65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
Explorando culturas e conhecendo costumes através leitura prazerosa.
Silvana Tereza de Lira Bezerra - Prefeitura do Recife - SEEL - Escola Municipal Mundo Esperança
Maria Luciana Vieira da Silva - Prefeitura do Recife - SEEL - UTEC Sítio Trindade
INTRODUÇÃO:
O incentivo à leitura precisa ser despertado e alimentado em todos os anos de escolarização, não sendo uma etapa exclusiva da fase de alfabetização. A turma que hoje está no 5º ano foi acompanhada desde o 3º tendo sido rotina de sala a leitura diária de textos da literatura infantil com abordem de temas relevantes como a exemplo do livro Quem me dera, Colibri! de autoria de Carlos Segato. Entre outros assuntos, o livro em questão traz o rito de passagem do menino para fase adulta. Com isso foi possível estabelecer, após a leitura, um elenco de ideias relacionadas com outras culturas, conhecendo como se dava esse processo e fazendo comparações inclusive com a nossa cultura.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Despertar o interesse do estudante pela contação de histórias e por jogos teatrais, utilização e produção de recursos audiovisuais para socialização, contato com o autor do livro, uso dos recursos tecnológicos e das redes sociais.
MÉTODOS:
Já faz parte da rotina de sala de aula trabalhar com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), além do estudo da cultura afro-brasileira e indígena contemplados nas leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08. A escolha do livro Quem me dera, Colibri! não poderia ser mais providencial, pois proporcionou que os estudantes refletissem sobre a passagem para a vida adulta, visto que eles se encontram na pré-adolescência. Depois da leitura do livro, os estudantes desenharam as aventuras do personagem. A seguir foi feita a contação para os colegas e a reescrita da história. Utilizando as redes sociais e contatado o autor do livro pelo facebook, agendamos uma entrevista que foi realizada na sala de aula com o apoio do projetor multimídia do E-proinfo, netbook e modem, todos os estudantes se apresentaram online ao escritor e um representante por grupo fizeram perguntas sobre o livro e sobre sua vida como escritor. Esses grupos, produziram também as aventuras do personagem utilizando massa de modelar, dobraduras e colagens, para criar animações.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foi gratificante o trabalho dessa temática na sala de aula, uma vez que a maioria dos estudantes está no início da adolescência, necessitando de orientação, com isso puderam refletir sobre comportamentos que fazem com que o jovem seja considerado adulto em várias culturas. Apesar das condições adversas, conseguimos explorar os recursos tecnológicos existentes na escola, fazendo-se uso também de uma ferramenta das redes sociais, comumente usada apenas para diversão, mas agora, com um olhar pedagógico, encurtando distâncias e trazendo o autor para perto de seus leitores, o que proporcionou novas experiencias de aprendizagem aos estudantes.
CONCLUSÕES:
A partir da história do livro o grupo de estudantes conheceu vários rituais em que adolescentes são iniciados na fase adulta, tanto nas culturas indígenas quanto afro e judaica, o que levou a uma visão crítica e comparativa em relação a nossa sociedade na qual acontece um movimento paradoxal, pois, dito pelos próprios estudantes envolvidos no trabalho, aqui no Brasil, ao completar 16 anos o jovem já pode votar para escolher seus representantes políticos, no entanto, continua a ser regido pelo ECA e não responde legalmente por seus atos até completar 18 anos. Nossa cultura valoriza muito os direitos e esquece de cobrar os deveres
Palavras-chave: Ética, Cultura, Direitos Humanos.