65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 6. Zoologia
OCORRÊNCIA DE PARAPANOCHTHUS JAGUARIBENSIS (XENARTHRA: GLYPTODONTIDAE) NO ACERVO DE PALEONTOLOGIA DO MUSEU DE GEOCIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS, UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS/ANÁPOLIS-GO.
Jourdan Calil de Amorim Costa - Universidade Estadual de Goiás
Pedro Oliveira Paulo - Prof. Msc./Orientador - Universidade Estadual de Goiás
INTRODUÇÃO:
Constituindo o mais original grupo mamaliano da fauna da América do Sul, onde são amplamente representados no registro fóssil, os Xenarthra são atualmente representados por apenas 31 espécies distribuídas em 21 espécies de tatus, 6 espécies de preguiças arborícolas e 4 espécies de tamanduás.O nome do grupo decorre do fato de apresentarem articulações extras acessórias nas vértebras dorso-lombares, denominadas xenartroses, característica esta que implica o monofiletismo do grupo. As formas fósseis e viventes podem ser categorizadas em três importantes grupos, denominados Pilosa e Cingulata. Dentre os pilosa fósseis, merecem destaque as Preguiças Terrícolas do grupo dos Megatherioidea, de grande porte corporal, alcançando massas aproximadas de 6 toneladas. Os cingulata podem ser tradicionalmente divididos em tatus, incluindo formas fósseis como os pampatérios e os extintos gliptodontes. Estes animais apresentam-se recobertos por carapaça óssea, com bandas móveis, nos tatus modernos ou com bandas ou placas dérmicas fixas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este trabalho visa utilizar-se de referências disponíveis, detalhamento da anatomia de esqueleto apendicular, comparações com outros exemplares de diferentes instituições e descrição pormenorizada do tubo caudal, de modo a obter informações que possam se úteis no reconhecimento da distribuição destes organismos raros nos acervos brasileiros.
MÉTODOS:
O Projeto de Catalogação do Acervo Geológico e Paleontológico e Implementação de Coleção Didática de Geologia e Paleontologia, realizado na Universidade Estadual de Goiás (UEG), Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas (UnUCET), permitiu, entre outras informações, o reconhecimento de um tubo caudal de gliptodonte, que apresenta as características típicas do grupo, especialmente da espécie Parapanochthus jaguaribensis. A peça correspondente ao Tubo caudal apresenta-se apenas parcialmente preservada, compreendendo a porção proximal de tubo aparentemente de pequeno comprimento. Esta peça achata-se distalmente, sendo que sua parte mais proximal apresenta um formato cilíndrico a subcilíndrico.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A disposição e característica das figuras laterais e ventrais do respectivo tubo parecem indicar que se trata de gênero Parapanochthus, exemplar bastante raro. Embora análises mais pormenorizadas, acompanhadas de comparações com exemplares de outras coleções e consultas à literatura sejam ainda necessárias para a completa identificação do exemplar, até presente momento os dados parecem apontar para a ocorrência de Parapanochthus jaguaribensis no acervo de Paleontologia da UEG, UnUCET, Anápolis. Infelizmente, dados mais acurados sobre a localidade onde a referida peça foi coletada ou mesmo o ano em que se deu a coleta não estejam disponíveis.
CONCLUSÕES:
Esta contribuição visa primordialmente confirmar a presença destas duas espécies em Goiás com base em novas informações diagnósticas, dirimindo possíveis dúvidas, fornecendo informações adicionais sobre os materiais depositados como parte do acervo do respectivo Museu.
Palavras-chave: UEG, Glyptodontoidea, Parapanochthus jaguaribensis.