65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
RELAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL E INDICE DE MASSA CORPORAL EM ACADÊMICOS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO, SÃO LUÍS-MA
Ingrid Tayane Vieira da Silva do Nascimento - Depto de Quimica e Biologia-UEMA
Etiene Expedita Pereira Santos - Depto. de Quimica e Biologia- UEMA
Fernanda Ferreira de Oliveira - Depto. de Quimica e Biologia- UEMA
Suelen Rosana Sampaio de Oliveira - Depto. de Quimica e Biologia- UEMA
Isabel vitória figueiredo - Falculdade de Farmácio- Centro de Estudos Farmacêuticos- Universidade de Coimbra
Sandra Fernanda Louzeiro de Castro Nunes - Prof. Dra. - UEMA
INTRODUÇÃO:
A utilização cada vez mais frequente de alimentos industrializados e fast-foods, com alta densidade energética,juntamente com hábitos de vida sedentária, tem provocado problemas como a obesidade (doença caracterizada pelo acúmulo exagerado de gordura),a qual está intimamente associada a elevações da pressão arterial (PA), podendo desenvolver doenças cardiovasculares. Além do mais, a elevação gradativa do índice de massa corporal (IMC) relacionada a hipertensão em indivíduos é normalmente complicada devido a presença de fatores metabólicos como altos níveis de gordura circulando no sangue (dislipidemia) e níveis excessivos de insulina (hiperinsulinemia).
OBJETIVO DO TRABALHO:
Neste estudo objetivou-se fazer relação entre Índice de Massa Corporal (IMC) e a hipertensão em acadêmicos da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus Paulo VI, assim como, promover a distribuição de material impresso sobre questões relacionadas à hipertensão arterial e obesidade.
MÉTODOS:
Selecionaram-se para o estudo 62 pessoas da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). As aferições eram feitas em uma sala a parte no laboratório de Bioquímica, a qual atende aos requesitos para uma leitura correta da pressão arterial. Inicialmente, aplicou-se um questionário padronizado sobre questões comportamentais. Em seguida, mediu-se o peso com a ajuda de uma balança CAMRY e verificou-se, com o auxílio de uma fita métrica inelástica, a estatura e a circunferência da cintura dos indivíduos. O cálculo do índice de massa corporal foi determinado pela divisão da massa do indivíduo (Kg) pelo quadrado de sua altura (m2), sendo considerado abaixo do peso ideal IMC inferior a 18,5 Kg/m2, IMC normal entre 18,6- 24,9 Kg/m2, acima do peso ideal entre 25-29,9 Kg/m2 e obeso acima de 30 Kg/m2. Para a aferição da pressão arterial, utilizou-se um tensiômetro eletrônico OMRON, sempre orientando aos voluntários a não falar durante o procedimento. A Pressão Arterial foi classificada de acordo com a VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, 2010. No término de cada procedimento de aferição da pressão arterial e do IMC, prestava-se informação aos participantes sobre a prevenção e controle da pressão arterial através de diálogo e material impresso.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
No estudo, 59,67% apresentaram PA dentro dos padrões ótimo, 32,25% normal, 3,22% limítrofe e 4,83% grau 1-hipertensão. Dos 62 participantes, 13 apresentaram-se abaixo do peso ideal; 7,69% desses, tinha grau 1-hipertensão, assim pressupõe-se que esses resultados relacionam-se a questões hereditárias, já que nas famílias há históricos de hipertensão arterial; 1,61% mostraram PA limítrofe e não realizam atividade física; outros 1,61%, revelaram PA ótimo e praticam exercício físico regularmente, dessa forma pode-se ressaltar a importância dos efeitos benéficos do exercício físico para a regulação de níveis pressóricos. Em alguns participantes (6,45%), registrou-se IMC acima do Ideal com pressão arterial ótima e normal, possivelmente obteve-se esta relação devido a baixa idade dos participantes, já 43 voluntários, apresentaram IMC normal, sendo a maioria com pressão arterial ótima e normal (95,34%), sendo o restante (4,65%) detentor de grau1-hipertensão e limítrofe.
CONCLUSÕES:
Dentro do estudo, observou-se que a maioria dos participantes não exibiram problemas com obesidade, alguns tinham peso acima do ideal, mas não tiveram alteração na PA. Destaca-se dessa forma, a importância da prática do exercício físico, pois além de regular o peso do indivíduo, traz também melhorias no sistema circulatório, evitando problemas tal como a Hipertensão Arterial. É fundamental estudos de associação entre o excesso de gordura corporal e a HA, pois assim pode-se acrescentar e contribuir com os estudos já existentes, bem como oferecer à sociedade informações necessárias para a promoção da saúde.
Palavras-chave: Obesidade, Hipertensão arterial, Sedentarismo.