65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 1. Silvicultura
PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA ESPÉCIE Spondias mombin L. (TAPEREBÁ) NUMA ÁREA DE VÁRZEA NO MUNICÍPIO DE MACAPÁ – AP
Marcos Alves Nicacio - Graduando de Engenharia Florestal, UEAP
Allan Jhonathan da Silva Gomes - Graduando de Ciências Biológicas, UNIFAP
Raianny Nayara de Souza - Graduanda de Engenharia Florestal, UEAP
Harliany de Brito Matias - Graduanda de Engenharia Florestal, UEAP
Perseu da Silva Aparício - Prof. Dr./Orientador-Depto de Engenharia Florestal-UEAP
Wegliane Campelo da Silva Aparício - Prof. Dra./Co-orientadora-Depto de Biologia-UNIFAP
INTRODUÇÃO:
O taperebazeiro (Spondias mombin L.), também conhecido como cajazeiro, é uma frutífera caducifólia que apresenta 18 a 25m de altura (LORENZI et al. 2006). Pertence à família Anacardiaceae, é originária da América tropical, comum na região Amazônica, onde ocorre no estado silvestre (Queiroz, 2000; Azevedo et al. , 2004). A espécie pode ser encontrada nas florestas de terra firme e várzea e também, nas formações secundárias onde se regenera espontaneamente, tanto a partir de sementes, como de estacas e raízes (Bosco et al., 2000). Diante disto o presente estudos tem grande importância para demostrar o comportamento da espécie em floresta de várzea, e assim verificar sua distribuição na área estudada.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente trabalho tem como objetivo avaliar o parâmetro de distribuição espacial da espécie Spondias mombin L. numa áreas de floresta de várzea no município de Macapá, AP.
MÉTODOS:
O presente estudo foi desenvolvido numa área floresta de várzea, Gruta do Zerão, localizada (0°00’40,08”S; 51°06’15,07” O), Macapá-AP, no qual apresenta aproximadamente 27 hectares. Foram instaladas 30 parcelas de 10m x 15m, distribuídas na borda do rio, com o nível de inclusão de indivíduos de DAP ≥ 5 cm.
Para estabelecer o padrão de distribuição espacial dos indivíduos foi utilizado o Índice de Morisita, no qual valores menores que 1,0 indicam uma distribuição uniforme, valores iguais a 1,0 indicam distribuição aleatória e valores maiores que 1,0 indicam distribuição agregada. Para verificar a significância do Índice de Morisita, foi usado o teste qui-quadrado (5%), onde, conforme Bentes-Gama et al. (2002), a espécie apresentará um padrão de distribuição espacial aleatória quando o valor calculado for menor que o valor tabelado, isto é, o Id não difere significativamente de 1; entretanto, a espécie apresentará um padrão de distribuição agregado quando o valor calculado do qui- quadrado for maior que o valor tabelado e se a espécie apresentar um Id > 1 ou Id < 1, é considerado uniforme.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram encontrados 23 indivíduos da espécie Spondias mombin. O Índice de Morisita obtido foi de 3,2 valor esse que difere significativamente de 1. Os valores de qui-quadrado obtidos foi 77,4, valor este maior que o valor tabelado (43,77), à significância 0,05, sendo assim o padrão de distribuição espacial dos indivíduos revelou um comportamento agregado para a área estudada. Ramos (2009), em seu estudo da ecologia da polinização de taperebá em área de floresta secundária no município de santo Antônio do Tauá-PA, observou que o padrão de distribuição espacial dos indivíduos de Spondias mombin encontravam-se distribuídos aleatoriamente. No entanto, observou-se que havia uma tendência para formação de agregados na área mais próxima ao rio, o fato de tendência ao agregado, pode ser comparado com o resultado do presente estudo, ou seja, a área mais próxima do rio tende a ter as mesma características da floresta de várzea.
Assim pode-se observar que o taperebá se adapta melhor nas proximidades de cursos d’água e também pode estar ligada à dispersão hidrocórica, pois esta é uma dispersão comum para espécies em ambiente de várzea, no qual as sementes, em função do seu peso e tamanho, se acumulam e desenvolvem em locais que ficam por mais tempo inundadas
CONCLUSÕES:
O taperebá apresentou um comportamento de distribuição espacial agregada e verificou-se que a espécie se adapta melhor ao ambiente alagado.
Palavras-chave: Manejo florestal, Caracterização estrutural, Taperebá.