65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 7. Ciência e Tecnologia de Alimentos - 3. Tecnologia de Alimentos
ANÁLISES FISICO-QUIMICAS DE MARACUJÁ-DO-MATO Passiflora cincinnata EM ESTADO NATIVO NA CAANTIGA PARAIBANA
Roberta de Oliveira Sousa Wanderley - Instituto federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB
Paulo Alves Wanderley - Instituto federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB
Damião Junior Gomes - Instituto federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB
Manoel Barbosa Dantas - Instituto federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB
Élida Ramalho de Sousa - Instituto federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB
Frank Wagner Alves de Carvalho - Instituto federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB
INTRODUÇÃO:
O maracujazeiro é uma planta trepadeira, lenhosa, perene e originária da America do Sul, que pertence à família dos Passifloraceae, a qual apresenta cerca de 14 gêneros e aproximadamente 580 espécies. Dentre estas, três espécies são mais exploradas comercialmente, o maracujá amarelo ou azedo (Passiflora edulis flavicarpa), o doce (Passiflora alata) e o roxo (Passiflora edulis) (CABRAL; FREIRE; MATTA, 2005; CENTEC, 2004).
De acordo com Silva e Mercadante (2002) no Brasil existe mais de 150 espécies nativas, das quais 60 produzem frutos que podem ser aproveitados diretamente ou indiretamente para consumo na alimentação humana. O maracujá nativo Passiflora cincinnata está dentre as espécies que estão sendo estudadas para serem comercializadas. Esta espécie de maracujá silvestre não comercial é popularmente conhecida como maracujá-mochila, maracujá-do-mato ou maracujá-tubarão dentre outras utilidades é considerada potencialmente importante para uso como porta-enxerto, uma vez que apresenta tolerância a doenças e nematoides (APONTE, Y. & JÁUREGUI, D. 2004).
Segundo Giuliette et al. (2006), e Araújo( 2007) para o semiárido brasileiro, são descritas dez espécies , onde Passiflora cincinnata é indicada como uma nova espécie de interesse agronômico.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Essa pesquisa teve como objetivo analisar as características físicas e químicas dos frutos de maracujá -do- mato visando contribuir para com o conhecimento e divulgação das propriedades relacionadas a esses frutos.
MÉTODOS:
Foram colhido quatorze frutos de maracujá-do-mato dentre eles sete secos e sete maduros. Após a colheita os mesmos foram transportados ao laboratório de físico-química do Instituto Federal da Paraíba IFPB – Campus Sousa para a realização das análises.
As variáveis analisadas foram; peso total dos frutos, peso das cascas, peso da polpa com sementes, peso das sementes e peso da polpa sem sementes em cada fruto, diâmetro maior e menor e também foram realizadas as analises de pH e °Brix.
Para determinar a média do diâmetro foi utilizado paquímetro, a pesagem total dos frutos foi realizada em balança analítica, logo em seguidas os frutos foram cortados ao meio e retirados a polpa com as sementes levando a balança onde foram pesados para obtenção do peso das sementes a polpa com semente dos maracujás depois que foram pesadas passaram por um processo de secagem durante dois dias, após tal procedimento restaram apenas às sementes que foram pesadas em seguida. Para o resultado do peso da polpa sem sementes, subtraiu-se o peso da polpa com sementes com o resultado do valor do peso das sementes sem polpa, obtendo assim o valor do peso da polpa. O oBrix foi analisado em refratômetro e o pH em peagâmetro de mesa devidamente calibrado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O diâmetro maior dos frutos maduros foi de 3,92 ± 0,21 e dos frutos secos foi 3,7 ± 0,17 já o diâmetro menor teve média de 3,62 ± 0,20 para frutos maduros e 3,44 ± 0,13 para frutos secos para essa variável esses resultados não diferiram estatisticamente. No entanto em peso total (21,7 ± 1,21 maduros) (11,62 ± 0,91 secos), polpa + semente (15,48 ± 1,03 maduros) (8,97 ± 0,84 secos) e peso de polpa (12,31±1,02 maduros) (4,57±0,82 secos) os frutos maduros se sobressaíram com valores bem superiores. O que já era esperado, tendo em vista que os frutos secos perderam grande quantidade de água e devido a isso também houve diferença significativa para variável peso das cascas com resultados em media de 5,81 ± 059 maduros e 2,80 ± 0,27 secos. O peso das sementes foi de 3,17±0,11 em média para frutos maduros e 4,40±0,13 para os frutos secos.O pH dos frutos de maracujá –do- mato variaram entre 4,9 e 5,1 obtendo uma média de 5,0 podemos assim considerar que esses frutos são levemente ácidos quando comparados aos valores encontrados na literatura para o pH da polpa de maracujá amarelo que varia de 2,79 a 3,02 (DE MARCHI et al, 2000).
E os sólidos solúveis totais (oBrix) obteve uma média de 21,17 com desvio padrão de 0,59 sendo portanto considerado um alto valor de oBrix.
CONCLUSÕES:
Através dos dados obtidos pode-se concluir que as análises físico-químicas da polpa de maracujá-do-mato obtiveram resultados positivos e favoráveis que consequentemente mostram um grande potencial de interesse agronômico e para o uso no desenvolvimento de novos produtos alimentícios.
Palavras-chave: Maracujá-do-mato, Potencial, Frutos.