65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
ESTUDO DE ESPAÇAMENTO DA CENOURA NA REGIÃO SERTÃ DO MACIÇO DE BATURITÉ
Stallone Soares da Costa - Agronomia - UNILAB
Valdécio dos Santos Rodrigues - Agronomia - UNILAB
José Danísio da Silva - Agronomia - UNILAB
Francisca Brena Queiroz - Agronomia - UNILAB
Luís António da Silva - Prof. Dr. /Orientador- Instituto de desenvolvimento Rural- UNILAB/FUNCAP/CNPq
INTRODUÇÃO:
Entre as hortaliças cujas partes comestíveis são as raízes, a cenoura (“Daucus carota L.”) é uma planta da família das apiáceas e a de maior valor económico, caracterizando-se como uma das mais importantes olerícolas, pelo seu grande consumo em todo mundo e pelo seu valor nutritivo, sendo uma das principais fontes de vitamina A (beta caroteno). Ela é a principal cultura da região serrana do Maciço de Baturité, mas, os agricultores têm enfrentando alguns problemas, a exemplo de raízes mal formadas (o que geralmente está associado à densidade de plantio e/ou preparo de solo inadequado), pois, a composição química das raízes é influenciada por fatores genéticos e condições de cultivo tais como: sistemas de cultivo, tipos e propriedades físicas do solo, época de plantio, temperatura durante a estação de crescimento da cultura (Bardseth et al., 1995), além da fertilização, densidade de plantio e época de colheita.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente trabalho propõe estudar o espaçamento da cenoura na região sertão do Maciço de Baturité, com vistas à produção de raízes de ótimo valor comercial.
MÉTODOS:
O experimento foi realizado na Horta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira- UNILAB em Redenção (CE) no período de dia 23 de Setembro de 2012 a 5 de Janeiro de 2013. A semente utilizada para a pesquisa foi à cenoura ‘Brasília’ que é uma cultivar de cenoura destinada para o cultivo de verão, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças (CNPH) da EMBRAPA. O plantio foi feito em delineamento com blocos casualizados com três tratamentos: (T1) 20 cm entre linhas, (T2) 25 cm entre linhas e (T3) 30 cm entre linhas, com quatro repetições. Ao décimo dia de germinação foi feito o primeiro desbaste. Após 104 dias de condução do experimento foram coletadas e feitas às avaliações referentes altura da planta, tamanho da raiz, peso total das amostras (raiz + folha), peso total das raízes (comerciais e não comerciais), número total das raízes (comerciais e não comerciais). As medições foram feitas com o auxílio de uma trena e um paquímetro digital. Os dados foram analisados estatisticamente e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Não houve diferenças significativas entre tratamentos para as variáveis, altura da planta, tamanho da raiz, peso total das amostras (raiz + folha), peso total das raízes (comerciais e não comerciais), número total das raízes (comerciais e não comerciais). Constatou – se que o espaçamento de 30 cm entre - linhas é mais vantajoso, pois, o gasto em sementes é menos e o trabalho de semeadura é facilitado, já que nos espaçamentos muito apertados é mais difícil a semeadura. No experimento do (Mimani, et al. 1978), utilizando a cv. Nantes no espaçamento de 15 e 30 cm entre linhas, também não houve diferença significativas para produções de raízes comercializáveis e não comercializáveis. Segundo Needhan & Warne (1952) e Warne (1953) a competição entre plantas é muito maior que a competição entre linhas devido à busca pela luz e nutrientes, o que parece ter acontecido no presente trabalho.
CONCLUSÕES:
Com os resultados obtidos pode – se afirmar que a produção da cenoura, não é afetada pelos espaçamentos entre linhas, mas, o espaçamento de 30 cm entre linhas é mais vantajoso que o de 20 e 25 cm.
Palavras-chave: “Daucus carota L.”, Manejo, Densidade populacional.