65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física
DESCOBRINDO A FÍSICA COM EXPERIMENTOS DE MATERIAIS ALTERNATIVOS E REAPROVEITÁVEIS.
Eliane Araujo de Souza - Licenciatura Plena em Ciências Naturais com Habilitação em Física- UEPA
Regiram Reis de Jesus - Licenciatura Plena em Ciências Naturais com Habilitação em Física- UEPA
Igor Sanches de Araújo - Licenciatura Plena em Ciências Naturais com Habilitação em Física- UEPA
José Renan Gaia Galhardo - Licenciatura Plena em Ciências Naturais com Habilitação em Física- UEPA
Sinaida Maria Vasconcelos de Castro - Profa. Dra./Colaboradora – Depto de Ciêncais Naturais – CCSE – UEPA
Manoel Reinaldo Elias Filho - Prof. Me./Orientador – Depto de Ciências Naturais –CCSE – UEPA
INTRODUÇÃO:
O projeto Descobrindo a física com experimentos de materiais alternativos e reaproveitáveis no Centro de Ciências e Planetário do Pará envolveu a aplicação de experimentos da disciplina de Física, em turmas do Ensino Médio da rede pública. Este trabalho apresenta o desenvolvimento e os resultados dos experimentos relacionados ao conteúdo ensinado no ensino médio referentes a disciplina citada. As demonstrações experimentais foram aplicadas aos alunos do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio, em três escolas de Belém- PA. A situação das turmas com relação ao assunto e a avaliação da apresentação foram realizadas a partir de dois questionários, um aplicado no início da apresentação e o outro no final. Nessa perspectiva, as oficinas realizadas com experimentos de materiais alternativos no Centro de Ciências no âmbito do Pibid apresenta como um dos seus objetivos, a aplicação de atividades experimentais de Física. Pois no ensino desta ciência, a experimentação é uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação. Segundo Izquierdo e Cols (1999), a experimentação na escola pode ter diversas funções como a de ilustrar um princípio, desenvolver atividades práticas, testar hipóteses, e como investigação.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Despertar o interesse dos alunos na área da Física; Produzindo materiais didáticos e atividades educativas que possam ser utilizadas nos espaços formais de ensino.
MÉTODOS:
As oficinas experimentais foram realizadas duas vezes por semana durante um mês, no qual as atividades experimentais foram efetuadas seguindo um modelo que foi proposto pelos autores da oficina, mas no decorrer das atividades houve mudanças na forma da construção dos experimentos, pois os alunos começaram a interagir, despertando os seus conhecimentos prévios sobre os assuntos abordados. A partir de provocações feitas pelos monitores, os participantes começaram a questionar, refletir e contrapor os conteúdos, tornando-se construtores do conhecimento, deixando de ser meros ouvintes. Esta pesquisa apresenta um caráter qualitativo, onde se buscou entender todos os aspectos envolvidos, no entanto também apresenta características quantitativas. Os dados foram coletados por meio de questionários estruturados, apesar de este tipo de pesquisa deixar algumas questões em aberto, foi a forma mais conveniente encontrada pelos autores na circunstância da mesma. Teve-se o cuidado de selecionar colégios onde não ocorre com certa frequência aulas experimentais de física, para que os alunos pudessem responder com fundamentos as questões sobre o que achavam da experimentação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os alunos orientados contribuíram bastante para a pesquisa, pois a maioria respondeu o questionário de forma bastante clara e explicativa, não dando simplesmente respostas diretas, ao passo que evidenciaram as suas opiniões a respeito da experimentação. Mediante o questionário inicial, observamos que 60% dos alunos apresentavam grande dificuldade na parte matemática e costumavam memorizar as fórmulas físicas, o que prejudica a construção do conhecimento físico. Já 20% dos alunos apresentavam dificuldade em discernir os conceitos científicos, onde 6,66% não conseguiam identificar nem imaginar os fenômenos, e 13,34% não sentiam nenhuma dificuldade. Decorrente da avaliação do questionário final, podemos observar que 93,34% dos alunos gostaram das aulas experimentas e acharam uma ótima maneira de aprender, de ver os conceitos físicos de uma maneira fácil e interativa e 6,66% não conseguiram assimilar o conceito de um assunto apresentado. Ou seja, essa pesquisa quantitativa relatou que a atividade experimental é de extrema importância, no qual há o aumento da compreensão e ocorre a melhora de aprendizagens significativas. Ressaltando também que conseguimos mostrar que é possível fazer experimentação com materiais de baixo custo, que estão presentes do cotidiano dos mesmos.
CONCLUSÕES:
A oficina ministrada, segundo a análise dos questionários, foi muito bem aproveitada pelos alunos graças à boa disposição e ao esforço de cada um em executar com responsabilidade suas funções de estudantes. Esta experiência acadêmica foi ímpar, pois os mesmos tiveram a oportunidade de vivenciar o ensino de física de maneira diferente. De igual para igual, onde puderam indagar e discutir com os orientadores a cerca dos experimentos, ou seja, passo a passo desenvolver o pensamento crítico e científico a partir do conhecimento que eles tinham de mundo, assim conseguimos construir uma base sólida e gradual do conhecimento.
O objetivo deste projeto foi satisfatoriamente alcançado já que os estudantes conseguiram superar seus obstáculos por meio da prática. Com isto, evidencia-se que sair do ensino abstrato da física e fazer com que o aluno se encontre na dinâmica existente em cada assunto é a melhor alternativa para que o mesmo perceba, identifique e faça a distinção dos conceitos físicos propostos na natureza. Tendo, deste modo as competências e habilidades dos assuntos de física.
Palavras-chave: Baixo custo, Lúdica, Conhecimento.