65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
Padrões alimentares de discentes de uma escola pública de Pires do Rio, Goiás.
Solange Aline de Carvalho1 - Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas do IF Goiano – Câmpus Urutaí.
Thaís Pinheiro de Sousa2 - Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas do IF Goiano – Câmpus Urutaí.
Lúbia Gorete Martins de Farias3 - Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas do IF Goiano – Câmpus Urutaí.
Wilcker Pereira da Silva D’Orazio4 - Graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas do IF Goiano – Câmpus Urutaí.
Orlando José da Silva Gontijo5 - Graduando em Licenciatura em Ciências Biológicas do IF Goiano – Câmpus Urutaí.
Guilherme Malafaia6 - Prof. Depto. de Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano – Câmpus Urutaí.
INTRODUÇÃO:
A alimentação e nutrição adequadas são essenciais para o crescimento e desenvolvimento com qualidade de vida, bem como para a prevenção de doenças e para manter o desempenho de escolares em sua capacidade de aprender. Sabe-se que as práticas alimentares inadequadas são cada vez mais frequentes em adolescentes, sendo marcante a presença de refrigerantes, doces e fast food e a diminuição da ingestão de frutas e hortaliças, assim como a exclusão de algumas refeições diárias no padrão alimentar dos mesmos. Tendo em vista que nesta fase da vida são formados os hábitos alimentares, bem como o desenvolvimento de valores e a formação de opinião, a escola torna-se o lugar apropriado para aplicação de programas de promoção à saúde.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este trabalho objetivou realizar um levantamento sobre o perfil, a concepção de alimentação saudável e os hábitos alimentares de estudantes do Ensino Médio do Colégio Estadual Professor Ivan Ferreira, instituição pública de Pires do Rio, Goiás.
MÉTODOS:
Para subsidiar esta pesquisa foi feito um workshop com o tema alimentação saudável no Colégio Estadual Professor Ivan Ferreira, uma vez que era a Semana da Alimentação na escola. O workshop envolveu adolescentes do 1º ano do Ensino Médio e abordou as propriedades dos alimentos, quais são mais essenciais e que podem ser consumidos em maior e menor quantidades, quais doenças estão relacionadas à carência nutricional e a obesidade, bem como os malefícios e benefícios associados aos hábitos alimentares. Posteriormente, aplicou-se um questionário investigativo contendo questões objetivas e discursivas de caráter individual, não sendo necessária identificação. A pesquisa foi realizada por uma equipe de 15 estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Goiano – Câmpus Urutaí, bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Um total de 103 discentes respondeu ao questionário investigativo. Os adolescentes investigados tinham entre 14 e 19 anos e a média de renda familiar mensal compreendia de 2 a 5 salários mínimos. Quanto à escolaridade dos pais, nota-se que a maioria possui apenas o Ensino Fundamental incompleto e que muitos não sabiam dizer. Ao serem questionados como definem alimentação saudável, 30,3% dos adolescentes associaram ao hábito de comer frutas e hortaliças e 25,2% a ter uma alimentação variada. 41,7% afirmaram fazer todas as refeições diárias, 39,8% apenas 3 refeições, tendo sido o café da manhã apontado como a refeição menos frequente. 64,0% dos adolescentes consideram ter boa alimentação. Quando questionados sobre a frequência de ingestão de alguns alimentos, observou-se 102 citações para a ingestão contínua de frutas e hortaliças ao passo que o consumo de refrigerantes, doces e industrializados, que compreende bolachas, salgadinhos e enlatados, foi citado 144 vezes como “sempre fazer parte da alimentação”. Apesar dos adolescentes terem a informação sobre o que seriam hábitos saudáveis, a preferência ainda são os fast food.
CONCLUSÕES:
Conclui-se que os objetivos foram alcançados, visto que a pesquisa possibilitou conhecer o padrão alimentar de estudantes de uma escola pública. Ressalta-se que a concepção de alimentação saudável pelos adolescentes apresentou-se limitada, o que mostra que a informação não é a única dimensão de uma prática e que intervenções são necessárias para a melhoria dos hábitos alimentares dos adolescentes, para que eles perdurem na fase adulta. Nesse sentido, sugere-se o desenvolvimento contínuo de trabalhos voltados à nutrição na escola investigada.
Palavras-chave: Alimentação saudável., Hábitos alimentares., Estudantes..