65ª Reunião Anual da SBPC
B. Engenharias - 1. Engenharia - 13. Engenharia Sanitária
AVALIAÇÃO DA SEDIMENTABILIDADE DE BIOMASSA GERADA EM DIFERENTES SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
Jéssyca de Freitas Lima - Graduanda em Tecnologia em Saneamento Ambiental – IFCE
Dayane de Andrade Lima - Graduanda em Tecnologia em Saneamento Ambiental – IFCE
Jarbas Rodrigues Chaves - Mestrando em Tecnologia Ambiental – IFCE
Elivânia Vasconcelos Moraes dos Santos - Professor do IFCE – Campus Limoeiro do Norte
Heraldo Antunes Silva Filho - Professor do IFCE – Campus Limoeiro do Norte
INTRODUÇÃO:
Projetos racionais em Engenharia Ambiental podem ser definidos como sendo aqueles que permeiam parâmetros iniciais fundamentados na maximização dos efeitos desejados com a minimização dos custos. Nesse contexto, é fundamental a obtenção de parâmetros de projetos cada vez mais realísticos e otimizados, garantindo assim a difusão das novas tecnologias. No tratamento de águas residuária, uma etapa fundamental após os processos de depuração dos poluentes, é a etapa da separação da biomassa da fração líquida, conhecida como sedimentação. O conhecimento dos parâmetros ideais acerca dessa operação unitária garante projetos mais econômicos com menores requisitos de área e maior eficiência de separação.
OBJETIVO DO TRABALHO:
A presente pesquisa visa avaliar a sedimentabilidade de dois tipos de biomassa diferentes, gerando assim um banco de dados confiável, tanto metodológico quanto informativo sobre os valores típicos desse parâmetro para cada lodo testado.
MÉTODOS:
A sedimentabilidade foi avaliada em relação à velocidade de sedimentação da biomassa, definida como V0 (m/h), e sobre sua capacidade de compressibilidade, constante K (L/g). Para realizar os testes utilizou-se o método de White (1975) adaptado por van Haandel e Marais (1999) e para determinar as constantes usou-se a equação de Vesilind (1968). Foram montados dois sistemas de lodo ativado, um sistema UCT em regime continuo de alimentação com características de lodo floculento e um Sistema de Lodo Ativado em Batelada Sequencial com estratégias para granulação. A água residuária usada para alimentação dos sistemas foi esgoto doméstico proveniente de instalações sanitárias do IFCE-campus Limoeiro do Norte, com uma população flutuante de aproximadamente 1200 pessoas e uma população permanente de 120 pessoas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Com os resultados obtidos é possível afirmar que o lodo granular obteve uma melhor velocidade de sedimentação e compressibilidade, 34,97m/h e 0,26L/g respectivamente, isso se deu devido ao lodo ser em forma de grânulo. Van Haandel e Marais (1999) advertem que um lodo de boa sedimentabilidade possui valores de k= 0,31L/g e V0= 11m/h. O sistema UCT possui características de um lodo floculento, mais mesmo assim sua velocidade apresenta-se próximo ao recomendado, 8,35m/h, porém sua compressibilidade é baixa 0,09L/g indicando assim que o mesmo ocupa mais espaço no decantador, pois quanto maior sua compactação menor espaço utilizado para decantação do lodo.
CONCLUSÕES:
Através dos resultados obtidos, conclui-se que o lodo que obteve melhor sedimentabilidade foi o lodo do RBS (Granular) 34,97m/h, isso pode ter ocorrido devido seu lodo ser em forma de grânulo, sendo assim mais denso que o outro; além de ter uma ótima velocidade, a compressibilidade também é boa, pois chega perto do que a literatura chama de sedimentação boa. O lodo do UCT mesmo sendo um lodo filamentoso, teve uma sedimentabilidade de 8,69m/h próximo de 11m/h (boa sedimentabilidade), isso se deu devido a operação do sistema. O RBS (Granular) também obteve melhor compressibilidade (K).
Palavras-chave: Lodo ativado, Sedimentabilidade, Velocidade.