65ª Reunião Anual da SBPC

F. Ciências Sociais Aplicadas - 3. Economia - 5. Economia Internacional

COMÉRCIO INTERNACIONAL E A COMPETITIVIDADE DA UVA DE MESA PERNAMBUCANA

Patrick Leite Santos - Graduando em Economia - Universidade Regional do Cariri - URCA Antonio Wisney Pedrosa Cavalcante - Graduando em Economia - Universidade Regional do Cariri - URCA Maria Aline Pereira de Brito - Graduando em Economia - Universidade Regional do Cariri - URCA Luís Abel da Silva Filho - Prof./Pesquisador - Depto. de Economia - Universidade Regional do Cariri - URCA

INTRODUÇÃO:

As relações internacionais entre países se intensificaram acentuadamente, diante do processo de globalização econômica mundial. O comércio internacional entre países promoveu o crescimento econômico de vários setores de atividade econômica, sendo a troca responsável pela dinamização da economia de países periféricos ao longo dos anos e permitindo maior processo de integração entre nações, via comercialização internacional de produtos e serviços. As commodities agrícolas brasileiras ganharam destaque no comércio internacional com forte participação de produtos de origem animal e vegetal na balança comercial brasileira, alavancada pela melhor performance internacional ainda em meados da primeira década do século XXI . A produção de uva de mesa no estado de Pernambuco não ficou incólume aos avanços das relações comerciais brasileiras de produtos agrícolas e tem ocupado relevante destaque na pauta de exportação do estado, contribuindo acentuadamente no desempenho da balança comercial. Diante disso, o trabalho aborda a inserção da uva de mesa pernambucana no mercado internacional.

OBJETIVO DO TRABALHO:

Analisar a vantagem relativa e a competitividade revelada da uva de mesa pernambucana no cenário internacional.

MÉTODOS:

Este trabalho utiliza-se de uma abordagem teórico-metodológica acerca do comércio internacional, pautada em pressupostos explorados na literatura econômica acerca das relações comerciais entre países e seus impactos ao longo dos anos. Inicialmente, detém-se a uma revisão de literatura e, posteriormente, são construídos indicadores de competitividade revelada e vantagens relativas na comercialização. A delimitação geográfica do estudo centra-se no estado de Pernambuco e o recorte temporal contempla os anos de 1997 a 2012. Quanto ao produto observado, escolheu-se a uva de mesa, já que o estado supracitado é o maior exportador nacional. Inicialmente, fez-se uma breve discussão acerca da balança comercial do estado e do produto observado, e, em seguida, faz-se a construção dos indicadores citados, com o fito de observar a capacidade de inserção internacional do estado na comercialização de uvas de mesa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

A comercialização de uva de mesa do estado de Pernambuco ganhou destaque no cenário internacional ao longo dos anos. Desde 1997 que o estado vem ganhando participação relativa na comercialização desse produto no mercado internacional. Recentemente, aproximadamente 70,0% das exportações brasileiras de uvas de mesa são provenientes do referido estado, sendo elas direcionadas, em sua grande maioria, para os Estados Unidos da América. De acordo com os resultados observados, o estado de Pernambuco apresentou vantagens relativas nas exportações de uvas em todos os anos analisados, sendo crescente seu índice em todos eles. O índice sai de 4,7 em 1997 e atinge 6,0 em 2011. Porém, em relação à competitividade revelada, o desempenho observado é mais modesto, haja vista que foi constatado neutralidade em quatro anos, ao longo da série, com fortes oscilações do valor do índice no período. Todavia, seu maior resultado foi registrado no ano de 2003 (7,0), sendo ele crescente a partir de 2008, em todos os anos.

CONCLUSÕES:

O comércio internacional de produtos e serviços tem aprofundado as relações entre países ao longo dos anos. A comercialização de commodities brasileiras é sobremaneira acentuada. Conforme os principais resultados observados nessa pesquisa, o estado de Pernambuco cresceu sua participação relativa na comercialização de uva de mesa ao longo dos anos, dado, sobretudo, pela produção em escala registrada no vale do São Francisco. Tanto o índice de vantagens relativas nas exportações quanto o de competitividade revelada mostraram desempenho favorável, sobretudo a partir dos últimos anos da primeira década do século XXI. A aproximação dos principais mercados consumidores – Estados Unidos da América e União Europeia – é determinante na elevação da participação pernambucana no comércio internacional de uva de mesa. Com isso, observa-se ainda a tendência favorável para a comercialização do produto no mercado internacional.

Palavras-chave: Comércio Internacional, Exportações de Uva, Pernambuco.