65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 2. Microbiologia Aplicada
Diversidade Genética do Papillomavírus Humanos (HPV) em Mulheres Quilombolas da Meso-Região Norte do Maranhão
Reydson Rafael Rosa Reis - Universidade Federal do Maranhão - Autor
José Eduardo Batista - Universidade Federal do Maranhão - Prof. Ms. Orientador
Walder Jansem de Melo Lobão - Universidade Federal do Maranhão - UFMA- Co-autor
José Eduardo Batista Filho - Secretaria Municipal de Saúde - São Luís-Ma - Co-autor
Carlos Eduardo Mendonça Batista - Secretaria Municipal de Saúde - Terezina-Pi - Co-autor
José Helvecio Sales Junio - Universidade Federal do Maranhão - UFMA - Co-autor
INTRODUÇÃO:
Introdução
O câncer de colo uterino é o segundo tipo de câncer com maior número de incidência entre mulheres no Brasil atrás somente do câncer de mama de acordo com o INCA, porém o câncer de colo uterino está em primeiro lugar se for analisado apenas o estado do Maranhão. Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa neoplasia é a infecção do trato genital pelo papilomavírus humano (HPV), que é um vírus de DNA de dupla fita, com aproximadamente 7,9Kb, vírus este pertencente à família Palillomaviridae, subfamília Papillomavirinae e ao gênero Papillomavirus. Dentro dessa espécie há uma grande diversidade de tipos virais que são classificados em dois grandes grupos de acordo com o potencial oncogênico, o primeiro grupo são os chamados HPVs de baixos-riscos que estão geralmente associados em lesões genitais externas ou lesões cervicais de baixo grau, enquanto que o outro grupo é constituído pelos HPVs de alto-risco, estes estão fortemente associados a displasias de alto grau e carcinoma invasivo.O presente estudo têm como objetivos o diagnostico da infecção e a caracterização dos tipos virais presente nas mulheres oriundas de comunidades quilombolas da Meso-Região Norte do estado do Maranhão com amostras cervicais positivas para HPV.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar os fatores de riscos associados à infecção do HPV Determinar os tipos especificos de HPV em mulheres quilombolas Avaliar a carga e o estado físico do genoma viral em mulheres quilombolas
MÉTODOS:
METODOLOGIA
Realizou-se estudo transversal com 200 mulheres residentes de comunidades quilombolas localizadas na Meso-Região Norte no estado do Maranhão, no qual foram submetidas à entrevista com dados epidemiológicos, coleta de material cervical para exame preventivo e de diagnostico viral durante os meses de Julho a Agosto de 2011. Este material foi coletado com a utilização de swab e conservado pelo Meio Universal de Coleta (UCM), as amostras coletadas foram levadas ao Laboratório de Biologia Molecular do Banco de Tumores de DNA do Maranhão onde foram realizadas as extrações de DNA total destas amostras para serem posteriormente amplificadas pela técnica de PCR Convencional e PCR Nested. Para as reações de PCR foram utilizadas os primers PGMY09/11 que geram um fragmento de 450bp, no caso de amostras negativas para a PCR Convencional foram realizadas a técnica de PCR Nested nessas amostras, utilizando os primers GP5+/GP6+ que geram um fragmento de 150bp. As amostras positivas para HPV foram genotipadas através da técnica de Hibridização Reversa pelo kit LINEAR ARRAY HPV Genotyping Test da empresa Roche, através da utilização desse kit obtivemos a possibilidade da tipagem de 18 genótipos de HPV de alto-risco oncogênico (16, 18, 26, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 55, 56, 58, 59, 68, 73, 82 e 83) e 9 genótipos de HPV de baixo-risco oncogênico (6, 11, 40, 42, 53, 54, 57, 66 e 84). Todas as pacientes assinaram o termo livre e esclarecido, previamente aprovado pelo Comitê de Ética e
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
RESULTADO E DISCUSSÃO.
Nos dados epidemiológico constatou-se que estas mulheres estão compreendidas na faixa etária de 13 a 84 anos, observando-se que a faixa etária de mulher acima de 35 anos apresentou o percentual de 62%. Com relação à escolaridade observou-se que 57% do total das mulheres com 1º Grau incompleto e que apenas 1%, duas mulheres eram analfabetas. Observando-se os exames, foi descrito que 94% fizeram exame preventivo nos últimos anos e 6% nunca fizeram exames preventivos. Em relação aos resultados das 200 amostras por Hibridização foi constatado o DNA/Viral especifico em 36 casos positivos, equivalente a 18%, ocorrendo uma maior prevalência do vírus HPV 68 equivalente a 50%, seguindo-se o HPV 52, 11,11%, os vírus IS39, 58, 62 e 73 todos com 5,55 e os vírus 33, 56, 59, 70, 72, 84 todos 2,7% cada.
CONCLUSÕES:
CONCLUSÕES:
A investigação dos fatores de risco para o câncer de colo uterino nas populações estudadas vem se mostrando um auxilio importante no recrutamento e orientação para comunidades em riscos, acarretando avanços na detecção precoce de lesões precursoras do câncer. Embora se saiba que os vírus mais oncogênicos sejam os 16 e 18, porém, observamos nesta comunidade quilombola uma prevalência do vírus 68 com 18 casos positivos igual a 50%, vírus classificado como provável alto risco ou risco intermediário. É importante pesquisarmos nesta população fatores condicionantes da alta incidência deste vírus e fazermos um cruzamento deste resultados com a citológica oncótica para verificarmos possíveis lesões precursoras do câncer. Campanhas de Educação em Saúde tem que ser feita na comunidade como uma contribuição na área de prevenção, como meio de evitar lesões agressões ao colo uterino e disseminação das (DSTs) doenças sexualmente transmissíveis.
Palavras-chave: Papillomavirus humanos, Quilombola, Cancer do colo uterino.