65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 3. Geografia
GEOPROCESSAMENTO E A CARTOGRAFIA ITINERANTE: UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA EM SALA E NO CAMPO
Tamires Carneiro da Silva - Depto. de Geografia - UPE/ FFPNM
Natália Regina Guedes do Nascimento - Depto. de Geografia - UPE/ FFPNM
Jorge José Araújo da Silva - Prof. Dr./Orientador - Depto. de Geografia - UPE/ FFPNM
INTRODUÇÃO:
A escola é um espaço que integra a sociedade e possibilita a apropriação de conhecimento científico envolvendo a constante troca de informações para proporcionar e estimular o desenvolvimento de habilidades e competências do aluno. Atualmente os avanços tecnológicos são inevitáveis em todos os setores da sociedade, a escola não deve estar à parte desses novos padrões, portanto, é papel da escola proporcionar a formação do aluno e não apenas carrega-lo com informações. Compreendendo a geografia como o estudo da dinâmica e organização espacial, faz-se fundamental uma boa compreensão da cartografia para tal estudo. Nesta percepção apresenta-se a importância de despertar interesse para aplicações de novos métodos de ensino da geografia através de ferramentas, como o geoprocessamento, no conteúdo de cartografia, elementos que reforçam a formação para o desenvolvimento e prática de uma cartografia mais fundamentada e elaborada, oferecendo a oportunidade de reconhecer melhor o espaço geográfico. Compreender a tecnologia de geoprocessamento inserida na prática pedagógica significa um processo ou maneira de pensar através da aplicação de novas técnicas criando formas diferentes para aprendizagem e disseminando o conhecimento que interfere na relação entre professor e aluno.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Analisar a prática do ensino de geografia e o uso da tecnologia de geoprocessamento como recurso favorável no trabalho com o conteúdo de cartografia. Verificar possibilidades de utilização de tecnologias e ferramentas provenientes do geoprocessamento em sala de aula e em aulas de campo na junção com a cartografia itinerante.
MÉTODOS:
Em um primeiro momento foi feito um levantamento bibliográfico e algumas considerações sobre a tecnologia de geoprocessamento inserida na prática pedagógica, seguido de um relato sobre as propostas para expansão do uso das tecnologias da geoinformação na prática pedagógica através de metas para a comunidade escolar e metas de cunho governamental para atender a evolução e aperfeiçoamento das técnicas de acordo com o desenvolvimento cognitivo do aluno. Em um segundo momento foi desenvolvido um estudo de caso na escola Presidente Humberto Castello Branco, uma escola estadual localizada em Recife, tal estudo ocorreu em etapas, onde primeiro foi feito o contato com a escola a fim de conhecer os alunos e compreender um pouco da dinâmica escolar, em um segundo momento ocorreu a intervenção, em uma turma de 1º ano do ensino médio, com aproximadamente 37 alunos. A intervenção consistiu em uma aula teórica expositiva sobre noções básicas de cartografia e geoprocessamento e posteriormente uma ida à campo onde se trabalhou a prática da cartografia itinerante tendo o geoprocessamento como ferramenta de auxilio, por fim a aplicação de um questionário contendo quatro questões discursivas sobre o que os alunos viram em sala e no campo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Com base nos estudos e atividades desenvolvidas durante a pesquisa, pode-se constatar que a maioria dos alunos têm uma maior facilidade em assimilar o conteúdo quando este é posto em prática, quando eles conseguem aplicar aquilo que aprenderam na sala de aula de alguma forma em seu cotidiano. Foi verificada uma dificuldade em entender os termos utilizados na aula teórica, visto que muitos e são de origem estrangeira, e que o assunto “geoprocessamento” foi completamente novo para os alunos. É possível constatar que de fato o uso do geoprocessamento associado com a prática da cartografia itinerante, obteve resultados positivos, no sentido em que, depois da experiência os alunos conseguem ver a cartografia, que muitas vezes é tida como difícil e sem utilidade, como algo extremamente necessário e fácil de ser utilizada.
CONCLUSÕES:
Esse trabalho constitui uma abordagem da cartografia itinerante e o geoprocessamento desenvolvendo reflexões didáticas sobre as atividades realizadas na sala de aula e em campo, e com o intuito de aperfeiçoar o interesse dos alunos sobre conteúdo da atualidade, bem como os avanços que estes podem imprimir no desenvolvimento da cartografia escolar. Constata-se, também que o uso do geoprocessamento na produção dos mapas, agiliza o processo, permitindo, inclusive, simulações de situações relacionadas ao espaço, em constante modificação. É de fundamental importância a introdução e difusão do conhecimento das novas tecnologias na área da educação no Brasil. Também é de suma importância a elaboração de um conteúdo programático que permita que o aluno e o professor tenham condições de por em prática as questões abordadas em salas de aulas.
Palavras-chave: Ensino, Aprendizagem, Tecnologia.