65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais
ANÁLISE FITOQUÍMICA IN VITRO DO EXTRATO ETANÓLICO DO CAULE, RAÍZ E FOLHA DA Phyllanthus tenellus ROXB. (PHYLLANTHACEAE)
Erlon Leite Moitinho - Graduando em Farmácia, FAINOR, Vitória da Conquista/BA
Rândila Regis Cordeiro dos Santos - Graduanda em Química, UESB, Itapetinga/BA
Éverton Rocha - Graduando em Engenharia Ambiental, UESB, Itapetinga/BA
Marcelo José Costa Lima Espinheira - Prof°. MSc.,FAINOR, Vitória da Conquista/BA
Simone Andrade Gualberto - Profª. Drª., DEBI, UESB, Itapetinga/BA
Ademir de Jesus Silva Júnior - Prof°. MSc./Orientador, DEBI, UESB, Itapetinga/BA
INTRODUÇÃO:
Detentor de uma das biodiversidades mais ricas do mundo, a flora brasileira é uma das principais fontes de biomoléculas para a produção de medicamentos. A indústria farmacêutica, assim como a população buscam, cada vez mais por tratamentos preventivos e terapias cujos efeitos colaterais sejam mínimos. Os medicamentos que mais se enquadram nestas exigências são os desenvolvidos a partir de produtos naturais. Neste contexto, a pesquisa fitoquímica emprega uma ação importante na descoberta de metabólitos secundários. A Phyllanthus tenellus Roxb., planta da família Phyllanthaceae, nativa de regiões tropical e subtropical do Brasil, é uma planta daninha comum em ambientes úmidos, conhecida popularmente como “quebra-pedra” é comumente utilizada no tratamento de doenças renais. Uma forma de complementar os estudos fitoquímicos é associá-los a bioensaios, por esta razão muitos laboratórios de Produtos Naturais têm inserido dentro de suas rotinas ensaios biológicos simples, no intuito de selecionar e monitorar a pesquisa de extratos de plantas na procura de substâncias bioativas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este trabalho teve por objetivo avaliar a presença e/ou ausência de metabólitos secundários nos extratos etanólicos obtidos dos caules, folhas e raízes daPhyllanthus tenellus Roxb. (Phyllanthaceae), a partir de um ensaio prático e reprodutível.
MÉTODOS:
As amostras da plantaPhyllanthus tenellus Roxb., foram coletadas no dia 19 de setembro do ano de 2012, no turno da manhã nas dependências da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), situada no município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. As amostras tiveram seus constituintes vegetais separados, caule, folha e raiz, desidratados em estufa e triturados. As amostras vegetais secas e moídas de caules (13,17g), folhas (33,58g) e raízes (4,82g) foram submetidas à extração exaustiva com solução etanólica a 99%.
Os testes fitoquímicos in vitro foram realizados nas dependências do laboratório de pesquisa da UESB – Campus Itapetinga, mediante a utilização da metodologia de Bessa, “Avaliação fitotóxica e Identificação de Metabólitos Secundários da Raiz de Cenchrus echinatus”, para testar a presença de metabólitos secundários nas amostras vegetais, com a utilização de padrões e reveladores específicos para alcalóides, saponinas, flavonóides, taninos, fenóis, quinonas, terpenóides, antocianinas e cumarinas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Ao término dos testes fitoquímicos in vitro pôde-se observar a presença dos seguintes metabólitos secundários no caule: cumarinas, alcalóides, flavonóides, taninos condensados, triterpenos e esteróides; na raiz: saponina, taninos condensados, cumarinas, alcalóide e flavonóide; folhas: cumarinas, taninos hidrolisáveis, triterpenos, esteróides e flavonóides.
Nos testes realizados não foi observado presença de antocianinas em nenhum dos extratos. A presença de flavonóides e taninos foi observada em todos os extratos obtidos de acordo com os dados da literatura.
CONCLUSÕES:
Com a realização do estudo fitoquímico da Phyllanthus tenellus Roxb. foi possível observar a existência de importantes metabólitos secundários em todos os extratos analisados.
Palavras-chave: Matéria-prima vegetal, Planta medicinal, Terapia renal.