65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática
A MATEMÁTICA COMO UM INSTRUMENTO PRÁTICO.
Jamerson Temóteo da Silva - UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
Cosmo Alan Pires de Sousa - UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
Francisca Tânia Pessoa do Amaral Freire - UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
Andrea Machado Fernandes - UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
Jardiane Henrique Santana - UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
Jéssica Santos de Araújo - UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
INTRODUÇÃO:
Embora os alunos já possuam um conhecimento intuitivo relacionado à matemática, a ponte estabelecida entre o conteúdo estudado em uma aula “tradicional” e o cotidiano do estudante não possui uma relação aparente, causando uma frustração por parte do jovem por não conseguir aproveitar seu conhecimento inato no ambiente de sala de aula.
O trabalho a seguir não é somente um relato expositivo de uma proposta pedagógica alternativa para o ensino de matemática, trata-se de uma exploração e de uma análise dos resultados obtidos a partir da experiência prática obtida em sala de aula durante o experimento desta oficina. A partir desta metodologia iremos propor aos alunos que construam e participem de atividades que relacionem o seu dia-a-dia e suas futuras necessidades ao conteúdo, para isso utilizaremos todos os recursos que dispormos e de todos os ramos da matemática que pudermos.
Portanto, mais do que contextualizar o ensino da disciplina este artigo propõe o incentivo total por parte dos professores à criatividade, ao pensar e a desenvolver a matemática que for necessária e principalmente ao não contentamento com a simples repetição do aprendizado, pois o prazer da matemática está no criar e não no reproduzir.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo do trabalho é propor uma forma alternativa de ensino-aprendizagem e relatar a experiência vivenciada em sala de aula ao aplicar a teoria proposta. Será elucidado desde o papel do professor segundo o método de abordagem citado até os resultados obtidos pelos alunos, em seguida será feita uma análise pelos envolvidos a respeito das mudanças e dos pontos positivos e negativos do trabalho.
MÉTODOS:
Esta oficina foi realizada com uma turma do terceiro ano do ensino médio da E. E. M. GOVERNADOR ADAUTO BEZERRA, Juazeiro do Norte – CE no período de 22 à 28 do mês de fevereiro de 2013 seguindo o cronograma de atividades do programa institucional de bolsas de iniciação a docência – PIBID, do curso de licenciatura em matemática da UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA.
A oficina reúne uma série de assuntos do ensino médio, daí a necessidade de ser trabalhada com os alunos do terceiro ano, mas de forma a utilizar recursos didáticos diferentes dos tradicionais como: Sistema multimídia, instrumentos musicais, softwares gráficos, simuladores bancários e materiais para a confecção de sólidos geométricos.
O trabalho foi dividido em três etapas: Geometria e trigonometria, Estatística e matemática financeira e curiosidades, como a matemática na música e a construção de sólidos geométricos.
A proposta e o diferencial da oficina não está somente no uso de novas tecnologias, porque esta é só uma forma de chamar a atenção dos estudantes, mas na forma de contextualizar conteúdos matemáticos de forma que a construção do conhecimento se dê de forma natural, assim, o estudante desenvolve mecanismos próprios de “aprender a aprender”, e consequentemente não necessitar “decorar” o assunto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Podemos salientar os resultados de duas diferentes perspectivas, com relação ao aluno e ao professor, como educador essa quebra de paradigmas quanto a minha função como profissional foi enriquecedora e provocou uma mudança na minha concepção de “aula”, pois muitas vezes o tradicionalismo da forma de lecionar acomoda, nos deixando com a impressão de que a única forma de ensinar é do jeito que aprendemos, o que é um erro pois a escola mudou, o público alvo mudou e mais ainda, a sociedade em que todos nós vivemos sofreu transformações, então não adianta o professor achar que ele pode lecionar hoje da mesma forma que fazia há 30 anos.
Quanto aos alunos, levando em consideração a avaliação que fizemos durante toda a oficina (exercícios, debates, situações-problema, etc.) o aproveitamento foi plenamente satisfatório, pois mais do que aprender o conteúdo proposto percebemos que o próprio aluno associou o conteúdo ao seu dia-a-dia e transcendeu os limites do próprio assunto o que é o objetivo principal da oficina.
CONCLUSÕES:
Os objetivos do projeto foram alcançados em sua maioria. Nós, como futuros educadores modificamos a nossa própria percepção relacionada às estratégias de ensino e ainda tivemos o privilégio de analisar se mudando a forma de ensino poderíamos potencializar a aprendizagem, e concluímos que sim, embora alguns ainda demonstrassem alguma dispersão e até mesmo desatenção, em um momento ou outro, todos os alunos demonstraram interesse. O que nos leva a crer que o aluno não é necessariamente desinteressado por aprender, ele apenas possui aptidões e talentos diferentes de um ramo ou outro de qualquer ciência. O que não serve de desculpa para dizer que ele não vai gostar da matemática. Muito pelo contrário, o nosso papel como educador é mostrar a esse aluno que a matemática também está presente no que ele gosta, e isso, creio que tenha sido alcançado, devido à variedade dos conteúdos e mais ainda, devido as diferentes formas de tratar e de usar um mesmo conteúdo.
Palavras-chave: Metodologia, Ensino-aprendizagem, Oficina.