65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 9. Desenho Industrial - 1. Programação Visual
IMPRESSOS DE PREVENÇÃO ÀS DST/AIDS: ANÁLISE DA LINGUAGEM GRÁFICA
Ranielder Fábio de Freitas - Depto. Design - UFPE - PPGDesign
Hans da Nóbrega Waechter - Prof. PhD. Orientador - Depto. Design - UFPE - PPGDesign
Solange Galvão Coutinho - Profa. PhD. Depto. Design - UFPE - PPGDesign
Cristina Teixeira Vieira de Melo - Profa. Dra. Depto. Comunicação - UFPE
Fabiane do Amaral Gubert - Profa. Dra. FFOE - UFC
INTRODUÇÃO:
As mídias e formas de representação da informação podem equivaler a um sistema cultural complexo, que possui uma dimensão simbólica, ou seja, um jogo contínuo de signos e sentidos. Então, a idéia desse diálogo compreenderia a (re)construção, o armazenamento, a produção e a circulação de artefatos repletos de sentidos tanto para as fontes emissoras quanto para quem os consome. Tais sistemas, são utilizados como estratégias de Informação, Educação e Comunicação (IEC) para promoção da saúde, em destaque, os impressos voltados à prevenção das DST/Aids. São escassas as experiências que avaliem a eficiência da utilização dos elementos da Linguagem Gráfica para apropriação dos significados pelos usuários, sendo os existentes, relacionadas geralmente a aferições quantitativas. Desta forma, acredita-se que os artefatos impressos de prevenção às DST/Aids possibilitam a aquisição de conhecimento e instigam práticas saudáveis de enfrentamento a essas doenças.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este estudo tem como objetivo observar a eficiência da Linguagem Gráfica Pictórica (LGP), Verbal (LGV) e Esquemática (LGE) dos impressos voltados à prevenção de DST/Aids.
MÉTODOS:
Estudo de caráter qualitativo, baseado nos princípios da Linguagem Gráfica preconizada por Michael Twyman, no período de novembro a dezembro de 2012. A coleta de dados compreendeu em entrevistas semiestruturadas por meio de seis Grupos Focais, com o objetivo de abordar os aspectos da Linguagem Gráfica inerentes aos impressos coletados. Os participantes foram jovens do sexo masculino e feminino, universitários de diversos cursos da UFC, na faixa etária de 18 a 24 anos, residentes no município de Fortaleza-CE. A análise de dados se deu à luz de Laurence Bardin, que preconiza três fases: Pré-Análise, Exploração do Material e Tratamento dos Resultados. Salienta-se que, o estudo atendeu os princípios éticos da Resolução n° 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Notou-se uma presença equilibrada de elementos que caracterizavam os três modos da Linguagem Gráfica. Sendo a LGP, LGV e LGE geralmente utilizadas em conjunto nas composições visuais. Ramificando esta afirmação, a LGP mantinha um destaque na maioria dos materiais, utilizando-se da representação de informações por meio de fotos, símbolos e desenhos manipulados por softwares gráficos. Essa relação, teve efeito em ambos os sexos, porém com maior intensidade no público feminino, onde foi priorizado os informativos bem ilustrados. Embora a LGP fosse o modo de linguagem que causava impacto relevante no primeiro contato dos impressos com os voluntários, todos os participantes da pesquisa, consideraram também a questão organizacional das informações, tal como o conteúdo em si, sendo esta caracterizada pela LGV. Já a LGE, caracterizou-se pela presença das Sequências Pictóricas de Procedimento (SPPs), que representavam uma ação factível por meio de ilustrações passo-a-passo. Contudo, foi possível identificar algumas polissemias no conteúdo informacional, inclinados à relação entre imagem e texto complementar. Acredita-se assim, que o uso da Linguagem Gráfica nas composições analisadas, pode influir sobre as condutas e comportamentos preventivos frente às DST/Aids.
CONCLUSÕES:
Em termos gerais, as variáveis para compreensão da operacionalização da relação entre os elementos da linguagem no planejamento e desenvolvimento das peças gráficas, foram consideradas com parcimônia pelos impressos. Possibilitando assim, equilíbrio no uso dos elementos e seus atributos para cristalização de conhecimentos e adequação de novas condutas pelos participantes frente à prevenção das DST/Aids.
Palavras-chave: Linguagem Gráfica, Saúde, DST/Aids.