65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 2. Engenharia Agrícola - 4. Engenharia de Água e Solo
INFLUÊNCIA DE DIFERENTES SUBSTRATOS NA GERMINAÇÃO DE Capsicum frutescens L.
Marcela Pereira Lourinho - Estudante de graduação do curso de agronomia, UFRA
Renato Augusto Soares Rodrigues - Estudante de graduação do curso de agronomia, UFRA
Tamires Borges de Oliveira - Estudante de graduação do curso de agronomia, UFRA
Karollyne Renata Souza Silva - Estudante de graduação do curso de agronomia, UFRA
Milenna Vasconcelos Pantoja - Estudante de graduação do curso de agronomia, UFRA
Roberto Cezar Lobo da Costa - Profº. Dr./ Orientador- Instituto de ciências agrárias, UFRA
INTRODUÇÃO:
As pimenteiras são plantas pertencentes ao gênero Capsicum, família Solanaceae, e sua origem é na região tropical da America. A planta é arbustiva, perene, apresentando caule semilenhoso. A pimenta-malagueta (Capsicum frutescens L.) é muito utilizada como condimento na culinária e em produtos alimentícios industrializados, principalmente por pequenas indústrias de conservas. Contudo, o sucesso do seu cultivo é dependente de condições ideais para germinação requerendo substrato adequado. O substrato tem grande influência na germinação e, na formação da muda, sendo importante conhecer a sua estrutura, aeração, pH, capacidade de retenção de água e grau de infestação de patógenos. Sua influência pode variar de um substrato para outro, favorecendo ou prejudicando a germinação das sementes e o desenvolvimento das plantas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo do trabalho foi avaliar o índice de velocidade, porcentagem e tempo médio de germinação em sementes de Capsicum frutescens L., submetidas a diferentes substratos.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA-Belém), o delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado composto por 4 tratamentos ( T1: Areia, T2: Terra, T3: Caroço de açaí + casca de arroz carbonizada + Casca de castanha do Pará e T4: Húmus de minhoca + casca de arroz carbonizada + terra), 5 repetições de 20 sementes sendo utilizado em cada tratamento um total de 100 sementes. Os substratos foram colocados em placas de petri, previamente higienizadas com solução de hipoclorito de sódio. Posteriormente as sementes foram dispostas sobre os substratos e em seguida cobertas por uma fina camada do substrato, sendo irrigadas diariamente com 5 mL de água. A avaliação do experimento foi feita diariamente durante 15 dias, anotando-se o número de sementes emergidas em cada parcela. Ao final do experimento, foi calculado o Índice de velocidade de Emergência (IVE), tempo médio de emergência (TME) e a porcentagem de germinação (PM). Os dados foram submetidos à análise de variância pelo programa ASSISTAT, v 7.6, onde as médias foram comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
De acordo com a análise estatística, a porcentagem de emergência diferiu estatisticamente, tendo melhores resultados para os tratamentos T3 e T4, com 62 e 74%, respectivamente, enquanto o T1 apresentou comportamento inferior aos demais. Quanto aos resultados do índice de velocidade de emergência os tratamentos que apresentaram melhores índices foram o T3 e T4 que novamente diferiram dos demais tratamentos com respectivamente, 1,25 e 1,51. O tempo médio de germinação teve como melhores tempos de redução do tempo de emergência o tratamento T4 que teve sua germinação em média de 9,94 dias onde os substratos T2 e T1 retardaram a germinação da cultivar em media de 13 dias.
CONCLUSÕES:
Recomenda-se as misturas Caroço de açaí + casca de arroz carbonizada + Casca de castanha do Pará e Húmus de minhoca + casca de arroz carbonizada + terra como substratos para a produção de mudas de pimenta-malagueta.
Palavras-chave: Solanaceae, Pimenta-Malagueta, Substratos.