65ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem |
Reescrevendo nossa história com a arte de trançar: Reflexões teóricas e práticas dentro da sala de aula. |
KENYA FABIOLA ALVES SANTOS - ESCOLA MUNICIPAL ABILIO GOMES PATRICIA PORCIUNCULA PERNAMBUCO - ESCOLA MUNICIPAL ABILIO GOMES MARIA JULIA DAS NEVES ARAÚJO - ESCOLA MUNICIPAL ABILIO GOMES MARIA GORETE DE OLIVEIRA E SILVA - ESCOLA MUNICIPAL ABILIO GOMES MARIA DAS GRAÇAS PEREIRA DE BARROS - ESCOLA MUNICIPAL ABILIO GOMES MARIA GOMES DE ALBUQUERQUE - ESCOLA MUNICIPAL ABILIO GOMES |
INTRODUÇÃO: |
A partir da aprovação da Lei 10.639 em 2003 se tornou obrigatório o ensino da cultura e história afro-brasileira e africana nas escolas do país. A Lei 11645 de 2008 complementou essa determinação, tornando obrigatório também nos conteúdos programáticos escolares o ensino da cultura e história dos diferentes povos indígenas brasileiros. Nos, professores da Escola Municipal Abílio Gomes, resolvemos trabalhar a lei, com os nossos alunos de forma lúdica, através da leitura do livro “Betina”, a autora Nilma Lino Gomes conta a história de uma menina negra africana que aprendeu com sua mãe a arte de trançar,[...] enquanto penteava seu cabelo sua mãe lhe contava que a arte de trançar foi ensinada por ancestrais e tornou-se tradição de família[...] As tranças surgiram na África entre os africanos e seus descendentes, era utilizada como meio de comunicação para identificar as tribos, idade, estadas civil e até a posição na sociedade no início da civilização africana. Vale salientar que as tranças sempre estiveram presentes no decorrer da história. O projeto surgiu em um momento bastante oportuno, próximo ao dia da Consciência Negra. O mesmo foi ganhando corpo estendendo-se as demais turmas da escola nas mais variadas modalidades de pesquisas. Os alunos se envolveram nas atividades propostas e compreenderam a importância dos afros-descendentes na nossa historia. |
OBJETIVO DO TRABALHO: |
Resgatar a importância da cultura negra na nossa historia através das tranças e como ele pode contribuir com novas aprendizagens significativas na escola |
MÉTODOS: |
Em circulo, lemos o livro “Betina” acima citado para que todos participassem da história com atenção como também pudessem interferir sempre que achasse oportuno. Dando continuidade as atividades, pesquisamos sobre a origem das tranças na Internet, em livros, revistas e em vídeos que tratavam da cultura negra. Em seguida construímos diversos textos sobre os afro-descendentes e fizemos uma exposição. Através da Internet, buscamos vários modelos de tranças com a finalidade de proporcionar aos alunos bastante materiais, para a construção de um painel. Neste momento as mães que sabiam fazer tranças promoveram dentro da escola oficinas com os alunos e professores. No final da oficina realizamos um desfile, com premiações. Para o sucesso do nosso desfile, firmamos parceria com os salões de beleza da própria comunidade, a fim de presentear os alunos que tiveram as primeiras colocações na arte de trançar. Os salões ofereceram cortes de cabelos, escovação e hidratação para os premiados. Finalizamos com a exposição de “tribos” de bonecos africanos, confeccionados com sucata representando a diversidade cultural dos afro-brasileiros |
RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
As ações desenvolvidas trouxeram significado no uso das tranças até então desconhecidos levando-os a perceber que todos somos participantes e atuantes na construção da história do país. Ficou evidente que as atividades geraram uma reflexão crítica sobre os afro-descendentes, sua cultura e seu valor, assumindo sua consciência de sua identidade. E conseqüentemente novas aprendizagens |
CONCLUSÕES: |
Com este trabalho fizemos uma releitura do afro-descendentes, sua cultura e suas contribuições em nossa sociedade. Proporcionando desta forma condições aos nossos alunos de apropriar-se de novos saberes e da valorização da cultura afro-brasileiras e com isto novas formas de prender |
Palavras-chave: Arte de trançar,, afro-descendente,, reflexão.. |