65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 2. Economia e Sociologia Agrícola
Analise da evolução da produção do coco-da-baia ( Cocos nucifera L ) no estado do Pará, 1990-2010
José Arthur Leal Nascimento - Universidade Federal Rural da Amazônia
Daynara Costa Vieira - Universidade Federal Rural da Amazônia
Arnaldo Pantoja Silva - Universidade Federal Rural da Amazônia
Raphael Leone da Cruz Ferreira - Universidade Federal Rural da Amazônia
Marvison Édson Pinheiro Muniz - Universidade Federal Rural da Amazônia
Marcos Antônio Souza dos Santos - M.SC.- Instituto Sócio- ambiental e de recursos hídricos-UFRA
INTRODUÇÃO:
O coqueiro ( Cocos nucifera L) é uma das frutíferas mais difundidas naturalmente no mundo, ocorrendo praticamente em todos os continentes. Em virtude desta distribuição e fácil adaptabilidade, seu cultivo e utilização se dão de forma significativa em todo o mundo, gerando os mais variados produtos, tanto de forma in natura quanto industrializada. O coqueiro é originário das ilhas de clima tropical e subtropical do Oceano Pacífico, tendo o Sudeste Asiático como seu principal centro de origem, seu cultivo se estendeu também a América Latina, Caribe e África Tropical. Os grandes plantios de coco da baia estão localizados entre os paralelos 23°N e 23°S , hoje encontrados em mais de 200 países, com diferentes características. A evolução da tecnologia e as técnicas de cultivo adequadas aos novos preceitos da sociedade vieram inserindo os pequenos produtores, e hoje é importante citar que 90% da produção de coco em termos mundiais advém de pequenos produtores rurais que possuem áreas de 5 hectares, sendo a produção praticamente consumida internamente pelo país produtor, com cerca de 70% de sua exploração em propriedades de até 10 há o brasil repete a situação de país produtos onde se consome internamente a maioria da produção.
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OBJETIVO DO TRABALHO:
Objetivou-se analisar a produtividade e produção de coco-da-baia no estado do Pará, e sua relação com crescimento da cadeia produtiva por meio do aparecimento de indústrias de transformação e aumento do consumo da água de coco in natura entre os anos de 1990 e 2010 e de que forma isso influenciou no comercio de coco da baia tanto para consumo local quanto para exportação
MÉTODOS:
Utilizou-se como metodologia para esse trabalho pesquisas na internet em sites de buscas, pesquisas em instituições afins e analise e interpretação de dados relevantes para fornecer as informações necessárias para o estudo e análise da estrutura da cadeia produtiva do coco da baia no estado do Pará, e sua relação com o crescimento da produção e da produtividade nos anos de 1990 á 2010. Foram feitas relações entre os municípios com maior produção e produtividade, o que levou os mesmos a serem os maiores em área colhida, além de como isso afetou a economia do estado nas duas últimas décadas. As fontes utilizadas foram do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, dados esses que foram mostrados no censo agropecuário do ano 2010, divulgados no ano de 2012
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O Estado do Pará, neste contexto, apresenta importantes oportunidades de negócios com essa palmeira. Em 2010, produziu 232.448 mil frutos fato que o coloca como quarto maior produtor de coco do país, com 12,26% da produção nacional. Outro destaque importante é a sua excelente produtividade, comparativamente aos outros Estados da Federação, chegando a atingir a média de 9.701 frutos/há colhido no ano de 2010 (IBGE 2012). Pode se observar por meio do estudo que existem vários meios de interação da cadeia produtiva, e que essa interação vem crescendo nos últimos anos, mesmo que de forma compassada, por meio de fomento, pesquisa, assistência técnica e mercado, como suportes imprescindíveis à produção. Observando os maiores produtores temos a microrregião de Tomé-açu, com os municípios de Acará e Mojú como principais produtores do estado, indicando um melhor nível tecnológico empregado nesses municípios paraenses, em relação aos demais , muito embora o crescimento da produção , da área colhida e da produtividade esteja ligada a agroindústria , uma vez que é fora do Estado do Pará que se consolida a maior agregação de valor. A variedade de coco mais plantada no Estado é a do coqueiro anão. Com Exceções, aos Municípios de Moju, que planta a variedade híbrida
CONCLUSÕES:
Constatou-se que a demanda de coco no Pará e no nos municípios com maior índice de produção tem crescido impulsionando a cadeia produtiva e a constante evolução técnica e tecnológica de maneira a propiciar a expansão de área de cultivo e, principalmente, ao incremento da produtividade aliados aos novos preceitos da sociedade no que diz respeito ao caráter social, econômico e ambiental da exploração da cultura. De uma maneira geral, a cocoicultura paraense vem respondendo, mesmo que paulatinamente, a esta situação de avanço em termos produtivos, entretanto os problemas que interferem nesta atividade transpassam o caráter tecnológico, acarretando na necessidade eminente do apoio governamental com medidas efetivas que visem ao aumento da competitividade do setor, principalmente dos pequenos produtores, que poderão sofrer ainda mais com o fim das cotas de importações de coco seco em 2012. A notória importância sócio-econômica e ambiental do coqueiro para o estado é evidente, principalmente pela cultura se fazer presente em quase todos os municípios, tendo assim participação no mercado e na geração de empregos por meio de sua cadeia produtiva
Palavras-chave: Frutíferas, Cultivo, Mercado.