65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
PROJETO DE PREVENÇÃO E SAÚDE NAS ESCOLAS-SPE NA EE 26 DE AGOSTO-CAMPO GRANDE/MS
Soraya Sólon - Profa. Dra/Orientadora-Departamento de Farmácia da UFMS
Vera Lúcia Vieira Pires de Oliveira - Escola Estadual 26 de Agosto - SED/MS
Eloísa Nunes Fonseca - Escola Estadual 26 de Agosto - SED/MS
Thereza Mituko Imamura Osti - Escola Estadual 26 de Agosto - SED/MS
Kássia Cristina Soares da Silva - Secretaria Municipal de Saúde-SESAU/MS
Léia Conche da Cunha - Secretaria Municipal de Saúde-SESAU/MS
INTRODUÇÃO:
O projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) é conduzido, no âmbito federal, pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Educação, em uma parceria com a UNESCO, o UNICE e o UNFPA. Essas instituições constituem o Grupo de Trabalho Federal (GTF) que está encarregado da elaboração de diretrizes, avaliação e monitoramento do Projeto. Acreditando que adolescente aprende mais com adolescente, o Ministério da Saúde e Ministério da Educação, pelo GTF, convocam adolescentes e jovens a intensificar o diálogo entre seus pares. Em todo o país, já existem diversas ações em conjunto entre saúde e educação com a participação da comunidade e que tratam de temas relacionados à sexualidade e à saúde em geral. O fortalecimento e a valorização das práticas no campo da prevenção das DST(s), AIDS, drogas e preconceito a diversidades sexuais, precisam do envolvimento de todos, sendo necessário que a Secretaria de Educação e de Saúde se responsabilize pela implementação deste trabalho. Neste contexto a EE 26 de Agosto realizou esse trabalho partindo da iniciativa dessas secretarias e as necessidades da comunidade escolar.
OBJETIVO DO TRABALHO:
(A) Fomentar a incorporação da cultura da prevenção à atuação profissional cotidiana, construindo conhecimento compartilhado na equipe pedagógica; (B) Auxiliar no desenvolvimento de ações de formação para promoção da saúde sexual, reprodutiva evitando gravidez na adolescência, DSTs e AIDS, combater o álcool e outras drogas e ao preconceito às diversidades sexuais com participação juvenil.
MÉTODOS:
Para a realização desse trabalho, fizemos uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), Secretaria de Estado de Educação (SED) e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) departamento de Farmácia com as estágiarias do curso. Foi elaborado um cronograma para a realização das oficinas que ocorreram durante o 1º e 2º semestre do ano letivo de 2012 com os alunos (as) do período matutino e vespertino da E. E. 26 de Agosto. Foram abordados três temas como: “Álcool e outras drogas”, “Sexualidade prevenção à gravidez na adolescência DSTs e AIDS “ e “ Diversidades Sexuais”. Esses assuntos foram trabalhados em dez (10) oficinas, seguindo roteiro: objetivo, materiais, tempo de duração, dinâmicas aplicadas para interação do grupo, conclusão e avaliação. Foram utilizadas metodologias participativas: provocamos reflexões, instigamos o diálogo, abordamos conceitos científicos, músicas, teatro, paródias, leituras e discussão de textos, sessão cinema, pesquisas e debates. A diversidade de conhecimento da equipe ministrante estimulou os debates, e maior aprofundamento dos temas estudados foram enriquecedores para os alunos (as) multiplicadores do SPE. Realizamos as avaliações das oficinas e em seguida fizemos à tabulação dos dados e análise dos resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Houve efetiva participação dos alunos durante as oficinas incentivando os preceptores a dar continuidade ao programa e inserir mais parceiros, que além de contribuir proporcionarão a expansão do projeto na escola. As oficinas proporcionaram momentos de reflexão e consequentemente mudanças de comportamentos para os multiplicadores do SPE. Fizemos avaliações através de um questionário para 35 participantes questionando: Como você avalia o domínio do conhecimento dos ministrantes? Os alunos (as) responderam Bom-18% e Excelente 82%; Quanto às estratégias utilizadas durante as oficinas foram eficazes? Responderam Sim-100%; Quanto ao conhecimento adquirido se pode ser propagado na comunidade, escola, entre família e amigos? Os participantes responderam Sim-100%.Observamos que as oficinas oportunizaram aos alunos (as) se expressarem com sinceridade durante as discussões e ocorreram esclarecimentos de dúvidas, e maior aprendizagem. Ressaltou-se a importância da educação preventiva buscando referenciais mais eficazes e éticos para realizar a educação em saúde. Os alunos adquiriram conhecimento que contribuíram para sua formação como agentes multiplicadores proporcionando seu bem estar dentro da sociedade e na comunidade.
CONCLUSÕES:
O tema Álcool e outras drogas possibilitou maior aprendizagem e reflexão sobre as conseqüências adversas e também gerou uma mudança de postura em relação ao uso indevido das drogas, destacando que estas, tanto lícitas e ilícitas, trazem riscos à saúde, e pode afetar de forma negativa o seu convívio social. No tema Sexualidade Prevenção à gravidez na adolescência e DSTs e AIDS foi ressaltado sobre situações na vida de mulheres e homens que os tornam mais vulneráveis a problemas relacionados à saúde sexual reprodutiva, destacando sobre a eficiência do uso correto dos métodos contraceptivos, evitando os riscos de uma gravidez inesperada, as DSTs e AIDS. E Diversidade sexual, trouxe aos adolescentes com seu potencial multiplicador, o questionamento, a reflexão na escola e na comunidade sobre as situações que reproduzem preconceitos e discriminações constantemente abordados nos meios de comunicação. O direito à educação às pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis), visa à garantia de que o espaço escolar seja efetivamente um lócus privilegiado de combate a homofobia e demais discriminações. Sendo assim, almejamos que o Projeto contribuía para que a educação para a diversidade seja um ponto de partida na construção de uma sociedade livre de preconceitos.
Palavras-chave: Adolescência e saúde, DSTs e AIDS, drogas.