressantes. A educação em saúde é uma prática social e por isso, deve ser centrada na problematização do cotidiano, na valorização da experiência das pessoas e grupos sociais e na leitura das diferentes realidades logo, busca investir no diálogo entre os sujeitos tendo como norte a educação humanizadora.

OBJETIVO DO TRABALHO:

relatar a experiência de uma intervenção educativa com o uso de metodologias ativas sobre o tema estresse realizada com um grupo de mulheres em uma instituição religiosa.

MÉTODOS:

trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência realizado em março de 2013 com um grupo composto por 15 mulheres de faixa etária entre 23 e 55 anos em uma instituição religiosa na cidade de Recife.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

a ação educativa teve início com uma roda de conversas aonde as integrantes do grupo foram estimuladas a exporem sua opinião em relação às situações do cotidiano que lhe causam estresse. A partir desta discussão o tema estresse foi explorado com a utilização de metodologias ativas sob os seguintes aspectos: tipos de estresse, fatores que podem levar ao estresse, sintomas e os efeitos do estresse sob o organismo. No decorrer da ação educativa o educador (facilitador) identificou aspectos do conteúdo previamente elaborado e que necessitavam ser suprimidos, bem como a agregação de outros conteúdos relacionados ao tema que foram surgindo a partir da participação ativa do grupo. Foi realizado um teste de estresse auto-aplicável onde cada integrante do grupo identificou de acordo com os itens como ela se sentia naquele momento para identificar o seu nível de estresse. Por fim foi desenvolvido junto com o grupo técnicas de relaxamento e discutido meios para minimizar o estresse , como também para prevenir. O grupo de mulheres teve participação ativa durante toda a ação educativa.Três dias após a realização da ação educativa seis mulheres expressaram o impacto positivo que essa ação teve em relação ao nível de estresse que as mesmas se encontravam, uma decidiu procurar ajuda de especialista e as outras relataram está colocando em prática o que foi abordado em relação ao estresse e afirmaram estarem menos estressadas.

CONCLUSÕES:

o uso de metodologias ativas pôde abranger a percepção dessas mulheres sobre o tema e estimular a mudança na vida delas na perspectiva de enfrentar o estresse que, por sua vez, estava trazendo malefícios a sua saúde e esse entendimento foi muito benéfico para promover alterações satisfatórias em seu cotidiano. Uma intervenção educativa realizada a partir da contextualização do cotidiano com enfoque nas necessidades do indivíduo e com o uso de metodologias ativas rompe com a passividade do sujeito no processo de educação em saúde e permite alcançar resultados positivos afirmando o processo educativo como uma ação transformadora.

Palavras-chave: educação em saúde, saúde mental, saúde da mulher.