65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
ÁREA CULTIVDADA, PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE DA MANDIOCA AOS NÍVEIS NACIONAL, REGIONAL E NO ESTADO DO MARANHÃO
Ronaldo Silva Gomes - Lab. BRGV e Melhoramento Vegetal, Agronomia CCAA/UFMA, Bolsista BIC/FAPEMA
Gleyca Andrade dos Santos - Graduandos em Agronomia CCAA/UFMA, Lab. BRGV e Melhoramento Vegetal
Nádylla Danuse de Almeida - Graduandos em Agronomia CCAA/UFMA, Lab. BRGV e Melhoramento Vegetal
Lindomar Siqueira da Silva - Engº. Agrº. CCAA/UFMA, Lab. BRGV e Melhoramento Vegetal
Thalyson Vasconcelos Lima - Graduandos em Agronomia CCAA/UFMA, Lab. BRGV e Melhoramento Vegetal
Maria da Cruz Chaves Lima Moura - Profª.Drª./Orientadora - Lab. BRGV e Melhoramento Vegetal
INTRODUÇÃO:
A mandioca (Manihot esculenta Crantz), tem seu centro de origem na América Latina. Sua cultura tem apresentado aumento de área plantada e quantidade produzida em praticamente todos os Países produtores (EPAGRE, 2009). Com produção superior a 170 milhões de toneladas ao nível mundial a cultura da mandioca constitui-se uma das principais explorações agrícolas do Mundo e fonte de carboidratos para mais de 700 milhões de pessoas. No Brasil, terceiro maior produtor de mandioca do Mundo e o maior de seu continente a cultura assume elevada importância socioeconômica e alimentar, na geração de renda, emprego e como reserva alimentar (CARDOSO & CAVALCANTE, 2005). O País cultivou em 2010 uma área de 1.812.183 ha com mandioca, a cultura apresentou nos últimos vinte anos, pequeno aumento em produtividade, embora tenha apresentado decréscimo na produção e área cultivada. Apesar da reconhecida importância socioeconômica da mandioca, sua cultura apresenta ainda baixos índices de produtividade e oscilação de produção e na área cultivada, tais indicadores requerem o conhecimento da causa e dinâmica desses fatores como ferramenta que possibilite o amparo da cultura pela pesquisa e política públicas o que efetivamente pode proporcionar à cultura maior expressividade.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar os índices de área cultivada, produção e produtividade da cultura da mandioca no período de 1990 a 2010 aos níveis nacional, regional e no estado do Maranhão.
MÉTODOS:
Para o desenvolvimento deste trabalho, foram realizados levantamentos de dados e informações junto ao IBGE/SIDRA envolvendo a produção, área cultivada e produtividade da mandioca, aos níveis nacional, regional e no estado do Maranhão, no período de 1990 a 2010, os quais foram analisados e compilados em ambiente computacional.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Nas duas décadas houve no País e Nordeste queda na área cultivada em 1,6 e 3 milhões ha respectivamente, no entanto o Nordeste no ano de 2010 contribuiu com 45 % da área nacional plantada. No Maranhão, ocorreu aumento da área cultivada em 64.000 hectares no início da primeira década e declínio de 18% nas duas décadas. A área cultivada decaiu ao nível nacional e regional em função do aumento nos custos de produção da cultura. Em 2006, houve diminuição na produção de mandioca ao nível nacional e regional em decorrência da alta produção e oferta dos produtos da mandioca no ano anterior, que pressionou a queda de preços e desestimulou os produtores. A produção no Estado apresentou nas duas décadas decréscimo de 0,013%. Oliveira e Lima (2006) relacionam as oscilações nos preços dos produtos da cultura e o êxodo rural como causas do declínio de produção. A produtividade aumentou ao nível nacional nos últimos vinte anos, porém, decaiu a regional (7,5%) e estadual (6,6%). Nas duas décadas o rendimento médio da cultura no Estado foi de 7.4 kg.ha¹, inferir a nacional (13, 190 kg.ha¹) e regional (10,246 kg.ha¹), o baixo rendimento se deve ao incipiente nível tecnológico empregado na cultura. Na série histórica, o município de Bacabal apresentou a maior produtividade do Estado (10,7 ton.ha¹).
CONCLUSÕES:
O aumento nos custos de produção na cultura da mandioca fez decair sua área cultivada em todo o País nas duas décadas estudadas. A mandiocultura do Nordeste representa significativa parcela da área cultivada no País e assume elevada importância socioeconômica e alimentar na região. O Maranhão apresentou nas duas décadas decréscimo de 0,013% na produção, pela insegurança do setor produtivo ante a grande oscilação de preços dos produtos da cultura, aliado ao êxodo rural de inúmeras famílias principais responsáveis pela produção no Estado. A elevada produção da cultura em anos anteriores ocasionou em anos seguintes redução na produção da cultura em consequência dos baixos preços de seus produtos o que desestimulou a produção. No Maranhão o baixo nível tecnológico empregado proporcionou produtividade inferior a nacional e regional, demostrando carência de políticas publica e maior amparo da pesquisa à cultura no Estado.
Palavras-chave: Manihot esculenta Crantz, Aspectos produtivos, Economia.