65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
UTILIZAÇÃO DA CASCA DE INGÁ EM PROCESSO DE ADSORÇÃO DE CORANTE SINTETICO PRESENTE EM SISTEMAS AQUOSOS
Renato Everton Ribeiro - Colegio Universitario - COLUN/UFMA
José Alberto Pestana Chaves - Prof. Dr./Orientador - Universidade Federal do Maranhão
Ariadna Santos Lima - Colegio Universitario - COLUN/UFMA
Núbia Leite de Castro - Colegio Universitario - COLUN/UFMA
Hellen Cristina Lima Rosa - Colegio Universitario - COLUN/UFMA
INTRODUÇÃO:
A presença de substâncias químicas potencialmente tóxicas em concentrações elevadas encontradas nos sistemas aquáticos é resultado direto do avanço da industrialização e da urbanização. Essa problemática atualmente vem intensificando a preocupação de governos, as empresas e a sociedade civil de um modo geral no sentido de minimizar o consumo, o controle de emissões de poluentes ou mesmo da descontaminação do meio ambiente.
O presente trabalho teve por objetivo despertar no aluno da educação básica a real possibilidade do uso de materiais sólidos adsorventes como removedores de poluentes, especialmente corantes orgânicos. presentes em sistemas aquáticos. Tal material utilizado nessa pesquisa foi a casca de ingá, um material barato e de fácil obtenção.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Neste trabalho foram estudadas as potencialidades do adsorvente natural casca de ingá como material alternativo na remoção de azul de metileno presente em soluções aquosas. Esse material é formado basicamente por celulose, um polissacarídeo encontrado em abundância na natureza. As análises de adsorção foram realizadas em soluções de diferentes pH’s.
MÉTODOS:
O material para adsorção (casca de ingá) foi obtido na forma natural e preparado por lavagem, secagem, moagem e tamisação.
O trabalho seguiu um cronograma de acordo com as seguintes etapas: soluções tampão de pH definido (2 a 10) foram preparadas para os ensaios de adsorção; em seguida o material adsorvente foi pesado em diferentes frascos, com massas variando entre 0,100 g e 0,200 g, em lotes de 10 frascos cada; uma pequena quantidade da solução do corante azul de metileno (0, 1 mL) foi adicionada a 10 mL de cada solução tampão e misturada com o material adsorvente; as misturas foram deixadas por um período de 1 semana e depois foram filtradas para separar o adsorvente da solução. Foram registradas fotograficamente as soluções tampão com o corante antes e após cada adsorção para posterior comparação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
As amostras de casca de ingá que foram utilizadas como adsorventes apresentaram diferentes valores de adsorção de acordo com o tipo de solução tampão utilizado e seu respectivo pH. O melhor rendimento de adsorção ocorreu em pH próximo de 7, caracterizado pelo descoloração da solução do corante e impregnação dessa substância na superfície do material. Para valore de pH’s menores que 7, o teor de adsorção tem rendimento diminuído, onde se percebeu uma diminuição na coloração azulada da solução, porém com menor intensidade. Para pH’s mais alcalinos o processo de adsorção ocorreu de maneira bem suave ou praticamente não ocorreu.
Neste trabalho, também foi verificado que o tempo em que a mistura adsorvente/solução é mantida em contato apresenta significativa importância no resultado final de adsorção, por isso o intervalo de uma semana foi mantida para todas as amostras.
CONCLUSÕES:
A partir dos estudos realizados foi possível constatar que a casca de ingá é um potencial adsorvente que pode ser usado no tratamento da água por ser um material simples, viável economicamente e ser bastante disponível. Sua capacidade de adsorção varia conforme o pH e pelo tempo de contato com o adsorvato.
Palavras-chave: polissacarídeos, materiais alternativos, adsorção.