65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
CONJUNTURA DE MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL PARA APONTAR EVIDÊNCIAS DE CONSOLIDAÇÃO DO PROGRAMA PALMA DE ÓLEO (Elaeis guineensis) NO ESTADO DO PARÁ
José Reinaldo da Silva Cabral de Moraes - Estudante de Agronomia da UFRA, Bolsista PET-Agronomia/Embrapa Amazônia Oriental
Lucieta Guerreiro Martorano - Pesq. da Embrapa Amazônia Oriental e Professora do PPGCA/UEPA (Orientadora)
Marcos Antônio Souza dos Santos - Professor da Universidade Federal Rural da Amazônia/ISARH
INTRODUÇÃO:
A palma de óleo (Elaeis guineensis) vem ocupando grandes destaques na produção Internacional e nacional, dada principalmente pela sua produção de óleo vegetal, que é empregado em diversos segmentos do setor industrial. Dentre as oleaginosas atualmente comercializadas no mercado mundial, a cultura supera em produtividade, sendo considerada a mais promissora para a produção de biodiesel, (REBELLO & COSTA, 2012). Dados da FAO (2012) apontam que o óleo de palma, responde com 27% da produção mundial, contabilizando 45 milhões de toneladas e, ocupando o primeiro lugar no mercado. O óleo de soja ocupa a segunda posição, participando com 40 milhões de toneladas. No Brasil, a maior comercialização é de óleo de soja, da ordem de 7 milhões de toneladas, correspondendo a 79% da produção nacional, enquanto que em óleo de palma é da ordem de 250 mil toneladas. Furlan Junior & Müller (2004) destacaram que em um hectare com a cultura de palma de óleo (dendê) com 15 anos de idade fixa aproximadamente 13 t C ano-1, evidenciando o potencial de expansão dos cultivos de palma em áreas em vias de degradação, na Amazônia.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar conjuntura de mercado nacional e internacional para apontar evidências de consolidação do Programa Palma de Óleo no estado do Pará.
MÉTODOS:
Foram utilizados dados de exportação e importação em nível nacional e internacional, bem como dados de produção e rendimento de palma de óleo, disponibilizados pela, FAO (Food and Agriculture Organization, 2011), correspondente ao período de 1994 a 2011, avaliando os dados nos quatro continentes mais expressivos em Palma de Óleo. Para identificar a participação do Brasil nesse marcado, considerou-se o ano de 1994 como ano base de avaliação, devido à mudança do sistema financeiro nacional com o “Plano Real”. Foram contabilizados índices econômicos como: índices relativos de quantidade (Iqt), taxa geométrica de crescimento (TGC), consumo aparente (CA), bem como produção (toneladas), rendimento anual (kg ha-1), exportação e importação. Também, utilizaram-se dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (SIDRAS/IBGE, 2011) para avaliar a produção nacional por estado, destacando-se os estados da Bahia e Pará. Assim sendo, as análises apresentadas neste trabalho referem-se aos 17 anos analisados. Os dados do Radar Comercial apontam que Malásia, Alemanha, Paquistão, Itália e Cingapura são os países que mais importaram em 2011, sendo comparados na análise geral do trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O continente Asiático mantém a liderança em exportação com cerca de 90% do mercado internacional. Nogueira & Nassar, 2008 ressaltaram que na Indonésia, a partir do ano 2000 as exportações passaram de 50% para 70% da produção, devido à saturação do mercado doméstico. Em 2011, a Indonésia destacou-se como a maior produtora mundial, totalizando cerca de 100 milhões de toneladas, seguida da Malásia (85 milhões de toneladas). Em temos de participação mundial na produção de Palma de Óleo, 43% compete a Indonésia, 38% vêm da Malásia, 5% da Tailândia, 4% da Nigéria e o Brasil participa com 1%, os 10% restantes são distribuídos entre outros países. O continente asiático arrecadou em 2007 cerca de 15 milhões de dólares em exportação e gastou U$ 10 milhões em importações, ocorrendo aumento em 2008 da ordem de 64% nas exportações e 66% nas importações. No Brasil, de 2008 a 2011, houve um crescimento nos índices econômicos. A área plantada na Bahia e no Pará em 2010 foi da ordem de 55 mil hectares, mas em termos de rendimento no Pará foi próximo a 20 mil kg ha-1, enquanto que na Bahia em torno de 7,5 mil kg ha-1, reforçando o potencial de expansão dos cultivos de Palma de Óleo, devido o maior rendimento no estado e preços internacionais atrativos.
CONCLUSÕES:
Os dados de produção, rendimento e índices econômicos reforçam a importância de consolidação da participação do estado do Pará no Programa Palma de Óleo para atender demandas em óleo de palma, em mercado globalizado.
Palavras-chave: Dendê, Índices econômicos, Amazônia.