65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 5. Zootecnia
DIAGNÓSTICO DO MANEJO SANITÁRIO DA BOVINOCULTURA LEITEIRA DO MUNICÍPIO DE OURÉM-PA
Josué Valente Lima1 - Graduando do curso de Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
José Darlon Nascimento Alves1 - Graduando do curso de Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
Alanderson Arruda dos santos1 - Graduando do curso de Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
Maria Geisiane Ávila Bezerra1 - Graduando do curso de Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
Antônio Silvandro da Silva Correa1 - Graduando do curso de Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
Adriano Vitti Mota2 - Prof°Msc./Orientador da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
INTRODUÇÃO:
Segundo o MAPA, a bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial. O Brasil é dono do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças. Além disso, desde 2004, assumiu a liderança nas exportações, com um quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países.
Na Amazônia, o Pará é o estado em que a pecuária é mais importante, com o quinto rebanho bovino brasileiro de mais de 17 milhões de cabeças, e extraordinário crescimento anual de cerca de 16%. A pecuária é a principal atividade econômica em 51% dos municípios paraenses. O abate anual é em torno de 1,1 milhões de cabeças, além da comercialização de 800 mil animais vivos (IBGE, 2004; ANUALPEC, 2004).
Estudos possibilitaram o surgimento de propostas de tratamento e de manejo que permitiram planejar adequadamente o controle das verminoses nos rebanhos. Porém, na prática, há uma grande distância entre o conhecimento científico e a realidade do controle das parasitoses nos diferentes sistemas de produção (PRADO et al., 1997; PEREIRA et al., 1999).
OBJETIVO DO TRABALHO:
O trabalho teve como objetivo verificar a sanidade da bacia leiteira do município de Ourém-Pa.
MÉTODOS:
O estudo foi desenvolvido no município de Ourém que pertence á microrregião do Alto Rio Guamá, possuindo uma área de 602,5659 km², localizado no nordeste paraense. Foram entrevistados 12 produtores de leite do município, no período de janeiro a dezembro de 2012. Para a obtenção dos dados foi utilizado questionários semi-estruturados com perguntas abertas e fechadas, nestes questionários continham perguntas sobre os manejos sanitários como as vacinas utilizadas como Febre aftosa, brucelose, raiva e manqueira, quanto ao controle de parasitas verificou-se a utilização de carrapaticida, vermífugo. Quanto à sanidade na ordenha, abordou-se sobre á desinfecção dos tetos, teste da caneca telada, utilização de CMT. Analisou-se também a cura do umbigo e exame de tuberculose, aplicados com os produtores das comunidades Ramal do Flexal, Patauateua, Arraial do Caeté, 4ª travessa e Vila Limão. A partir das informações obtidas, foram realizada análise descritiva dos dados. Utilizando o software Microsoft Excel 2007.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Em relação à aplicação de vacinas contra brucelose e febre aftosa, 100% dos produtores afirmaram que aplicam estas vacinas em seu rebanho, isso mostra a eficiência da atuação da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará, durante as campanhas nacionais de vacinação. Já quando foram questionados sobre a aplicação das vacinas não obrigatórias pela legislação que foram: manqueira, IBR/DBV e contra a raiva, 92%, 67% e 50%, respectivamente, afirmaram que utilizam essas vacinas no controle sanitário dos bovinos. No controle de parasitas gastrointestinais, 67% dos produtores adotam o uso de vermífugas e, destes, 75% usam o produto comercial Ivomec, 12,5% utilizam o produto comercial Ourofino e 12,5% não souberam informar. Em se tratando, da utilização de carrapaticida, 92% disseram que utilizam este produto em seu rebanho no controle de parasitas exógenos. Observa-se que a maioria dos produtores utilizam produtos químicos no manejo de criação de bovinos.
CONCLUSÕES:
Apesar das doenças serem um dos principais fatores da redução da produtividade, na segurança biológica e qualidade dos alimentos, os investimentos das agências de defesa sanitária e dos órgãos de assistência técnica tem se mostrado eficientes na efetiva prevenção das doenças de controle obrigatórias e no domínio sanitário do rebanho. Havendo uma ineficiência para as vacinas não obrigatórias.
Palavras-chave: produtores, bacia leiteira, sanidade.