65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
MONITORAMENTO QUÍMICO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DO PARQUE ESTADUAL DA PEDRA BRANCA NO MUNICÍPIO RIO DE JANEIRO, RJ
José Augusto Albuquerque dos Santos - Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental-LAPSA / IOC / FIOCRUZ
Breno Assunção Brito - Colégio Pedro II - São Cristóvão /Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
INTRODUÇÃO:
A água é um dos elementos indispensáveis à vida, sendo uma das principais substâncias ingeridas pelo ser humano (Okuda; Siqueira, 2005; Neto et al. 2006). A água doce corresponde a 1% de toda a água do planeta e, em seu estado natural, representa um dos componentes mais puros, porém esta característica vem se alterando e hoje ela é um importante veículo de transmissão de inúmeras doenças (Reis; Hoffmann, 2006). O monitoramento químico de mananciais como lagos, lagoas, rios e riachos, são fatores de grande importância em áreas de preservação ambiental. O tema é relevante, considerando as alterações químicas que podem ser provocadas ao meio ambiente pelo despejo de substâncias, que podem levar a desequilíbrios ambientais. Uma das formas para realizar uma avaliação em mananciais é o monitoramento químico.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo foi monitorar e avaliar a qualidade físico-química das águas do Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB) na sede do Camorim.
MÉTODOS:
Foram realizadas coletas semanais das águas, nos tanques de decantação, em 14 pontos de coleta, no período de setembro de 2011 a dez de 2012. Foram totalizadas 644 amostras no total. As coletas foram realizadas na parte da tarde, utilizando-se frascos apropriados e as amostras coletadas foi mantida sob-refrigeração para o transporte até o laboratório para serem analisadas. No local, registraram-se as temperaturas do ambiente e da água. No laboratório foram realizadas análises, segundo o Manual Prático de Análise de Água (FUNASA, 2006) das amostras coletadas para os parâmetros: dureza (método do EDTA), alcalinidade (método titulométrico com indicadores), cloretos (método de MOHR), nitrogênio amônia (método de Nessler), nitrogênio nitrito (método de diozotação), pH (método potenciométrico), sólidos totais dissolvidos, salinidade e condutividade (método eletrométrico).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados obtidos durante o período de set de 2011 a dez de 2012 foram: o maior valor para dureza total foi no mês de set/11 com 28,15 mg/L CaCO3 ± 5,13. Cloretos foi maior em dez/12, com 54,33 mg/L Cl¯ ± 21,74 no pontos 4. Para o pH, o maior valor foi mês de set/11, com 6,77 ± 0.09. A maior condutividade obtida foi no mês de out/12, com 77,95 µS/cm ± 15,04. A maior alcalinidade encontrada foi no mês de ago/12, com 23,92 mg/L CaCO3 ± 0. Para STD obtivemos o maior resultado no mês de out/11, com 39,6 mg/L ± 18,76. O maior valor para N-amônia foi no mês de fev/12 com 0,36 mg/L. O valor da concentração de nitrito foi maior no mês de set/11, com 0,08 mg/L ± 0,147. Os resultados das análises químicas foram interpretados segundo os padrões de qualidade estabelecidos para águas de Classe 1, na Resolução CONAMA N0 357, de 17 de março de 2005. Com os dados obtidos, realizamos a análise de variância ANOVA com pós teste. No período de set a dez de 2011, os parâmetros de dureza apresentaram valor de p = 0,0001; pH, valor p = 0,1658; condutividade com p = 0,0690; cloretos com p = 0,1501; alcalinidade com p = 0,0044; STD com p = 0,0115; N-amônia com p = 0,1488 e N-nitrito com p = 0,0001. No período de jan a dez de 2012, dureza com valor de p = 0,0001; pH, valor p = 0,0309; condutividade com p = 0,0001; cloretos com p = 0,0001; alcalinidade com p = 0,0001; STD com p = 0,0001; N-amônia com p = 0,1239 e N-nitrito com p = 0,0001.
CONCLUSÕES:
Concluímos que, houve alterações dos parâmetros físico-químicos, nos períodos das coletas e entre as amostras, entretanto, os valores para os parâmetros analisados, se mantiveram, dentro dos valores máximos permitidos pela Legislação Brasileira.
Palavras-chave: Monitoramento químico, Águas superficiais, Qualidade química.