65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 5. Farmacognosia
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE POLISSACARÍDEOS TOTAIS EM FOLHAS DE Thuja occidentalis Linn.
Williana Tôrres Vilela - Depto. de Ciências Farmacêuticas - UFPE
Caio César de Andrade Rodrigues Silva - Depto. de Ciências Farmacêuticas - UFPE
Camila Bezerra Melo Figueirêdo - MSc. - Depto. de Ciências Farmacêuticas - UFPE
Graziella Silvestre Marques - MSc. - Depto. de Ciências Farmacêuticas - UFPE
Pedro José Rolim Neto - Profº., Dr./orientador – Depto. de Ciências Farmacêuticas – UFPE
Rosali Maria Ferreira da Silva - Profª., Dra. – Depto. de Ciências Farmacêuticas – UFPE
INTRODUÇÃO:
Thuja occidentalis L., planta medicinal popularmente conhecida como cedro branco e árvore da vida (TSIRI et al., 2009), pertence à família Cupressaceae e faz parte de um grande número de espécies utilizadas na medicina tradicional. Seu uso, em particular, é devido a sua atividade hepatoprotetora (DUBEY; BATRA, 2008a), antiulcerativa (DUBAY; BATRA, 2009a), antioxidante (DUBEY; BATRA, 2009b), antifúngica (DINIZ et al., 2005) ) e antitumoral (CORRÊA, 2006), além de atuar no tratamento de condilomas (FETROW; AVILA, 2000), catarro bronquial, enurese, cistite e psoríase (DUBEY; BATRA, 2009b). Apesar das várias atividades relacionadas, destaca-se, no entanto, sua atividade antiviral e imunoestimulante (NASER et al., 2005a), sendo esta última atribuída aos polissacarídeos (SUNILA et al., 2011; CHAVES et al., 2006). Verifica-se então a necessidade de adequar um método para doseamento destes compostos na espécie, sobretudo diante da ausência desta especificação na literatura científica.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar o teor de polissacarídeos totais presente nas folhas de Thuja occidentalis L.
MÉTODOS:
Amostras foram obtidas conforme Tang et al. (2011), com modificação do parâmetro das alíquotas do extrato aquoso e do ácido tricloroacético 10% (v/v), utilizando 2,0 mL e adicionando 0,24 mL, respectivamente. Utilizou-se o método de antrona, conforme descrito por Yemm, Willis, 1954; Tang et al., 2011. Foram utilizadas as amostras de padrão de glicose e água destilada para obtenção da curva padrão e para o branco, respectivamente. Uma alíquota de 5,0 mL do reagente de antrona foi adicionado às amostras nos tubos de ensaio contendo 1,0 mL de extrato aquoso (obtido na proporção de droga:solvente de 1:24), nos tubos contendo amostras de padrão de glicose (Sigma®) e nos tubos contendo água destilada. No doseamento de polissacarídeos, empregou-se a espectrofotometria no UV (UV/Vis-mini 1240 Shimadzu®), sendo a absorvância das amostras determinada no comprimento de onda de 620 nm. Análises realizadas em quadruplicata.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O método colorimétrico mais empregado para determinação de polissacarídeos é o método de antrona que se baseia na ação hidrolítica e desidratante do ácido sulfúrico concentrado sobre os polissacarídeos. Os açúcares simples desidratados para furfural ou hidroximetilfurfural se condensam com a antrona (9,10-dihidro-9-oxoantraceno) dando um produto de coloração azul petróleo (Silva et al., 2003), assim, podem ser analisados por espectrofotometria. Relatos demonstram que a reação da antrona, com quantidades equivalentes de glicose, amido e glicogênio desenvolvem absorvâncias semelhantes (SCOTT & MELVIN 1953; ROE & DAILEY, 1966), sendo assim, a glicose pode ser utilizada para determinar o teor de polissacarídeos, portanto, quando empregada a equação da curva de calibração de glicose (y = 0,0112x + 0,0273), cujo coeficiente de correlação foi de 0,9935, o teor de polissacarídeos totais foi obtido (233,2 ± 2,0 µg/g).
CONCLUSÕES:
Através do estudo realizado, foi possível estabelecer então um parâmetro para o teor de polissacarídeos em folhas de T. occidentalis, sendo este parâmetro de extrema relevância para o controle de qualidade da droga vegetal, uma vez que está relacionado à atividade antiviral e imunoestimulante da espécie.
Palavras-chave: Cupressaceae, Atividade imunoestimulante, Método de antrona.